26/10/2021

Realidade da Atual Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

O Analfabetismo político é um mal que tem o seu reflexo na escolha de nossos representantes políticos e por este motivo, estes mesmos representantes, sabendo tirar proveito desta situação, não medem esforços para que este analfabetismo se prolifere.

Uma forma de isto acontecer é sucateando cada vez mais a educação e fazendo com que o sonho de uma educação transformadora e libertadora seja substituído pela realidade de uma educação esterilizante e alienada.

Nossa educação pública sofre ataques de todos os lados, principalmente através do ministério da educação, pois neste governo, os ministros que tivemos, todos foram omissos com a verdadeira função da educação.

Tivemos ministro que quis retirar dos livros de história as partes que se referem ao golpe militar, alegando que nunca houve golpe ou ditadura; tivemos também ministro que tentou desconstruir a imagem de Paulo Freire afirmando que este ícone da educação brasileira e referência mundial não tinha legado algum em nosso país. Este mesmo ministro mostrou o quão é a sua pequenez em relação a cultura e educação e ressaltou sua vil personalidade e profissionalismo.

Não podemos esquecer que tivemos um ministro que mentiu em seu currículo, alegando títulos que nunca teve, o que é comum na atual conjuntura política que são as fake news e as mentiras.

E para complicar ainda mais, nosso atual ministro Milton Ribeiro, é uma pessoa totalmente despreparada na função de educador, pois afirma em rede nacional que crianças com inclusão escolar atrapalham a educação.

Este mesmo ministro é a favor de castigos físicos para educar, defendendo desta forma a “vara da disciplina” e afirmando que os pais devem causar dor a seus filhos, fundamentando em um trecho bíblico que diz "Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-la”.

Com estes representantes que tivemos e/ou temos, dá para perceber o quão regrediu a já sofrível educação, com cortes de verbas, desvalorização do profissional, desconstrução de imagens de educadores, manipulação de livros didáticos, intimidação dos profissionais da educação, dentre outras ações nefastas típicas do governo atual.

Todavia, nem tudo encontra-se perdido, pois o educar também é um ato de amor que os profissionais da educação mesmo com tantos reveses não se deixam vencer, pois nós educadores somos condutores de sonhos e almas, lapidadores de pedras brutas realçando assim o brilho de caráter e humanismo de nossos educandos para que estes possam trilhar em um mundo de conhecimento e liberdade.

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