27/02/2009

RECICLAGEM AGRÍCOLA É ALTERNATIVA PARA DIMINUIR A QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA INDÚSTRIA

Tema está na programação do Seminário Internacional WasteNet, que acontece dias 04 e 05, em Curitiba. O coordenador do curso de Agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Antonio Lucchesi, falará sobre as oportunidades e vantagens da reciclagem agrícola

 

            A reciclagem agrícola é uma das alternativas mais viáveis tanto econômica quanto ambientalmente para o problema da geração de resíduos. No Paraná, são poucas as empresas que utilizam a técnica de aproveitamento da matéria orgânica, mas em países como Alemanha, França, Estados Unidos e Canadá o processo está bem avançado.

 

            A afirmação é do coordenador do curso de agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Antonio Lucchesi, que também preside a Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – Curitiba. Lucchesi participará do Seminário Internacional WasteNet, que o Senai Paraná promove, em Curitiba, nos dias 4 e 5 de março. Com a palestra “Reciclagem agrícola de resíduos de origem rural, urbana e industrial”, Luiz Lucchesi falará sobre as oportunidades e vantagens da reciclagem agrícola.

 

            “A reciclagem agrícola é a reutilização dos nutrientes e matéria orgânica dos resíduos e seus subprodutos no solo para nutrir os vegetais. O solo precisa ser adubado com nutrientes, que geralmente são importados e custam caro. A reciclagem reduz os custos para o agricultor e ameniza o problema da destinação de resíduos, tão comum nas indústrias”, afirma Lucchesi. O pesquisador cita como resíduos que podem ser reciclados as cinzas provenientes da queima, restos de refeitórios, lodos industriais, elementos filtrantes e argilas.

 

            “Temos que ter em mente, entretanto, que a agricultura não é lata de lixo. Não é simplesmente jogar os resíduos na lavoura. Eles precisam ser transformados, tratados. É necessário eliminar os patogênicos do processo e monitorar os contaminantes orgânicos e os minerais nocivos, além de transportar e aplicar o adubo em dosagens corretas”, ressalta Lucchesi.

 

            Segundo o pesquisador, uma empresa que queira fazer a reciclagem de resíduos deve procurar um engenheiro agrônomo que faça um plano de gerenciamento de resíduos orgânicos e uma empresa, que seja capaz de operar a gestão. “O Ministério Público exige que o material orgânico seja reutilizado e não seja depositado em aterros sanitários. Por conta da legislação, acredito que a reciclagem agrícola se torne mais comum no Estado”, afirma.

 

A participação de Lucchesi será no dia 4 de março, às 17 horas. A programação ainda inclui outras 25 palestras, divididas em cinco temas principais: Gestão sustentável de resíduos sólidos; Tecnologia: tratamento e destinação final de resíduos; Bioenergia: pesquisa e tecnologia; Produção de biogás: alternativa energética; e Aproveitamento de resíduos: como agregar valor.  Entre os palestrantes estão membros da WasteNet e representantes de órgãos públicos, entidades e instituições ligadas à área ambiental.

 

O seminário integra os trabalhos da WasteNet, uma rede internacional de cooperação, que reúne pesquisadores de universidades da América Latina, Europa e Ásia para troca de experiências e desenvolvimento de pesquisas em prol do manejo sustentável de resíduos sólidos. A unidade CIC/Cetsam, do Senai Paraná, é a representante do Brasil. 

 

O evento acontece no Cietep, na Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico, em Curitiba. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 3 de março pelo site www.pr.senai.br ou pelo telefone (41) 3271-7139.

 

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