15/09/2020

Saúde amplia apoio psicológico e passa a atender profissionais da educação e outros serviços essenciais

Inicialmente, disponibilizado aos profissionais de saúde na linha de frente no combate à Covid-19, o projeto TelePSI também atenderá a outros trabalhadores de serviços essenciais

 

O Ministério da Saúde ampliará a oferta do projeto TelePSI, que presta serviços de teleconsulta psicológica e psiquiátrica, para os profissionais que atuam em serviços considerados essenciais, entre eles, profissionais da educação e segurança, bombeiros, motoristas, cobradores e profissionais da limpeza pública. Inicialmente, o projeto foi direcionado aos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) que estão na linha de frente no combate à Covid-19 em todo o país.

Até o momento, o programa já realizou 718 atendimentos e mantém o acompanhamento a 415 participantes que seguem em acompanhamento. Os estados que mais registraram atendimento foram São Paulo (17,9%), seguido de Minas Gerais (16,8%) e Bahia (8,3%). Do total de profissionais de saúde atendidos até o momento, a maioria é da área de enfermagem (48,4%). Os dados revelam, ainda, que 58% apresentam sintomas de ansiedade grave, 20%, sintomas de irritabilidade grave e 12%, sintomas depressivos graves. Além disso, 38,2% são profissionais que trabalham na Atenção Primária à Saúde e 25,3%, em hospitais com área dedicada à Covid-19.

“Nosso objetivo é que ninguém fique sem atendimento. Aquele que buscar ajuda será prontamente atendido. Além dos profissionais da saúde, há aqueles que estão mantendo os seus trabalhos em função das nossas necessidades, como os da segurança, que cuidam da proteção das nossas cidades. Ou seja, também estão na linha de frente e passam pelo medo do adoecimento. Tem também os professores, que rapidamente tiveram de se adaptar diante da pandemia”, explica a diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Maria Dilma Teodoro.

O projeto TelePSI, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), presta serviços de teleconsulta psicológica e psiquiátrica por meio de uma central de atendimento que funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 20h, pelo 0800 644 6543 (opção 4). A plataforma virtual do TelePSI também estará disponível, até setembro, embora a ampliação do período possa ser viabilizada a depender da procura do serviço.

“Queremos, com essa iniciativa, mostrar que os profissionais não estão sozinhos nesta missão. É um reconhecimento da necessidade de apoio a eles que, além dos riscos de contaminação elevados, também podem ter sintomas de sofrimento psíquico como ansiedade, depressão, irritabilidade, transtorno de estresse agudo, entre outros”, reforça a diretora substituta.

Como funciona

Após o primeiro contato com a central do TelePSI, o participante recebe um formulário digital. Depois, ele é incluído em estratégias de prevenção ou tratamento psicoterápico breve (telepsicoeducação, telepsicoterapia cognitivo-comportamental ou telepsicoterapia interpessoal) e poderá seguir em acompanhamento, caso seja avaliado como necessário, com até quatro sessões em formato de videochamada. Pelo site, é possível preencher o formulário para se inscrever. Uma vez inscrito, o interessado será chamado para inclusão na estratégia mais adequada ao seu caso.

O projeto do TelePSI também conta com uma plataforma com vários materiais sobre telepsicoterapia e telepsicoeducação produzidos. Oferece um programa completo de formação em teleintervenções durante a pandemia, com manuais especializados, vídeos de treinamento e provas de certificação. No total, 548 profissionais já foram certificados, qualificando terapeutas para atendimento remoto na pandemia baseado em evidências científicas.

Para Carolina Blaya Dreher, psiquiatra e coordenadora adjunta do TelePSI, o projeto foi planejado para otimizar os recursos humanos, aplicando a intervenção mais intensa para quem mais precisa. Dessa forma, ela explica, que “a expectativa é beneficiar o maior número de participantes". Outro aspecto importante é o treinamento que os terapeutas atuantes no projeto receberam para se capacitar, "incluindo leitura de manual estratégico, videoaulas, sessões de exemplo e prova”, informa Dreher.

Assessoria de Comunicação Social com informações do Ministério da Saúde. - 14.09.2020

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