04/04/2018

Violência Social como um Reflexo da Educação Pública

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Interessante perceber o poder das mídias sobre a massa. Como estas fazem o que querem com a informação e até mesmo com o poder da desinformação para uma melhor manipulação de um povo sem discernimento e juízo próprio.

Harari em seu livro Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, publicado pela Companhia das Letras em 2016 é categórico ao afirmar que o estudo da história tem o objetivo de nos livrar dessa submissão ao passado.

Realmente, não percebemos o quanto a história tem se tornado opaca aos olhares dos mais atentos, quiçá ao povo sem discernimento e totalmente idiotizado pela elite dominadora.

Esta mesma elite que manda e desmanda no país marcado pelas mazelas da corrupção disseminada por seus políticos completamente destituídos de qualquer conceito moral ou ético.

Assim tem sido os dias em nosso Brasil, um gigante retumbante que hoje encontra-se emudecido pelas dores de seu povo com a miséria impetrada por esta política nefasta e esta elite maléfica e implacável com seu povo.

De acordo com texto escrito por Bermúdez[1], brasileiros associam baixa qualidade da educação a violência e corrupção, e cabem aqui duas simples perguntas, embora sem respostas efetivas que são: porque demorou tanto para se perceber isso? E agora, o que será feito para sanar este problema?

Interessante é perceber que mesmo uma reportagem apontando para um mal social, nada será feito para que isso seja corrigido, pois assim tem sido nossa educação pública, cuja função é criar cada vez mais pessoas alienadas para que esta elite esmagadora e pífia possa continuar no poder.

Não precisamos ser um sociólogo como Durkheim para perceber que uma educação sofrível como é a educação pública brasileira é a causa de tantos males como corrupção, violência, doenças, dentre outras mazelas sociais acarretadas pela falta de uma educação de qualidade.

Aliás, o próprio Durkheim citado por Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007 afirmava que a educação deveria inculcar nas crianças, certo número de ideias, de sentimentos e de práticas e se assim não fizesse, não poderia ser denominada educação e sim, instrução ou ensino.

Isso porque educação é uma prática transformadora e não alienante. Não é função dela criar pessoas totalmente domesticadas subalternamente. É função criar pessoas críticas, verdadeiros cidadãos e protagonistas cognoscentes.

Harari supracitado acima é enfático ao afirmar que como os fazendeiros sabem, que o bode mais esperto do rebanho é o que causa mais problemas, e é por isso que a Revolução Agrícola envolveu a degradação das aptidões mentais dos animais, e assim podemos fazer a analogia com nossa educação pública, pois a mesma tem degradado as aptidões de nossos educandos, atrofiando o seu pensar, deixando nele o vazio que o levará ao nada, ou seja, a indiferença com a situação em que se encontra, de forma a se perpetuar cada vez mais os desmandos desta elite cruel com o seu povo.

 


[1] Para mais informações vide https://educacao.uol.com.br/listas/brasileiros-associam-baixa-qualidade-da-educacao-a-violencia-e-corrupcao.htm?cmpid=copiaecola

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