Sabotagem na Gestão Escolar

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Gerir uma escola exige habilidades que nem todo gestor tem, principalmente quando se trata de uma rede pública municipal, a qual a função de gestor não passa de uma forma política de se angariar votos e também é uma forma de trocas de favores, todavia, são ressaltados casos em que a escolha, embora tenha ocorrido pelo viés político e não pela meritocracia, é uma escolha certa e estes gestores se empenham em oferecer o seu melhor. 
Pode-se perceber que mesmo que um gestor tenha Know-How para gerir uma escola, faça o bom uso de sua liderança, conheça todos os percalços e como vencê-los, este ainda pode estar fadado a sabotagens oriundas de seus próprios funcionários.
Mesmo que o gestor se dedique em sua excelência, essa política suja e vil permanecerá, dando forças para oportunistas e incompetentes que almejam este cargo, e que tudo farão para extraí-lo desta distinta função.
Dito isso, o gestor poderá ser um bom líder e de tudo fazer para encantar seus funcionários, porém, o problema não estará em sua liderança, mas no desvio de caráter de seus liderados.
É elucidado por Matter em seu livro Filosofia e Ética em Administração, publicado pela Saraiva em 2008, que o líder precisa ser gentil, mas para estas situações atípicas, a gentileza é confundida com fraqueza, e esta passa a ser a oportunidade tão esperada para estes usurpadores agirem.
Infelizmente em um ambiente onde a educação deveria imperar, impera-se a hipocrisia, o falso moralismo e a manipulação, nos remetendo as falas de Maquiavel no livro Vida e Obra, Coleção os pensadores, publicado pela Nova Cultural em 1999, quando afirma que os homens são todos egoístas e ambiciosos, só recuando da prática do mal quando coagidos pela força da lei, e no caso das prefeituras, esta lei quando existe, é para beneficiar os próprios criadores dela e seus amigos.
Assim sendo, o ambiente escolar nem sempre é um ambiente confortável ao gestor por imperar armações de seus funcionários, armadilhas maquiavélicas, sabotagens e negligências profissionais.
Em uma instituição escolar o gestor precisa criar um ambiente que não permita a maledicência e a mentira como manipulação, fazendo-se imperar o coletivo e o prazer em se trabalhar na instituição gerida por ele.
Cabe salientar que o profissional que age pelas costas do gestor, não é confiável em nenhum ambiente, pois a falta de ética e caráter o precederá onde quer que esteja, desta forma, que estes gestores não se sintam abatidos por profissionais tóxicos, e continuem assim, a fazer o seu melhor para à educação de qualidade.