22/06/2012

Unisul marca presença no FAM

Stand e professores do curso introduzem acadêmicos no universo do cinema

O Festival Audiovisual do Mercosul (FAM) que está acontecendo na UFSC, em Florianópolis, tem três filmes de acadêmicos do curso de Cinema da Unisul que concorrem na Mostra Competitiva. Os filmes tiveram ótima repercussão e o resultado será divulgado nesta sexta-feira, 22/6. Boca Rica, de Marivania Pizzi, Os personagens, de Glauco Broering, e Não Senhor, de Gabriela Brandão foram apresentados nesta terça-feira, 19/6. Cárcere Privado, de Melissa Lipinki, também participou como filme convidado.

O stand da Unisul está posicionado na entrada do Espaço Cultural da UFSC. Além de fotos e cartazes dos eventos promovidos pelo curso de Cinema, a coordenação distribui livros da Editora Unisul e outros brindes aos interessados.

Antonio Celso dos Santos é coordenador e criador do FAM. Ele foi professor da Unisul durante sete anos e acredita que a Universidade tem uma contribuição muito grande para o processo de desenvolvimento do audiovisual no Estado. “Sempre fui bastante exigente com os acadêmicos para que eles participassem mais dessa discussão política toda que envolve o mercado de trabalho. Sem a compreensão disso, não adianta só querer produzir o filme, não existe só o diretor do filme, o diretor do filme está envolvido com a questão política necessariamente. O fato que você tem um espaço que agregue todos aqueles que trabalham e gostam de cinema, para que eles possam ver, interagir, conversar, é uma coisa fantástica. O FAM traz essa possibilidade de a gente assistir filmes de vários países durante um curto período de tempo”.

Para a coordenadora do curso, professora Mara Salla, o FAM proporciona uma referencia externa. “A gente vai assistir filmes da América Latina, vamos assistir filmes de outras escolas de cinema do Brasil e dos países vizinhos. É uma forma de ter uma referencia que não é de dentro, lá do curso”.

Glauco Broering é o diretor do filme – Os personagens. Ele gostou da recepção do público. “O pessoal riu na hora que tinha que rir. Todo mundo curtiu, foi bem interessante. Não vi muitos filmes ainda, só os longas, gostei do Último Elvis, que passou domingo, muito bom o filme argentino, fantástico”.

Alguns acadêmicos da Unisul estão totalmente envolvidos no universo do cinema. Andréia Oliveira trabalha pelo segundo ano no FAM. “Fiz produção no Os Personagens, que é o da minha sala, do Glauco, e o outro que eu fiz assistência de produção foi no Cárcere Privado, um filme que ganhou o cinemateca de 2010. Gostei muito do Lo Quarto Dele, se não me engano, que é um longa uruguaio. Gostei também de Horas Menos, da Venezuela”.

A caloura do curso de Cinema Carolina Rodrigues afirma estar adorando fazer Cinema. “Ontem teve exibição dos nossos colegas e a gente gostou bastante, a gente viu dois curtas e um documentário, e um dos nossos colegas da primeira fase estava atuando, então foi bem legal de ver”, comenta.

Para um dos fundadores do curso na Unisul e cineasta reconhecido internacionalmente, Zéca Pires, o FAM sempre tem novidades. Diz que a cada ano o evento dá um passo, avança um degrau nas negociações e nas articulações. “Além dos filmes, que são sempre muito bons, está tendo essa novidade que são as coproduções que têm avançado com o Uruguai, com a Argentina, e mesmo com o Paraguai. O Brasil está vivendo uma fase bastante favorável com a nova lei da TV a cabo, e também com o fundo setorial do audiovisual”.

O cineasta, que pode voltar a lecionar no curso, trabalha no FAM como jurado de documentários e mandou uma mensagem para os acadêmicos. “Vou dizer para que trabalhem muito, estudem muito, porque a perspectiva pro audiovisual está cada vez melhor, e eles vão vivenciar essa estrutura que está sendo feita plenamente”. Sobre o evento Pires afirma ter visto bons curtas na mostra competitiva. “Conheci o filme de abertura do Nelson, achei um documentário muito instigante, delicado, como merecia o Tom Jobim, e tenho conversado muito aí com o pessoal, esse intercambio é muito legal”, finaliza.

Além dos três filmes da Unisul na mostra competitiva, Mara Salla destacou os filmes Deus, que é uma comédia, e Manhã Cinzenta, que é um documentário a respeito de um filme que foi feito na época da ditadura. Ela também falou dos três concorrentes da Unisul. “Os Personagens, é um filme produzido dentro de duas disciplinas da quarta fase, é ótimo, muito bem feito, um filme com alma, porque atingiu o público. O grande diferencial desse filme é a sua equipe, seu diretor, que tem uma maturidade, ele é ousado, ele colocou o filme na estrada. Boca rica é um outro filme que fez todo mundo gargalhar, é uma comédia muito bem feita, leve, também com alma, atingiu o público e foi muito bem recepcionado.O Não Senhor, um documentário sobre uma paralisação ocorrida em 2008, da Polícia Militar, aqui em Santa Catarina. Eu acho um filme ousado, um filme de gente corajosa, tem que ter coragem para fazer, eu recomendo pra todo mundo, é minha grande aposta porque eu acho esse documentário a cara do FAM, a cara do cinema latino americano”, avalia.

 

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