13/10/2023

Primavera Silenciosa: Rachel Carson

Prim

Por: Sandro Lúcio Nascimento Rocha

Graduando em Medicina – IMS - CAT- UFBA

E, Elenir Souza Santos Rocha – Professora Drª – IMS – CAT – UFBA

Educação ambiental

A Educação Ambiental (AE) é o caminho para a resolução ou pelo menos, a minimização de muitos dos problemas ambientais que enfrentamos.

A EA pode ser compreendida como um método em que cada indivíduo pode encarregar-se e assumir o papel de integrante indispensável do processo de ensino/aprendizagem. Os problemas ambientais decorrem do nocivo modo de vida que a raça humana adotou, na qual a conservação da vida do homem promove um emprego exagerado dos recursos naturais e levou a uma situação de crise. A associação da EA com a sustentabilidade tem sido abordada constantemente em nosso dia a dia e largamente anunciada na mídia.

Uma excelente referência para se começar a estudar o tema Educação Ambiental é o livro Primavera Silenciosa, publicado pela bióloga marinha e norte-americana Rachel Carson (1907-1964),em 27 de setembro de 1962, considerado um livro à frente de seu tempo, o qual mudou o curso da humanidade ao inspirar a preocupação pública sobre o uso de pesticidas e poluição do ambiente natural, que facilitou  a formação um movimento social muito potente: o ambientalismo (também chamado de movimento ecológico).

A seguir uma resenha do livro supracitado.

 Primavera Silenciosa (Silent Spring), lançado em 1962 pela editora Houghton Mifflin, escrito pela bióloga marinha estadunidense Rachel Carson, enfatiza os danos socioambientais causados pelo uso de inseticidas, fertilizantes e demais produtos químicos para combater pragas e aumentar a produtividade agrícola – os chamados ´biocidas´. O livro contém 359 páginas e é dividido em 18 capítulos e foi um percursor do movimento ambientalista, corrente de pensamento que visa a proteção do meio ambiente e reivindica uma mudança nos hábitos da sociedade de modo a estabelecer um modo de vida sustentável.

O livro descreve como a terra era sadia antes da chegada dos colonizadores: fazendas produtivas, solos ricos, ar puro, árvores frutíferas e animais viviam em harmonia com o meio. Porém, com a chegada dos colonizadores tudo se transformou e o que antes era harmônico se desestabilizou. Iniciou a contaminação de doenças, que em alguns casos eram letais, a perda da produção, a mortalidade de animais e a contaminação do solo, do ar e das águas.

Para tentar resolver alguns desses problemas, o Homem passou a utilizar produtos químicos como pesticidas e fertilizantes que contém várias substâncias nocivas à natureza, aos animais e ao próprio ser humano, como DDT (diclorodifeniltricloroetano), BHC, aldrin, heptacloro etc. É destacado a nocividade do DDT – um inseticida de baixo custo, que foi iniciada a sua utilização após a Segunda Guerra Mundial para eliminar insetos e combater doenças como malária e febre amarela, e também foi utilizado em fazendas agrícolas para controlar pestes. O seu uso pode acarretar o enfraquecimento das cascas de ovos das aves, envenenamento de alimentos como carnes e peixes, além de ter um efeito acumulativo nos organismos. Também fica evidente os efeitos desses produtos no solo: morte dos microorganismos, das minhocas, a perda dos nutrientes e consequentemente, a perda da fertilidade do solo

Com o início do uso dos agrotóxicos, o ser humano deixou a importância das plantas e animais para o planeta Terra em segundo lugar e passou a eliminar os seres vivos que ´´atrapalham´´ a produtividade, ou seja, as pragas através de pulverização. Isso se torna um ciclo e acaba afetando também os demais seres vivos, muitas plantas morrem e animais desaparecem. Com isso, a paisagem vai ficando cada vez mais sem cor e vida.

Dessa forma, a autora descreve como se iniciou a devastação do ambiente pelo uso de agrotóxicos e produtos químicos e também os resultados advindos dessa ação.

Esse livro é muito importante para percebermos os males causados pelo uso de produtos químicos na agricultura e demais setores. É claramente uma denúncia ao modelo de sociedade que não se importa com a natureza e o meio ambiente. Através da leitura, passamos a enxergar coisas que antes estavam encobertas, criando uma visão crítica sobre o papel das indústrias químicas e da população na degradação do meio. É recomendável a leitura do livro, pois o que nele é tratado é de suma importância para a construção de valores ecológicos e harmônicos para com o meio ambiente.

Primavera Silenciosa é o legado dessa corajosa mulher que desafiou o poder do governo e de grandes indústrias químicas em pró da vida e do futuro do planeta.

Sobre a autora:

Rachel Louise Carson, nasceu em Springdale (EUA) em 27 de maio de 1907. Foi uma bióloga marinha, cientista, escritora e ecologista. Publicou muitos livros, dentre eles Sob o Mar-Vento, Primavera Silenciosa e O Mar que Nos Cerca. Foi muito importante e contribuinte para o movimento ambientalista. Faleceu no dia 14 de abril de 1964, Silver Spring (EUA).

CARSO, Rachel. Primavera Silenciosa. Disponível em: https://biowit.files.wordpress.com/2010/11/primavera_silenciosa_-_rachel_carson_-_pt.pdf. Acesso em: 13 de outubro de 2023.

SANTOS, Elenir Souza. Educação ambiental: conceitos, princípios e objetivos. Disponível em: http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/educacao-ambiental-conceitos-principios-e-objetivos. Acesso em: 13 de outubro de 2023.

 

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