05/02/2025

Professores Inimigos da Nação?

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Como é sabido, a omissão na educação explicita o lado que a pessoa está, assim sendo, quando nós educadores nos calamos diante da manipulação da informação, estamos sendo coniventes com a alienação de nossos educandos, o que é elucidado em minhas obras Educação e a Não Neutralidade, publicada pela Ícone em 2024; Educação: Uma questão de Politizar também publicada pela Ícone em 2022 e Educação um Ato Político, publicada pela Autografia em 2019.

É notório que em alguns países, seus parlamentares ultraconservadores com as máscaras da hipocrisia, tem instituído o sistema neofascista ou nazifascista, explicitando erroneamente uma ideia de superioridade, subjugando dessa forma, pessoas negras, latinos americanos, pobres dentre outros que para estes fascistas, são denominados inferiores.

Interessante perceber também que nestes países, professores são vistos como inimigos da nação, assim como foi afirmado por JD Vance, vice-presidente de Donald Trump e o mesmo ocorreu em nosso país, não com esta frase, mas com o sucateamento de Instituições Educacionais públicas, desvalorização dos profissionais de educação e cortes de disciplinas que instiga o aluno a pensar, como as disciplinas de filosofia e sociologia.

Um professor que tem a sua vida alinhada a ética e ao compromisso do processo ensino-aprendizagem jamais se deixará ser subserviente a um sistema corruptor da civilidade a exaurir a dignidade de seu povo.

O verdadeiro docente faz jus as palavras de James Farner Jr., no filme o grande debate (ou o grande discurso, dependendo da tradução livre) quando fala sobre desobediência civil.

James Farmes cita Santo Agostinho e diz que “uma lei injusta não é uma lei para todos. O que significa que eu tenho direito, até mesmo o dever de resistir. Com a violência ou a desobediência civil. Você deve orar para que eu escolha a segunda".

Peguemos como exemplo, países nos melhores ranking da educação que são a China, Cingapura, Estônia, Japão, Coreia do Sul, Canadá, Finlândia, Polônia e Irlanda, todos esses países em relação a educação focam na qualidade com investimentos na formação de professores e desenvolvimento curricular; o acesso à educação de qualidade é para todos os alunos o que independe de sua origem socioeconômica; inovação tecnológica e metodologias ativas e inovadoras no processo de ensino-aprendizagem, preparando seus alunos para a constante mudança; melhoria contínua mediante avaliações, auxiliando dessa forma a identificar áreas que necessitam melhorias; Valorização da educação se tornou algo cultural, o que conta com o comprometimento dos familiares e motivação dos alunos; currículos flexíveis tornando-se adaptáveis permitindo em concomitância que os discentes possam desenvolver habilidades críticas e criativas.

Outra característica interessante é que os professores destes países são respeitados. Nunca são vistos como inimigos da nação, aliás, é a essência para se trabalhar o futuro bem como a soberania almejada por qualquer nação.

O bom professor não pode ser conivente com o alinhamento fascista, nazista ou qualquer outra ideologia que subjugue o ser humano, e por isso este profissional precisa fazer uso da desobediência civil para não transformar seus discentes em pessoas docilizadas, subservientes e alienadas.

Dito isso, entre ser inimigo de uma nação a qual quer o seu povo alienado sendo apenas uma massa de manobra, e ser amigo de justiça social, do protagonismo, do humanismo, do respeito pelas diversidades e da ética, nós professores seremos vistos então como os verdadeiros algozes destas nações e amigo do povo.

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