20/03/2018

Regra do Pico-Fim e o Pós-Modernismo

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            A história é um fator importante para entendermos nossa atualidade, entretanto, o povo tem memória curta, e assim, o mesmo teima em persistir no erro, levando-nos a perceber realmente a síndrome da Dory.

            Peguemos os políticos como exemplo, estes sempre fazem usa da regra do Pico-Fim, mas o que vem a ser essa regra?

            De acordo com Harari em seu livro Homo Deus: uma breve história sobre a humanidade, publicado pela Companhia das Letras em 2016, tal regra, implica em afirmar que o povo esquece a grande maioria dos eventos, e lembra-se apenas alguns acontecimentos extremos, atribuindo um peso totalmente desproporcional  aos acontecimentos recentes, ou seja, em um governo de 4 anos, faz uma gestão pífia, entretanto os últimos meses, fazem a grande diferença para que o povo se olvide dos anos sofríveis com a péssima política e improbidade administrativa a ponto de o reelegê-lo.

                Isso nos faz perceber que realmente estamos vivenciando uma crise, e a mesma recebe o nome de crise da pós-modernidade, que para Morton e Testoni, em seu artigo intitulado O que é Pós-Modernismo? A Definição de um movimento em Construção; publicado pela Revista Aventuras na História, ed. 178, março de 2018.

                Segundo os autores, o pós-modernismo está ligado a perda da fé no progresso, assim como na busca pelos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade.

                O foco deixa de ser o coletivo e passa a ser grupos menores como gays, mulheres, etc e isso implica realmente em um país desacreditado politicamente, pois o lema "Ordem e Progresso" exposto na bandeira nacional, há tempos anda desacreditada.

                Na atual conjuntura, estas palavras não passam de palavras soltas e sem significados para a realidade política brasileira, que simplesmente, sacrifica o seu povo para o próprio benefício.

                Encontramo-nos assim, em uma situação totalmente deplorável e isso representa apenas o reflexo de uma educação pública cada vez mais idiotizadora, fazendo de seu povo, nada mais que uma massa de manobra formada por pessoas criadas e trabalhadas com esta educação alienadora para serem dóceis, servis e domesticados subalternamente, aumentando ainda mais a base da pirâmide social, elevando assim, o abismo entre as classes.

                O dia que nos preocuparmos realmente com uma educação de qualidade, a qual levará o seu educando a um protagonismo cognoscente, voltaremos a acreditar no lema de nossa bandeira nacional, porque, sem ordem não há progresso, e este deverá vir seguido sempre da ética, palavra quase extinta do nosso dia a dia.

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