Seminário internacional debate preservação da informação na era digital
Evento acontece nesta quarta (7), em Brasília. Participam pesquisadores dos EUA, Canadá, México, Uruguai e Espanha
Brasília sedia, de quarta-feira (7) a sexta-feira (9), o 1º Seminário Internacional de Preservação Digital. Promovido pela Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana), o evento tem presença confirmada de especialistas de Estados Unidos, Canadá, México, Uruguai e Espanha.
Trata-se de uma das ações previstas no contexto do movimento de preservação digital no Brasil e na América Latina. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI) busca liderar essa frente.
Dados gerados durante os primeiros anos da internet por milhares de usuários, ou por organizações do porte da NASA, assim como por outros grandes institutos internacionais de pesquisa, não existem mais em nenhum computador do planeta.
A causa deste ‘apagão digital’ tem uma única explicação. Ao longo destes 25 anos, os usuários da internet – pessoas comuns, empreendedores, profissionais de TI, nerds, blogueiros, instituições etc. – trataram de produzir e de espalhar informações e sites por toda a internet. Entretanto, ninguém se lembrou de fazer o mais importante: guardar as informações.
Uma equipe de técnicos vem trabalhando para propagar em instituições públicas e privadas o Open Archival Information System (Oais) e, com isso, semear a cultura da preservação. O modelo foi criado pela agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) para estancar a perda de informações e passou a servir como padrão para todo o planeta.
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No Brasil, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibicti), órgão de pesquisa estatal vinculado MCTI, assumiu a tarefa de liderar o movimento de preservação digital no Brasil e na América Latina. Uma equipe de técnicos vem trabalhando para propagar em instituições públicas e privadas o modelo OAIS e, com isso, semear a cultura da preservação digital.
Segundo aponta o Ibict, a estimativa é que em 2015 a internet complete 25 anos de nascimento com 25% da informação produzida ao longo do período perdida e irrecuperável.
A Nasa, por exemplo, percebeu nos anos 80 que havia perdido todas as informações das primeiras expedições espaciais, inclusive das viagens à Lua. A agência representará os EUA no seminário, ao lado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).
Fontes: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia