Um Tratado de Nanquim na Educação
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
É um dito popular a frase “a ignorância é uma benção”, já que fomos criados simples e ignorantes, mas não necessariamente precisamos nos manter assim.
A nossa evolução está ligada ao conhecimento, e quando se adquire, incomoda a ponto de nos tirar da inércia.
Em alguns de meus livros eu costumo falar que o conhecimento é como uma água que não mata a sede, ou seja, você nunca fica saciado, pois está sempre buscando mais e mais, de forma a buscar a verdade e se libertar das amarras da ignorância.
Infelizmente são milhões de brasileiros que se encontram nesta ignorância o que é afirmado pela EBC Agência Brasil quando ressalta que “Número de brasileiros na extrema pobreza aumenta pela primeira vez em dez anos”
O intuito aqui não é fazer apologias a partidos A ou B, é só ressaltar que a ignorância de uma nação está ligada a um preço alto a este povo, que é uma linha extrema de pobreza a miséria e consequentemente um índice maior de corrupção, pois “povo ignorante, meta do governo”, e dessa forma, as colchas de retalhos vão sendo construídas com um rombo aqui, outro ali e a certeza da impunidade para os verdadeiros ladrões do povo que gozam da imunidade parlamentar além do corporativismo e do protecionismo entre a classe.
De acordo com texto escrito por Tiago Cordeiro, intitulado Drogas e a Humanidade, publicado pela Revista Aventuras na História, ed. 172 de setembro de 2017 esclarece que o tratado de Nanquim foi um acordo humilhante para a China que a obrigava aceitar o comércio do ópio e ainda tiveram que ceder Hong Kong para Inglaterra.
E assim tem sido nossa educação pública. Ela tem funcionando como ópio do povo por causar a apatia e um idéia ilusória nos alunos de que esta mesma educação o está deixando em pé de igualdade com os demais jovens que se encontram no topo da pirâmide.
Nosso jovens têm ficado cada vez mais obnubilados ao invés de esclarecidos e críticos. Eles têm saído das escolas com diplomas e analfabetos tanto políticos quanto funcionais e totalmente sem perspectivas.
A educação pública de hoje não esclarece o aluno tampouco desenvolve nele uma cidadania protagônica e cognoscente. Essa educação trabalha uma domesticação subalterna e aliena o jovem para que este se sinta anestesiado quanto as mazelas desta imunda política.
Ela tem sido realmente o ópio do povo, para que este fique apenas no mundo imaginário, porém apático quanto as mudanças exigidas, servindo de gado de manobra a perpetuar a injustiça social.