Vencedores e parceiros comemoram o Prêmio CAPES
Entre as mais de 100 pessoas presentes na cerimônia de entrega do 11º Prêmio CAPES de Tese 2018, realizada no dia 13, em Brasília, os três vencedores do Grande Prêmio e as entidades parceiras foram os grandes celebrados da noite. Na ocasião, a CAPES condecorou as 49 melhores pesquisas de doutorado brasileiras defendidas em 2017.
Os grandes premiados da noite foram Andrey Coatrini Soares (USP), vencedor na área de Materiais e do Grande Prêmio de Exatas; Luiz Ricardo da Costa Vasconcellos (UFRJ), de Ciências Biológicas III, levou o Grande Prêmio das Ciências Biológicas. Vitoriosa na área de Educação, Andriele Ferreira Muri (PUC-RIO) recebeu o Grande Prêmio de Humanas. As honrarias são entregues em parceria com a Fundação Conrado Wessel (FCW).
Abílio Baeta, presidente da CAPES, destacou a relevância da honraria para a academia nacional. Este prêmio é o ponto alto de nossas atividades, uma homenagem à resiliência da ciência brasileira, e um dos marcos do reconhecimento público da nossa produção científica. Agradeço pela continuidade das parcerias”, observou Baeta Neves.
José Caricatti, da FCW, lembrou o esforço dos vencedores. “Parabenizo todas essas equipes que fizeram suas análises, estudaram. Coordenadores, orientadores, doutores estão de parabéns por essa conquista”, homenageou o parceiro da CAPES.
Andrey Soares lembrou o desempenho coletivo do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais da USP de São Carlos.
“Foi premiado o esforço de cada um que usou seu tempo para nos ajudar a produzir esse trabalho”, comentou. Autor da tese Filmes nanoestruturados aplicados em biossensores para detecção precoce de câncer de pâncreas, ele espera que o resultado de sua pesquisa gere um importante dividendo social. “Nossa área é muito específica para diversas aplicações – por exemplo, no campo de eletrônica orgânica. Aplicar todo esse conhecimento para a área biológica, e conseguir detectar um câncer em pouco tempo, será um avanço muito grande”, acrescenta. O trabalho também foi premiado na USP.
A importância do financiamento público foi fundamental para Luiz Vasconcelos. “É muito gratificante, conseguimos cumprir nosso papel com o dinheiro público investido na pesquisa”, comemorou o autor de Agregação de proteínas induzida pelo estresse oxidativo promovido pelo Heme. “Descobrimos um mecanismo novo que pode ter um grande impacto, terapias podem ser desenvolvidas a partir do resultado”, acredita o doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Inflamação da UFRJ.
Andriele Leite manifestou sua alegria por levar o Grande Prêmio de Humanas e o prêmio da Fundação Carlos Chagas. “É a honra e a glória da área acadêmica”, expressou a doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-RIO. A autora de Letramento Cientí?co no Brasil e no Japão a partir dos resultados do Pisa comentou o resultado da sua pesquisa. “Minha tese defende uma educação libertadora, que forma para pensar. Precisamos de cidadãos críticos e participativos para fazer um Brasil diferente”, destacou a educadora.
Parceiros
Além do Grande Prêmio, entidades parceiras laurearam pesquisas em áreas específicas. A Fundação Carlos Chagas honrou as teses premiadas nas áreas de Educação e Ensino. Por sua vez, a Comissão Fulbright destacou o melhor trabalho sobre as relações Brasil-Estados Unidos. Nas áreas relacionadas à saúde humana e bioética, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) premiou dois trabalhos.
“É com muita satisfação que laureamos pelo sétimo ano consecutivo as melhores teses nas áreas de Educação e Ensino. Sabemos que o desenvolvimento do país depende diretamente de educação e pesquisa de qualidade. Por isso mesmo, as conquistas de todos aqui representam uma esperança coletiva”, afirmou Sandra Unbenhaum, da Fundação Carlos Chagas.
“É o reconhecimento da qualidade do trabalho acadêmico que tematiza os Estados Unidos. Faltam pesquisadores no Brasil que estudem os EUA nas mais diferentes perspectivas. É muito bom estimular essa aproximação”, comentou Luiz Loureiro, da Fundação Fulbright. A Fulbright premiou a tese Política externa Americana no Pós-Guerra Fria: como se posicionam Democratas e Republicanos, de Flávio Contreira (UFSCar).
Maria José Delgado, da Interfarma, destacou o papel da associação na promoção da ciência. “Pesquisa e inovação estão no DNA da Interfarma. Essas teses podem, a qualquer momento, obter um financiamento das nossas associadas, saindo da bancada em direção à sociedade. Esse é o sonho de todo pesquisador. Defendemos que a ciência brasileira receba o reconhecimento que precisa”, salientou a parceira.