19/02/2020

Robótica na escola: da pós-graduação para a educação básica

A edição que marca a volta da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG) traz como tema Ciência, a revolução do ensino para o futuro. A leitura dos diversos artigos de especialistas e pesquisadores brasileiros que povoam a 34ª edição da RBPG leva o leitor uma conclusão positiva: é possível estreitar relações entre a pós-graduação e a educação básica, difundindo a produção científica dentro das escolas, especialmente as da rede pública.

Um dos artigos da RBPG aborda o projeto Robótica na Escola, implementado pela Prefeitura Municipal de Recife (PE). Beneficiado por esse projeto, Glebson Anderson, estudante do sétimo ano do ensino fundamental, recebeu junto com sua equipe o terceiro título de campeão na Olimpíada Brasileira de Robótica, na categoria Melhor Estratégia Resgate, nível um. Glebson falou à equipe de comunicação da CAPES.

O que vocês aprendem nessas oficinas?
Aprendemos a fazer o design do robô e a executar a montagem dele. Fazemos as estratégias que facilitam o percurso do robô na arena e aprendemos a programar também, para ele executar toda a pista.

Eu não tinha muita noção quando entrei, não sabia de nada, mas foi fácil aprender a minha função.

A gente aprende com as outras equipes também. Nesse campeonato, por exemplo, quatro equipes iriam competir. Fizemos uma reunião e ficamos debatendo qual a estratégia era melhor para cada coisa.

Como foi a preparação para alcançar o título brasileiro com os robôs?
Entramos na modalidade OBS, que é a modalidade do resgate. O robô campeão foi muito bem na pista, ficamos com um pouco de medo em alguns momentos, mas deu tudo certo.

Nós fazemos como se fosse um percurso de tragédia, uma simulação, como a de um desabamento de um prédio, por exemplo. O robô faz esse percurso todinho, até chegar ao resgate. Até chegar lá, existem vários desafios: interceptações, obstáculos, rampas, entre outros.

Nós nos preparamos muito para alcançar esse título. Ficamos desde o início do ano nos preparando para trazer esse título para Recife.

Como isso mudou a sua vivência? Te ajudou em alguma coisa na escola?
Antes de entrar na robótica eu não ligava para certas disciplinas, como matemática, eu não era muito interessado. Hoje, eu fico muito mais entusiasmado. Penso até em fazer engenharia mecatrônica, que envolve mecânica, elétrica e algumas outras coisas.

O projeto
O projeto Robótica na Escola foi desenvolvido pela prefeitura de Recife, mostrado no artigo Ciência e tecnologia na escola, assinado por Francisco Luiz dos Santos, o projeto visa abrir laboratórios de ciência e tecnologia nas escolas da rede pública, permitindo que os estudantes tenham um espaço para a realização de suas ideias e soluções de seus problemas integradas às experiências clássicas dos laboratórios de ciências.

Redação CCS/CAPES - 18.02.2020

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