24/05/2018

Prevalência de lesões musculoesqueléticas em artistas circenses

Prevalência de lesões musculoesqueléticas em artistas circenses

Carlos Henrique Novais Silva, Erica Moura Monteiro, Fernanda Alves  Santana, Jane Cláudia dos Santos Souza, Richard Kleidman Santana e Silva, Ana Carolina Siqueira Zuntini

Prevalência de lesões musculoesqueléticas em artistas circenses

SILVA, C.H.N.1, MONTEIRO, E.M. 1, SANTANA, F.A. 1, SOUZA, J.C.S. 1, SILVA, R.K.S. 1, ZUNTINI, A.C.S. 2

1 Discentes do Curso de Educação Física – UniÍtalo

2 Orientadora, Bacharel em Fisioterapia pelo UniÍtalo, Especialista em Anatomia Macroscópica pelo Centro Universitário São Camilo, Mestranda em Farmacologia e Fisiologia pela UNIFESP, Docente do Curso de Educação Física do UniÍtalo

RESUMO: O presente artigo teve por objetivo elucidar os tipos mais comuns de lesões sofridas por artistas circenses, bem como a sensibilização quanto a necessidade de cuidados com questões tanto de segurança, quanto da prevenção de riscos, relacionados aos cuidados com os lesionamentos. Por meio de pesquisa e debate bibliográfico, deparou-se com a escassez da temática em questão. Assim, foi realizada uma pesquisa de campo, baseando-se em um questionário de Inquérito de Morbidade Referida (IMR), adaptado para as práticas circenses. para que pudéssemos fazer um levantamento atualizado dos dados pesquisados e podermos apresentar um plano de trabalho com maior embasamento temático. Este estudo tem por objetivo sensibilizar tanto os artistas circenses, quanto profissionais da educação física como um todo, da importância dos cuidados com os lesionamentos em atividades físicas, tanto em quadros realmente graves quanto nos mais simples, elucidando que os cuidados que devem ser tomados começam desde a prevenção – tanto com equipamentos de segurança pessoal, quanto de profissionais socorristas especializados sempre presentes – quanto da importância individual que os artistas devem para si próprios. Ao final, debateremos a importância deste trabalho na conscientização dos profissionais quanto aos cuidados com seu corpo e da importância de mais estudos pautados na temática sugerida. Quanto aos resultados, veremos que a maior incidência de lesionamentos ocorrem na parte anatômica dos ombros, coluna lombar e tornozelos, mas que ainda há um grande número de lesões que não são diagnosticas, sendo tratadas por conta própria, que podem ocasionar em problemas futuros.

Palavras-Chave: Lesões, Artistas Circense, Atividade Física.

ABSTRACT: The objective of this article was to elucidate the most common types of injuries suffered by circus artists, as well as to raise awareness about the need for care with both safety and risk prevention issues related to injury care. Through research and bibliographical debate, it was faced with the scarcity of the subject in question. Thus, a field survey was conducted, based on a questionnaire of Referenced Morbidity Survey (IMR), adapted to the circus practices. so that we could make an updated survey of the data researched and could present a work plan with more thematic basis. The aim of this study is to raise the awareness of both circus artists and physical education professionals as a whole about the importance of caring for injuries in physical activities, both in really serious situations and in the simplest ones, elucidating that the care that must be taken begins from prevention - both with personal safety equipment and professional lifeguards always present - and of the individual importance that artists owe to themselves. In the end, we will discuss the importance of this work in the awareness of the professionals regarding the care with their body and the importance of more studies based on the suggested theme. Regarding the results, we will see that the highest incidence of injuries occurs in the anatomical part of the shoulders, lumbar spine and ankles, but that there are still a large number of lesions that are not diagnosed, being treated on their own, which can lead to future problems.

Keywords: Injuries, Circus Artists, Physical Activity.

INTRODUÇÃO

            Quando levantado o questionamento sobre qual tema abordar para o desenvolvimento deste trabalho, a questão das lesões em artistas circenses foi um assunto muito peculiar apontado.

            O circo – esta belíssima atividade artística de entretenimento, de expressão corporal e de hipnotizante poder, que prende e faz a plateia vibrar e, aos artistas, encanta e os levam a esferas sublimes de satisfação pessoal, de domínio corporal e de concentração – traz, por detrás das cortinas do picadeiro, um aspecto humano que muito raramente é visto: todo o aparato de segurança e as precauções tomadas para que o espetáculo seja seguro, não somente para quem assiste mas, principalmente para aqueles que o executam, e que ainda precisam de todo um cuidado com a saúde e preparação física para as atividades que apresentam.

            De fato, as atividades físicas circenses têm tido, nos últimos anos, uma grande procura, não mais somente nas lonas, mas adotadas também no meio da educação física, academias e espaços de educação, uma vez que suas atividades oferecem um dinamismo muito abrangente e, também, a emoção do picadeiro. A arte do circo vem sendo, a alguns anos, uma grande investimento para o Ministério da cultura, dado o seu exponencial crescimento de oferta e procura, e tem tido um grande investimento do Governo, desde 2003, tamanho o seu crescimento (SILVA; ABREU, 2009).

            Seja para melhorar ou manter a forma física, ou para começar uma nova atividade física ou abandonar a vida sedentária, sem a monotonia que algumas pessoas sentem ao frequentarem uma academia tradicional, os exercícios circenses podem oferecer uma gama de atividades com uma dose de ludicidade que de fato, contagiam seus praticantes. E mais, tais exercícios têm maior influência, vantagens e resultados em seus praticantes, pois trabalham muito a flexibilidade, a coordenação motora, o equilíbrio, a concentração, a postura e as capacidades físicas de cada um, sem mencionar na alta queima de calorias, explorando de maneira abrangente e simultânea diversos grupos musculares.

            Obviamente, tais benefícios também trazem consigo severas consequências. A prática de atividades circenses e as técnicas necessárias para obter e manter este condicionamento físico podem acarretar riscos, levar a sérias lesões musculoesqueléticas e até mesmo, a danos agudos ou crônicos. E não somente para iniciantes no mundo do exercício/preparo físico, mas até mesmo, atletas já com preparação e condicionamento regrado, profissionais tanto da arte circense quanto da educação física, são, de fato, os que apresentam maiores índices de tais lesões.     Seja pela intensidade com que realizam seus exercícios, ou pela quantidade de vezes que os realizam ou, no caso dos artistas circenses, até mesmo pelo número de apresentações que realizam, lesões musculoesqueléticas são os principais acidentes que ocorrem entre atletas e artistas.

            O presente trabalho teve por objetivo identificar as lesões mais comumente causadas no ambiente circense, seja no treinamento, no condicionamento ou mesmo nas apresentações.

REVISÃO TEÓRICA

            Tratar de um tema tão delicado quanto lesões sempre é um desafio. Ainda maior quando relacionado a uma atividade como a circense. Primariamente, porque a temática lesões sempre aparece associada a atividades físicas mais populares, como futebol e, poucas vezes é desenvolvida com uma visão mais amplas (como com ginastas, atletas olímpicos, entre outros) e ainda, raramente focada a atividades especificamente do circo.

O circo como o conhecemos tem pouco mais de 2400 anos, surgido durante o império romano, apresentando desde corridas de bigas a animais exóticos e apresentações de artes cênicas e lutas de gladiadores. Com o passar do tempo, e a chegada da idade média, o circo começou a contar com a participação de artistas populares, improvisando apresentações diversas, desde malabarismos a danças, fossem em picadeiros ou em feiras livres. Somente na Inglaterra, no século XVIII que surgiu o circo moderno, com picadeiros, lonas e palcos, luzes e muito glamour.

Desde imemoráveis épocas, o circo é uma comunidade de muito lazer, mas que traz também um histórico de acidentes – fatais ou não-letais – que há muito tempo preocupa. Principalmente com a modernização do picadeiro, suas atividades vêm sendo cada vez mais supervisionadas e acompanhadas, para garantir a segurança.

            De acordo com Howley e Franks (2000), a prática de atividades físicas, ainda mais quando constantes, está diretamente correlacionada a acidentes e lesões. Se em qualquer tipo de atividade cotidiana, já se corre o risco de acidentes e lesões, para Guzzo (2009), as atividades circenses estão em maior destaque, dado o perigo constante ao qual algumas de suas atrações estão relacionadas – principalmente, as atividades aéreas, foco deste estudo. O risco, tido como sinônimo de incerteza, está constantemente presente na atividade circense (GUZZO, 2009), e segundo Breton (2009), é no silenciar da plateia e no risco que um trapezista corre numa manobra, que está o glamour da apresentação, é a incerteza do que pode vir ou não a ser que irradia a multidão, que ressoa em aplausos sobre a vitória da manobra e inflando o ego do artista e reconhecendo o seu valor.

            Ainda segundo Guzzo (2009, p. 43) “O maior sucesso está sempre ao lado do maior risco: quanto maior a manobra, o movimento, maior o risco, maior o desejo alcançado”. Por que tanta insistência com o tema “Risco” neste momento? Porque não há como desassociar lesão a risco, ação e reação. Para um artista circense, principalmente os artistas aéreos, o risco é uma característica constante de seu ofício, elementar para sua atividade e fundamental para um bom espetáculo. E segundo Arkaev e Suchilin (2009), especialistas em Ginástica Artística, quanto maiores determinados movimentos, maior também a sua dedicação na perfeição deste, o que aumenta o seu treinamento, seus esforços, mas nem sempre se acompanham também de um aumento no “controle” de riscos neles contidos e, é por essa não prevenção/preparo, que podem acontecer as lesões.

            Para Oliveira, Lourenço e Teixeira (2004), existem vários fatores que podem aumentar a frequência de lesões, desde ambientais até mesmo a intensidade com que é realizada a ação (ritmo de treino, de apresentações, etc.). Tais riscos podem também ser intensificados pelo aumento da velocidade dos movimentos, da adrenalina relacionada a eles e também em tópicos como faixa etária, gênero ou estrutura corpórea, devido as suas próprias limitações para determinadas atividades.

Gould III (1993) acredita que os fatores para lesões podem ser tanto intrínsecos quanto extrínsecos, sendo as intrínsecas as estruturas individuais do sujeito, sua resistência física, seu crescimento, e o desenvolvimento de sua atividade, ou seja, tudo que tem a ver com o próprio sujeito. As extrínsecas estão diretamente relacionadas ao meio, sejam as regras para uma atividade, seus sistemas de segurança e seu acompanhamento, tanto profissional quanto médico. Oliveira, Lourenço e Teixeira (2004) ressaltam que toda lesão merece atenção, uma vez que algumas delas podem acarretar sérias consequências se não devidamente acompanhadas e tratadas.

            Assim como Gould, Lianza (1995) também vê as causas das lesões de maneiras intrínsecas e extrínsecas, mas este observa que deve se fazer uma avaliação sobre os seguintes fatores extrínsecos: as técnicas de execução do exercício, a carga de trabalho, os equipamentos utilizados e as formas que o são e, muito importante, a postura corporal. O CEFAD – Centro de Estudos e Formação de Atividades Desportivas (2003), alerta que o risco de lesões está presente no cotidiano de qualquer indivíduo, e principalmente a sujeitos que praticam algum tipo de atividade física. Desde uma simples corrida que, não estando devidamente preparado para tal, o indivíduo pode sofrer um dano. E aconselha, que a melhor forma de prevenção é sempre atenção tanto com os fatores extrínsecos quanto os intrínsecos.

            Cohen e Abdalla (2003) afirmam que os atletas (podemos acrescer aqui os artistas circenses) estão sempre mais expostos e propícios a sofrerem lesões, justamente pela sua ânsia de realizar o movimento ou a ação perfeitos pois, na realização de uma atividade, de um esporte, de uma profissionalização que sempre lhes foi “sonhado”, cobram-se demais e expõe-se a ainda mais riscos, dada a sua necessidade de buscar sempre o melhor. São estes que acabam tornando-se os melhores em suas determinadas áreas mas, em contra partida, são os que acabam se prejudicando ainda mais.

            Leite (1981) classifica as lesões em típicas e atípicas, sendo a primeira causada no decorrer do treino ou da apresentação/competição e, as atípicas, são as acidentais, causadas por fatores externos ao indivíduo. Para ele, a melhor forma de evitar uma lesão é o condicionamento físico do atleta que deve ser bem cuidado e acompanhado. O artista/atleta que realiza uma atividade de risco, deve ter uma atenção especial com seu treino, sua disposição, sua segurança e com o seu estado mental, para que esteja sempre concentrado e focado, tanto quando treinar, quanto quando se apresentar.

            Howley e Franks (2000) classificam as lesões em três graus a serem observados:

 – Lesões de primeiro grau, são leves e geralmente causadas por um rompimento pequeno no tecido ou um estiramento, causando pequena limitação na movimentação, não deixando edemas e causando uma dor local;

 – Lesões de segundo grau, são mais moderadas que geralmente resultam de um parcial rompimento do tecido, limitando muito mais a função, forma um edema ou altera a cor do tecido e uma dor que pode ser seguida de espasmos;

 – Lesões de terceiro grau, já são consideradas lesões de classificação grave, pois rompem severamente o tecido gerando uma dor local intensa, seguida de espasmos musculares e um forte edema, levando ainda a uma possível deformidade da área palpável.

            Segundo Howley e Franks (2000), o indivíduo, ao sofrer uma lesão e retornar às suas atividades, deve estar atento a intensidade com que retoma sua rotina. Ao sofrer uma lesão e realizar o devido tratamento, o músculo do indivíduo “se desacostuma” com a rotina que tinha anteriormente e, ao se recuperar, precisa gradativamente voltar ao ponto em que parou para só então avançar mais.

            Atividades circenses, principalmente os de modalidades aéreas, exigem uma capacidade corporal extrema do artista. Seja no trapézio, na corda, no tecido, na lira ou em suas variações, exigem um condicionamento físico, um equilíbrio e uma concentração muito grande do indivíduo. A força muscular exigida para realizar os truques, saltos, travas, giros é muito grande, sua resistência física deve ser igualmente grande e seu equilíbrio e autocontrole devem estar à altura dos demais.

De acordo com Bartoleto e Calças (2007):

“Não podemos esquecer que a adequada preparação corporal (condicionamento específico) para a prática dos aéreos é fundamental para a qualidade da mesma e para um desenvolvimento eficaz dos processos de aprendizagem. Da mesma forma, a compensação postural e física para os excessos que alguns segmentos recebem (por exemplo, a articulação dos joelhos) deve ser tratada adequadamente para evitar problemas a longo prazo” (BARTOLETO; CALÇAS, 2007, p. 17).

            Da mesma maneira quanto ao condicionamento físico, é necessário atentar-se quanto ao equipamento de segurança para a realização da apresentação e do treino de cada artista. Ferreira (2012), enxerga que o risco de lesões está não só relacionado a metodologia de treino e apresentação, mas diretamente ligado também aos aparatos de segurança, suas aplicações corretas, utilizações, cuidados e manuseios. Segundo Ferreira:

“Existe também a possibilidade de que os circenses corram riscos de forma inconsciente, ou seja, a convivência constante com os riscos próprios da atividade circense faz com que eles não deem a devida importância para as questões de segurança ‘(…) Mesmo conhecendo os procedimentos de segurança, muitos optam pelo não uso dele (…)’” (FERREIRA, 2002, p. 08).

            Para Ferreira (2002), lesões são consequências dos riscos assumidos no decorrer de uma atividade circense. Tendo em vista que o risco é uma variante necessária do entretenimento que é o circo há, em sua concepção geral, duas formas de riscos, os reais e os fictícios. Entende-se que os fictícios estão diretamente relacionados a dramatização de cada ato, de cada apresentação em si, da necessidade de criar um clima de tensão para prender a atenção do público e assim, despertar ainda mais o interesse no espetáculo. Já os riscos reais são aqueles enfrentados tanto nas apresentações quanto nos treinos e ensaios. São os riscos reais que causam acidentes, lesões e até mesmo fatalidades. São a eles associados os estudos de prevenção, as políticas de segurança e os cuidados individuais que os artistas e desportistas tomam ao realizarem seus treinamentos, aperfeiçoarem seus condicionamentos e aumentarem suas resistências físicas. As atividades circenses oferecem ao artista um fortalecimento muscular muito grande e, de certa forma, exigido principalmente para as modalidades aéreas. Sua técnica deve ser perfeitamente aplicada ou os danos que podem causar podem ser severos. Mas a ameaça de uma lesão não influencia no desempenho do artista, de fato, até inspira-o a trabalhar cada vez mais e com mais afinco. Bolognesi (2003, p.44) afirma que “o artista tem consciência de que pode fracassar. O desempenho artístico do acrobata e sua possível queda não são ilusórios e não pertencem ao reino da ficção”.

            Sugawara (2014), relaciona as atividades circenses como atividades/exercícios completos, de complexidade e coordenação sincrônicos com corpo e mente, e que trabalha de maneira ampla capacidades físicas, psicomotoras, flexibilidade, coordenação, velocidade e resistência.

            Dentre esses modos da atividade, podemos perceber, no pensamento de Pedrinelli e Saito (2003) que há inúmeras formas de se obter uma lesão (apesar de focado em vôlei, as premissas obtidas em seu estudo podem facilmente serem aplicadas a quaisquer tipos de atividades físicas que envolvam condicionamento, fortalecimento, coordenação e esforço): seja num movimento abrupto realizado pelos braços em uma queda livre do tecido, sejam nos saltos e mergulhos no trapézio, ou no forçar das pernas no bambu, etc. Essas lesões são subdivididas entre lesões agudas – que afetam predominantemente no decorrer da execução do movimento, e constantemente são musculoesqueléticas   – e as lesões crônicas – que afetam geralmente coluna lombar e articulações (joelhos, tornozelos, punhos, cotovelos).

            Para Romani (2001), especialista em dança, a maioria das lesões – em qualquer atividade física – é decorrente de erro de técnica e/ou de treino, sendo mais frequente quando envolve movimentos súbitos. Um exemplo dado por Romani (2001), mas que se encaixa nas atividades circenses Tecido e Trapézio, é o de forçar o pé, ou prendê-lo, numa rotação, forçando o joelho e/ou a lombar, afetando quadris e costas, causando assim um previsível quadro de lesão, seja uma tendinite do flexor do quadril, fratura de estresses, uma irritação das faces articulares ou uma inflamação crônica do ligamento, etc. Os quadros podem ser diversos, dos mais complexos aos mais simples.

            Miyashiro e Patrocínio (2003), especialistas em lesões em ginásticas artísticas, apresentam dados com índices de maiores frequências de lesões em artistas, e afirmam que os maiores índices de lesões ocorrem em membros inferiores. As principais regiões lesionadas foram joelho (18,9%), tornozelo (17,9%), mão (17,4%), coxa (11,4%), ombro (8,1%), coluna (7,0%), pé (4,6%), cotovelo (3,4%), perna (2,8%), punho (2,8%), antebraço (2,6%), bacia (1,9%), braço (0,3%) e outros (0,9%).

            Para Oliveira, Lourenço e Teixeira (2003), um dos maiores motivos de lesões em atletas é a não realização de um aquecimento apropriado. Ou seja, o artista realiza uma série de exercícios visando o aquecer e alongar de determinado grupo muscular, mas na hora de realizar uma apresentação ou um treino mais longo, trabalha diversos outros grupos que não foram devidamente preparados para tal. Os autores observam também que atletas e artistas, tornam-se “viciados” em treinos, não conseguindo se afastar de suas rotinas de exercícios e muitas vezes, mascarando lesões, não realizando qualquer tipo de tratamento adequado ou se automedicando, tornando-se assim a dor da lesão mais “amena e suportável”, até que o inevitável aconteça e este acabe por precisar se afastar de sua atividade e realizar tratamentos adequados, longos e depois, dolorosas reabilitações.

PESQUISA DE CAMPO E DISCUSSÃO

            Para o desenvolvimento do presente artigo, além de uma extensa leitura, optou-se por realizar uma pesquisa de campo com o intuito de apurar as principais lesões causadas no meio circense, e assim, explorarmos tópicos como os tipos de lesões mais comuns, os locais anatômicos das lesões, o momento da mesma, a recuperação, etc.

            O levantamento de tais dados foi realizado com um Questionário de Inquérito de Morbidade Referida (IMR), adaptado às práticas circenses e com o intuito de contribuir com parâmetros numéricos para este artigo. Foram entrevistados 18 pessoas, sendo onze homens e sete mulheres, com idades entre 19 e 40 anos, com, no mínimo, cinco anos de prática circense.

            Os dados apurados são apresentados de forma geral, podendo os entrevistados, terem sofrido uma ou mais lesões no decorrer de suas práticas e por isso, os gráficos apresentados podem conter variáveis de quantificações quanto ao número de entrevistados. Entretanto, o interesse desta pesquisa está justamente nas quantidades de lesões que serão apresentadas e em suas consequências.

3.1 Tipos de Lesões

            Antes de tudo precisamos entender o que é lesão. As lesões são traumatismo ocasionados em decorrência de alguma ação, movimento ou impacto que causa alteração patológica de um tecido, acarretando uma perda – momentânea ou não – das funções da área lesionada.

            Nas atividades circenses, durante a pesquisa e a entrevista para este artigo, ficou muito claro que as lesões musculares são as mais comuns e geralmente as não diagnosticadas por seus praticantes. Estas podem ocorrer tanto por trauma direto, como as contusões musculares, mas também de forma indireta, que geralmente são ocasionadas com a exigência cada vez maior e mais frequente de potência e da contratilidade muscular, como nos casos das distensões, estiramentos e até mesmo, dores musculares de início retardado. No gráfico a seguir, encontram-se os tipos mais comuns de lesões ocasionadas nos esportistas circenses.

Primariamente, evidencia-se que, em algum momento, todos os entrevistados sofreram algum tipo de lesão durante a prática de suas atividades. Fossem no momento de um treinamento normal (24% dos casos apurados), ou num momento de apresentação, em 28% dos entrevistados, mas a maioria, 48% dos dados levantados, sofreram suas lesões no momento do treino específico ou do exercício ao qual está especializado. E isso acontece, como já citado, quando os praticantes exigem mais de si do que realmente suportam, forçando-se além de seus limites.

Evidencia-se no gráfico que grande parte dos lesionados não obtiveram diagnósticos de suas lesões, e isso também é explicado na leitura analítica de cada entrevista, em que muitas vezes, os próprios artistas se automedicam ou tratam, realizando compressas e repousos, sem de fato, procurarem um especialista para tratar devidamente de suas lesões.

Gráfico 1 – Representa os tipos de lesões apontadas no questionário de IMR, mais frequentes em artistas circenses

Gráfico 2 – Representa os momentos que as lesões aconteceram

Pode-se observar que os locais mais comuns de lesões, durante a prática de suas atividades, são os ombros (21%), seguidos por coluna lombar (12,5%) e tornozelo (12,5%), coluna torácica (8,3%) e pé/dedos (8,3%).

Gráfico 3 – Apresenta os locais anatômicos, identificados no questionário de IMR, que mais são atingidos em lesionamentos em artistas circenses

           

            Não há uma explicação pronta do porque tais lesões ocorrem. Tanto a fadiga muscular, quanto o não aquecimento adequado, podem resultar em problemas sérios na hora da realização de um exercício. Uma alimentação inadequada, um preparo físico inapropriado, ou uma sobrecarga de intensidade de treino, e até mesmo a postura do indivíduo, também podem ocasionar lesões. Sendo de origem crônicas – relacionada diretamente a repetição de microtraumas – ou agudas – o mal preparo físico, pré ou pós-exercício, o recomendável é que todo e qualquer tipo de lesionamento, seja devidamente acompanhado por um profissional da saúde para que haja um diagnóstico concreto e uma recuperação saudável.     

            Em casos de lesões crônicas, não há como o indivíduo mascarar os sintomas, pois a dor e o desconforto podem ser agudos demais, extenuando muito o local lesionado. Por isso, de acordo com Proença (2003), em um artigo da Fisiopraxis, em caso de dor e lesionamentos, acarretando em diminuição de força, instabilidade de equilíbrio, tensões musculares intensas e frequentes, o principal a ser feito é buscar um profissional médico para os primeiros tratamentos, se não imediatamente, nas primeiras 48 horas após a lesão, para que seja realizada uma avaliação médica para diagnosticar o grau de gravidade da mesma e prestar os devidos cuidados corretamente, para que não hajam sequelas.

            Em lesões como entorse, ruptura muscular ou ligamentar, traumatismo, luxação, etc., o pronto cuidado com a lesão pode gerar uma recuperação mais eficiente e rápida, garantindo ao atleta um retorno às suas atividades mais rapidamente. Entrementes, alguns cuidados com este retorno também devem ser tomados.

Percebe-se, pelo gráfico apresentado, que os artistas, em seus momentos de treino e exercícios costumam, em cerca de 68,42% dos casos, gastar em média de uma a três horas de treino, por dia, enquanto 31,58% dos casos, os artistas treinam em média de 4 à 6 horas. Evidentemente, para se manter a boa forma, o sincronismo, o equilíbrio, a perícia, a disciplina no momento do treino é obviamente necessária, entretanto, podemos perceber no gráfico apresentado também que, os maiores mecanismos de lesões são: 21,05% por volume, ou seja, a carga utilizada para o treino; 26,31% por intensidade ou pela exuberância ou força aplicada no treino, sempre exigindo e forçando mais de seus limites e; 68,42% por impacto direto ou impulso, ou seja, acidentes decorrentes de determinados movimentos ou de colisão ou mesmo, de erro numa determinada posição, salto e/ou queda.

 

Gráfico 4 – Representa os períodos de atividade, apontados no questionário de IMR

 

Gráfico 5 – Representa os mecanismos das lesões, apontados no questionário de IMR

            O que é necessário entender é que uma das maiores atribuições que causam lesões durante as atividades, exercícios e apresentações circenses é, de fato, um aquecimento inadequado (CBG, 2004). O artista quando vai iniciar o seu treino específico, deve – como em qualquer atividade física – realizar um aquecimento e um alongamento anteriormente, uma que este propiciará ao praticante um aumento em sua flexibilidade, aquecerá a temperatura de seu corpo, aumentando o desempenho do seu sistema circulatório, favorecendo sua coordenação motora e aliviando as tensões. Logo, para toda atividade que você irá realizar, é obrigatório o aquecimento pré e pós-exercício. Para os artistas circenses, que são praticamente ginastas, não é diferente. O que difere o artista comum que realiza atividades físicas, é o tipo de aquecimento que o mesmo terá que realizar para a prática de sua atividade.

Quando pensado desta forma, torna-se necessário que o artista realize aquecimentos específicos para a modalidade que treinará/apresentará, principalmente dos músculos que serão mais exigidos durante a execução de seus movimentos. Tendo como exemplo uma hiperextensão da coluna, o que entra em ação nesta hiperextensão não é somente a musculatura paravertebral, mas sim um outro conjunto de músculo, como o quadrado lombar e a grande dorsal. Mas o não conhecimento disto impede o artista de realizar o movimento como se deve, porém, o que ele não sabe “é que os grandes grupos são sobrecarregados e não só os pequenos” (CBG, 2004). Assim, acarretará em um aquecimento específico para a modalidade e não para o movimento, ou seja, um movimento primário, que deveria trabalhar determinado grupo de músculos, é compensado por grandes grupos já fortes, enquanto os pequenos, que deveriam ser fortalecidos em conjunto com os grandes, perdem força, exigindo mais das articulações, causando inflamações, que se tornam lesões.

            Por isso, segundo Alter (1999), durante o período de treino, um dos fatores principais para a prevenção dos lesionamentos, é um aquecimento apropriado, ativa ou passivamente, que gere o aumento da temperatura muscular, reduzindo a viscosidade muscular e diminuindo a tensão muscular. Alter (1999) ainda afirma que o alongamento deve ser realizado sempre em grupos, e que deve haver a comunicação mútua entre os pares. Cada indivíduo tem a responsabilidade de informar aos demais quando determinado exercício de aquecimento/alongamento tornar-se desagradável e/ou doloroso ao extremo.

Como mostrado a seguir, as atividades realizadas com variantes das mais tradicionais são as que mais causaram lesionamentos nos artistas. Vale ressaltar que o tópico intitulado “Variações Diversas”, representa as diversas submodalidades inseridas dentro de determinadas modalidades, por exemplo: o trapézio fixo consiste de uma barra de ferro, com aproximadamente 70 cm de largura, suspensa por duas cordas em suas extremidades que estarão fixadas em uma estrutura segura, fixa, no alto, um pouco mais largas que a estrutura da barra de ferro das pontas, formando assim a figura geométrica de um trapézio. Esta estrutura é assim desenhada para que proporcione maior estabilidade aos movimentos. Nele, são realizadas figuras, truques, quedas e saltos, podendo ser individuais ou em grupos. Suas variações são: o trapézio de balanço, o doble trapézio, o trapézio de voo, o trapézio de Washington ou Wasinton e o trapézio Castin ou Casting. Essas submodalidades estão em várias atividades circenses e, para não se estender ainda mais sobre cada uma delas, optou-se por abreviar as submodalidades em Variações Diversas, explorando assim, de forma ampla, outras atividades.

            Assim, observa-se que em 47,3%, os quadros de lesionamentos aconteceram dentro destas Variações. Fossem durante o (mal) aquecimento/alongamento da mesma ou durante o próprio exercício, podemos ter um quadro onde, o não domínio da “raiz” do movimento, pode ocasionar em maiores lesões quando tentado realizar suas variações pois, constatou-se que 15,7% das lesões ocorreram no Trapézio, 15,7% realizadas no Tecido e 26,3% na Lira, ocorreram basicamente durante apresentações e não necessariamente em treinos específicos, o que mostra que são os maus preparos para os exercícios que ocasionam os maiores lesionamentos.

           

Gráfico 6 – Aponta quais modalidades provocaram as lesões

 

Nos dados seguintes, observa-se que, quando lesionados, a maioria dos artistas se automedica, realizando compressas e repouso, disfarçando a lesão e somente encobrindo o malefício causado. Podemos perceber esses números quando comparamos que em 52,17% dos casos, foi realizado simplesmente compressa e repouso, enquanto que somente 26,08% fizeram uso de algum medicamento e ainda, que 21,73% tiveram acompanhamento fisioterápico. Curiosamente, os retornos às atividades dos artistas, mesmo sem o devido acompanhamento, mostrou que apenas 41% dos lesionados regressaram a suas atividades sentindo alguma dor ou algum tipo de desconforto, enquanto 59%, retomaram suas rotinas de atividades sem qualquer sequela aparente.

Gráfico 7 – Aponta os tratamentos mais realizados após as lesões

Gráfico 8 – Distribuição quanto ao retorno às atividades

Devemos ficar atentos quanto à questão do lesionamento no período de atividades, sejam nas apresentações ou nos próprios treinos. Para a realização deste trabalho, foram realizadas entrevistas com artistas circenses com mais de 5 anos de experiência. Alguns, de fato, cresceram e se criaram no circo e têm mais de 30 anos de conhecimento. Entretanto, quando questionados sobre uma bibliografia que trate especificamente das possíveis lesões consequentes de suas atividades, nem mesmos eles souberam informar. Esta temática ainda é muito nova, pouco explorada e muito desconhecida, mesmo para quem dedicou a vida a sua atividade. Os entrevistados possuíam um conhecimento vastíssimo de suas modalidades, das questões de segurança, aparatos e ferramentas. Apesar dos conhecimentos dos exercícios, algumas tecnicidades lhes eram desconhecidas, e talvez por isso, houve alguns casos de lesionamento.

            Por isso, faz-se necessário que haja, para cada modalidade, de exercícios gerais ou específicos, um acompanhamento de um quadro profissional que esteja sempre em prontas condições de prestar, tanto no desenvolvimento das atividades, dos movimentos, dos alongamentos/aquecimentos, quanto no socorro imediato para o caso de acidentes. Os próprios entrevistados repararam na necessidade de um quadro de segurança mais detalhado, para que ao invés de pronto atendimento, haja sobretudo, a prevenção do acidente que ocasionará na lesão.

            Para Ferreira:

“Nessa perspectiva, entendemos segurança como um estado de baixo risco, de otimização do controle do risco e, por conseguinte, de menor probabilidade da ocorrência de acidentes. A partir dessa perspectiva, a segurança pode ser estudada em três momentos: no primeiro, o objetivo é reunir ferramentas, protocolos e demais conhecimentos para que tenhamos um controle satisfatório dos riscos e, assim, um aumento da segurança. Este momento é denominado Ações Preventivas. O segundo momento acontece quando durante uma determinada ação se detecta uma falha. Este momento tem por objetivo a aplicação de medidas específicas para a contenção ou minimização da falha no intuito de evitar um acidente. A ele demos o nome de Ações Paliativas. Já o terceiro momento pode acontecer quando as ações preventivas não forem eficientes, quando a falha não é detectada a tempo ou não pode ser contida por uma medida paliativa. Neste caso, o conjunto de fatores faz com que tenhamos um acidente consolidado, e só nos resta minimizar as suas consequências fazendo uso de conhecimentos e ferramentas específicas. Tal momento é chamado de Gestão de Emergências” (FERREIRA, 2012, p. 66).

            Nos entrevistados, foi observado que independente das faixas etárias ou gêneros, sua principal preocupação era com a realização perfeita de seus movimentos em apresentações. Quando questionados sobre a questão da segurança, foi unânime a observação quanto aos aparatos básicos existentes em seus espaços, contudo, dada a urgência de algumas situações necessitarem de maior dedicação e empenho para tal, a segurança nem sempre é tida como prioridade, ocasionando assim, em alguns acidentes. Logo, torna-se necessário, que haja, antes de tudo, uma sensibilização quanto à prevenção de acidente e lesões, para que não ocasione problemáticas mais sérias no futuro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            O mundo circense traz um encantamento de cores, belezas e magia. Seus artistas, reproduzem com maestria uma atmosfera de suspense, paixão, ilusão e profunda graça. E por trás de tanto encantamento e admiração, há o trabalho duro, árduo, exaustivo e por vezes, doloroso de profissionais que buscam incansavelmente a excelência em seus métodos, movimentos, saltos e apresentações. Desafiando as capacidades de seus corpos, superando as restrições de suas musculaturas e exigindo cada vez mais de seus próprios limites, os artistas circenses buscam constantemente a superação e a perfeição de suas apresentações. Para tal, exercitam-se diariamente, objetivando o desenvolvimento de suas capacidades musculares, de suas flexibilidades e equilíbrios. É tamanha sua dedicação neste processo, que por muitas vezes, negligenciam sua própria saúde em prol de sua paixão. Rigorosos com seus treinamentos e com as especificidades de seus movimentos e a perfeição que buscam constantemente neles, durante horas e mais horas ao dia, dedicam-se a estudar, exercitar e treinar quase que religiosamente para suas apresentações, de forma a encantar o mundo com sua performance, e para que tudo aconteça com perfeição. Entretanto, nos bastidores de tamanha magia, muitas vezes, dolorosas consequências podem surgir de tamanha dedicação.

            Foi averiguado que cerca de 47% dos quadros de lesionamentos que levantamos não tem diagnóstico médico, ou seja, não houve uma avaliação médica que verificasse a gravidade da lesão e o tratamento adequando, e isso tanto pôde se dar pela preocupação em precisar de afastamento, quanto pela aparente não-gravidade da lesão, porém, em ambas as situações, os artistas mostram-se, com o perdão da expressão, um pouco negligentes com sua saúde e seu bem estar, mesmo sendo por motivos de força maior. Aproximadamente 26% das lesões foram musculares, nos quais os tratamentos indicativos são baseado quase sempre com compressa, e repouso, sem maiores danos ou necessidade de afastamento prolongado. E os mais graves foram 21% que sofreram fraturas e tiveram que receber todo um acompanhamento detalhado, com afastamento, medicação, fisioterapia e um mais demorado retorno as atividades. Pudemos perceber também que as maiores incidências de acidentes acontecem nas regiões dos ombros, tornozelos e colunas lombares (ocasionados mais por impacto direto ou impulso e por intensidade nos mecanismos da lesão), o que requerem maiores observações – principalmente a coluna lombar e o tornozelo – pois são regiões de maiores sensibilidade e prolongada recuperação.

            O intuito deste estudo foi levantar e diagnosticar as possíveis lesões que afligem os artistas circenses em suas apresentações e nos treinamentos e discutir com a escassa bibliografia acerca desta temática, mesmo sendo o circo, atualmente, um tema tão procurado e explorado nas atividades físicas.

            Durante a pesquisa bibliográfica constatou-se que pouco se fala sobre as questões das lesões ocasionadas pela atividade circense. Menos ainda é debatido sobre as devidas providências que devem ser imediatamente tomadas pelo lesionado. Assim, o principal fator a ser explorado nas atividades circenses é a prevenção, garantindo um bom aparato de segurança e uma excelente equipe de socorristas para o caso de lesões e eventualidades.      

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