30/04/2021

Storytelling na Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

Segundo Coríntios 13:11 "Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de crianças", mas cabe aqui uma ressalva que para nós educadores, algumas vezes precisamos infantilizar a nossa fala quando esta for direcionada a nossas crianças para que elas possam entender o que está acontecendo e até mesmo assimilar o que está sendo transmitido.

Muitos educadores pensam que contação de história é algo que não acrescenta no processo ensino-aprendizagem, todavia, estes educadores cometem um ledo engano, pois esta contação mexe com o imaginário da criança, fazendo com que a mesma desenvolva até valores que talvez não sejam vistos em sua própria casa.

A contação de história é uma técnica utilizada na Gestão do Conhecimento e aplicada em empresas renomadas como forma de incentivar seus funcionários na busca da excelência ou encantamento do cliente.

O Storytelling é uma técnica muito trabalhada por mim em minhas obras, assim sendo, de acordo com o livro Gestão Pedagógica: Gerindo Escolas para Cidadania Crítica, publicado pela WAK em 2009, a técnica de storytelling é uma maneira de fazer com que o corpo docente e também a comunidade escolar se envolvam com os propósitos da escola.

Esta técnica busca difundir os valores e também os conhecimentos adquiridos por meio de narração de histórias, já que story significa historiar, narrar; e telling, significa de forma eficaz, notável, surgindo então a palavra storytelling, ou seja, a arte de narrarmos um fato de forma eficaz assegurando a assimilação dos ouvintes.

Em uma empresa, a storytelling visa garantir, assegurar e disseminar o conhecimento aumentando o capital intelectual de seus envolvidos, o que, consequentemente, será propagado para todos, já que tem seus preceitos na aprendizagem e não se restringe apenas a uma narração simplista de histórias, possibilitando assim o apreender sobre o novo, ou seja, a realidade que nos cerca, a criar conceitos e a propagá-los.

Trata-se de uma técnica para nos mobilizarmos e criarmos uma identidade mediante um engajamento de posturas estratégicas direcionadas para mudanças, pessoas e métodos, o que poderá ser aplicado com eficácia para a realidade escolar, auxiliando não apenas o gestor e o corpo docente, mas também toda a comunidade escolar a encontrar maneiras de resolver problemas vivenciados por seus educandos, ou até mesmo, trabalhada com os próprios educandos para que estes assimilem certos conhecimentos e valores.

Dando continuidade as falas acima, o livro Escola não é Depósito de Crianças: A importância da família na educação dos filhos, publicado pela WAK em 2012, elucida que a storytelling visa a narrativa de história efetuada por pessoas com uma experiência de vida que servirá como exemplo para os demais analisarem e, até mesmo, se sentirem motivados.

Tomemos, por exemplo, histórias de pessoas que tiveram experiências ruins em suas vidas, mas, mesmo assim, conseguiram se transformar em homens de bem e profissionais bem-sucedidos, e como esclarecido no livro Educação um Ato Político, publicado pela Autografia em 2019, a técnica de storytelling visa contar uma história relevante por meio de uma narrativa, assim sendo, a educação não pode abrir mão desta técnica e para isso, ela conta com profissionais brilhantes que são conhecidos como contadores de história.

Lembrem-se a contação de história deve cativar o aluno e fomentá-lo a mudança e/ou assimilação do que está sendo transmitido.

Cabe aos professores, pedagogos ou demais especialistas recorrerem a este recurso que só vem a acrescentar para a efetivação de uma educação de qualidade.

Obviamente esta técnica nas escolas será trabalhada de acordo com o seu público, assim sendo, para fazer uma contação de história com crianças, deve deixar de lado o lado adulto e voltar a ser criança, ou seja, precisa-se infantilizar a narrativa e até mesmo assumir o personagem.

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