Teoria Comportamental da Administração - Teoria do Equilíbrio Organizacional (década de 1960)

Jorge Barros

Pós-graduado e Mestre em Administração e Gestão Escolar, Doutor em Administração e Gestão Educativa e Escolar, Professor no 2.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres (ESLA), Quarteira

Na Teoria Comportamental da Administração os behavioristas visualizam, também, a organização como um sistema que recebe contribuições dos participantes sob a forma de dedicação ou trabalho e que, em troca, oferece aliciantes e incentivos. Estes participantes, que podem ser empregados, investidores, fornecedores e clientes, mantêm uma relação de reciprocidade com a organização, uma vez que a esta proporcionam as suas contribuições em troca de incentivos úteis, enquanto a organização lhes proporciona incentivos, que os podem conduzir à realização de objetivos pessoais, em troca, também, de contribuições úteis. É mediante esta troca de contribuições e incentivos na relação entre as pessoas e as organizações que assenta o equilíbrio organizacional, em que tem os seus fundamentos a Teoria do Equilíbrio Organizacional. Apesar de por vezes, alguns desses participantes não serem proativos dentro da organização, podem assumir um papel dominante de modo a contribuírem para o equilíbrio da organização em determinadas circunstâncias.

A decisão de participar é fundamental na Teoria do Equilíbrio Organizacional, uma vez que este equilíbrio reflete o êxito da organização em remunerar os seus participantes (com dinheiro ou satisfações não-materiais) e motivá-los a continuarem a fazer parte da organização, garantindo com isso a sua sobrevivência.

Portanto, podemos resumir esta teoria dizendo que a organização é um sistema no qual os participantes oferecem trabalho e dedicação para a organização em troca de incentivos, desde que haja equilíbrio.