20/07/2017

Projeto Roedores de Livros desperta o gosto pela leitura entre crianças do Distrito Federal

Há mais de dez anos, o projeto Roedores de Livros utiliza ações integradas para despertar o gosto pela literatura entre crianças e adolescentes do Distrito Federal. O trabalho, que começou no Plano Piloto, atualmente tem uma sede fixa em Ceilândia, que, sendo a maior cidade do Distrito Federal, possibilita a ampliação do atendimento às crianças. A utilização do espaço é gratuita.

A professora Ana Paula Bernardes, coordenadora do projeto, lembra que tudo teve início com a criação de uma biblioteca na Asa Norte – local que, contemplado com muitas doações, acabou por inspirar o Roedores de Livros. O nome é uma alusão à expressão “ratos de biblioteca”, como costumam ser chamadas as pessoas que passam muito tempo nesses espaços de leitura.

Na sede atual, todos os fins de semana, os estudantes ouvem histórias e participam de oficinas de artes, entre outras atividades. Professores também podem aproveitar o local, onde são realizadas palestras específicas para a categoria. O acervo é predominantemente infantil e juvenil, mas há obras para todas as idades. “É uma biblioteca comunitária aberta que qualquer pessoa pode frequentar”, ressalta Ana Paula.

Espaço aberto – A professora destaca a leitura como boa indicação para os momentos que todas as pessoas precisam criar, segundo sua avaliação, para “pensar em coisas boas”. O hábito de ler, avalia, sempre pode trazer mudanças de perspectiva na vida de qualquer um. A maioria das crianças que participam do projeto é formada por filhos de feirantes locais. A tendência natural desse público, observa Ana Paula, era seguir os passos dos pais, algo que foi mudado a partir do contato frequente com a leitura.

“As crianças querem ser pediatras, professores e seguir outras profissões pelas quais, no início, não manifestavam interesse”, relata a coordenadora. “A partir desse momento em que elas vislumbram outras possibilidades, quando veem que o mundo é muito grande e que tem muitas coisas para serem feitas, a gente vai mudando esse lugarzinho.”

Além das crianças, seus familiares também acabam sendo envolvidos pelas atividades do projeto. “Os pais ficam super animados e vêm buscar livros com a gente”, conta Ana Paula. “Todo ano, no Dia da Criança, a gente doa um livro para que essa criança também monte sua biblioteca, para que o amor ao livro não fique restrito ao Roedores.”

Confiança – Os momentos de leitura são intercalados com conversas, que estabelecem um ambiente favorável para conquistar a confiança dos frequentadores. Esses contatos criam uma ligação afetiva que, segundo observa Ana Paula, muitas vezes não ocorre em casa ou na escola.

“O livro aproxima a gente”, resume a coordenadora do Roedores de Livros. “Então, quando a gente faz uma leitura a partir da qual a criança ou jovem se sente à vontade para conversar, ela tira algumas dúvidas, vai experimentando outras coisas. Quando tem algum problema e quer conversar, às vezes não consegue falar isso em casa, e vem para cá.”

Atualmente, cinco voluntários trabalham no projeto. A biblioteca fica aberta ao público aos sábados, das 9h30 ao 12h. Escolas podem agendar visitas por mensagem eletrônica.

Conheça outros detalhes do projeto

Assessoria de Comunicação Social - MEC

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