28/08/2018

Um Instante no Tempo

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

A educação deve direcionar o homem para liberdade, no pensar com discernimento e na autonomia cognitiva a qual converge para o constante aprender, e dito isso, Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007, é enfático ao afirmar que para o homem ser realmente livre, este deve-se prescindir tutela ideológica.

A Ideologia está relacionada a origem das idéias humanas e segundo Harari no seu livro Sapiens - Uma Breve História da Humanidade, publicado pela L&PM em 2016, é relatado que a ideologia pode ser uma forma hipócrita de camuflar o nacionalismo bruto para a intolerância, o que é corroborado por Chinoy na sua obra: Sociedade: Uma introdução à sociologia, publicada pela Cultrix em 2006 quando alerta que a ideologia pode ser vista como uma camuflagem do poder com o intuito de negar a existência ou minimizar a importância.

Por encontrarmo-nos em ano eleitoral (governadores, senadores, deputados e presidente) tais políticos fazem uso da mal compreendida palavra ideologia, aliás, muitos até mesmo se esquecem dela justamente para iludirem ainda mais a massa.

Para Chinoy, no dizer de Trasímaco, que discute com Sócrates na República de Platão, “a justiça nada mais é que o interesse do mais forte”, e neste ponto, as ideologias são perdidas e os políticos para se perpetuarem, usam das coligações partidárias (ideologias distintas) para angariarem o maior número de votos.

É frequente o uso da demagogia, e que pouco tem moral para falar sobre qualquer assunto. Hoje temos representantes políticos envolvidos em corrupção que são candidatos e com planos para minimizá-la da sociedade.

São várias idéias, mas poucos projetos, aliás, projetos preparadas para uma população de imbecis, fazendo cada vez mais uso das palavras chave como segurança, saúde, educação, economia dentre outras que entrem em pauta para a discussão.

São idéias vazias, respostas sem coerência recheadas de descaso com a nossa constituição.

Muitos destes representantes políticos, já estiveram no poder e nada fizeram, além de promessas e rombos nos cofres públicos, e hoje, cogitam possibilidades dentre os adversários políticos para uma união com o intuito de se manterem no poder, lembrando-nos da política café com leite, o que hoje temos, ora partido x, ora partido y, com os mesmos corruptos no poder.

A educação tem que ser libertadora, e dito isso, e sendo assim, caberia o discernimento dos eleitores perceberem que a maioria dos representantes políticos que estão na disputa desta eleição, sequer é digno de nosso voto.

São pessoas que contribuíram com a morte de centenas de pessoas através do desvio de verbas de hospitais e da saúde, aumentaram a miséria da população com suas ações nefastas.

Teremos no dia sete de outubro um instante no tempo para mudarmos a nossa realidade com um simples voto. Não podemos ser coniventes com a situação e uma forma inteligente de se fazer isso é não reelegendo ninguém, e também não votando em parentes de políticos, que acabaria na mesma situação anterior.

Vamos aguardar até o dia sete de outubro para expormos nossas vontades e que esta tenha como base uma boa proposta para a educação, pois será somente através desta que conseguiremos ser um país mais desenvolvido e com mais equidade.

Que neste instante de tempo saiamos da zona de conforto dando espaço para o novo, com novos políticos, novas ideias, novos partidos e sequer, que estes políticos estejam direta ou indiretamente envolvidos em algum tipo de escândalo.

Não podemos fracassar e cabe a nós lembrarmos dos grandes exemplos de educadores como Darcy Ribeiro que fez seguinte afirmativa:

Fracassei em tudo o que tentei na vida.

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.

Tentei salvar os índios, não consegui.

 Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.

Mas os fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.

Assim sendo, que sempre encontremos forças para perseverar na luta por uma educação libertadora que faça do aluno não uma massa da manobra, mas um cidadão crítico e cognoscente..

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