10/05/2014

Pronatec Brasil sem Miséria qualifica mulheres e indígenas no Acre

Em Cruzeiro do Sul, cidade com 79 mil habitantes, população de baixa renda respondeu por 3 mil matrículas no programa

Os cursos de qualificação profissional do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), voltados à população de baixa renda atendida pelo Brasil Sem Miséria, estão transformando a vida de mulheres e indígenas no Acre. As experiências foram apresentadas na Oficina Regional de Inclusão Produtiva Urbana – Região Norte, em Belém, realizada até quinta-feira (8). 

Cruzeiro do Sul (AC), cidade com 79 mil habitantes, foi um dos que apresentaram suas iniciativas. Lá, a população de baixa renda já fez mais de 3 mil matrículas no Pronatec Brasil Sem Miséria. O exemplo de como a qualificação profissional promove o acesso ao mundo do trabalho é o de um grupo de 80 mulheres. Elas procuraram os cursos, pois desejavam sair do mercado informal e, para isto, precisavam melhorar a qualidade das roupas que produziam. E tiveram acesso a aulas de corte e costura, serigrafia, modelagem e tingimento de tecidos. 

A assessora técnica da Secretaria de Assistência Social do município, Adriana Barros, conta que, após a conclusão dos cursos, as mulheres montaram quatro cooperativas para produção das peças. “Recentemente, elas fizeram uma coleção e apresentaram para a cidade, durante um desfile. E hoje elas estão produzindo outras peças para expor em São Paulo e ganhar o mercado. Esse é um exemplo precioso e que muito nos orgulha, pois conseguimos, por meio de parcerias, tirar essas mulheres da informalidade”, disse. 

Outra experiência é do município de Tarauacá (AC), distante 450 quilômetros da capital Rio Branco e com população de 38 mil habitantes. Indígenas de várias etnias estão fazendo os cursos do Pronatec para melhorar a qualidade do artesanato produzido. Mais de 400 já se formaram na região, segundo o secretário municipal de Promoção Social, Antônio Araújo. “Eles fizeram cursos de artesanato, mas também de recursos humanos e auxiliar administrativo, entre outros”, destacou. 

Araújo contou que muitos indígenas vêm para a cidade para fazer os cursos. “Por isso, estamos conversando para pactuar e levar qualificação para as aldeias também”, disse o secretário. De acordo com ele, 19 etnias vivem na região, que tem uma população de quase 5 mil indígenas. “Outras aldeias mais distantes já querem também os cursos. Vamos multiplicar esse conhecimento para que mais comunidades tenham acesso ao programa.” 

Parceria

“A inclusão produtiva é uma grande estratégia de superação da miséria. Por outro lado, ela é importante para autoestima do cidadão, para ele se sentir produtivo, capaz de produzir o seu próprio sustento”, disse a prefeita de Abaetetuba (PA), Francineti Carvalho, ao falar sobre os resultados do Plano Brasil Sem Miséria no município de 147 mil habitantes. 

Em Abaetetuba, a população de baixa renda já efetuou 880 matrículas desde que o programa foi criado em 2011. Segundo ela, a parceria entre os governos, prefeituras e as instituições ofertantes dos cursos é um dos fatores para o sucesso do programa, mas ainda há desafios na região, formada por 72 ilhas. “Uma forma de fazer isso é levar os professores das instituições do Sistema S até as ilhas, para que os cursos sejam realizados nessas comunidades”, sugeriu. 

Matrículas

Para participar do Pronatec Brasil Sem Miséria, é preciso ter no mínimo 16 anos e estar cadastrado ou em processo de inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. As matrículas são feitas nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). 

São mais de 560 cursos gratuitos, ministrados em estabelecimentos de qualidade reconhecida pelo mercado, como os institutos federais e as instituições do Sistema S (Senai, Senac, Senat e Senar). Quem participa, recebe gratuitamente material escolar, transporte e lanche.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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