Práticas Educativas Inovadoras

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

Como ressaltado por Tavares (2024; 2022)[1] toda educação é uma ação intencional com um intuito transformador, e nesta ação, faz-se necessário revermos nossas práticas pedagógicas buscando dar a elas um ressignificado.

Desta forma, as pesquisadoras Neves e Ambrósio (2024)[2] esclarecem que escolas inovadoras, intencionalmente se apresentam com potencial ênfase na transformação de um fazer educativo, focando a própria realidade no processo ensino-aprendizagem.

Saviane (1989)[3] ressalta que existe uma particularidade da palavra inovação no contexto educação, que segundo autor, a palavra “inovador” contrapõe ao tradicional e nem toda inovação é expressada por mudança, já que para haver inovação, faz-se imperioso que haja ocorrência de reformulação.

Castaman e Rodrigues (2021)[4] pontificam que no Brasil, as práticas pedagógicas inovadoras sempre foram vinculadas às lutas por transformações no projeto societário dominante.

Os autores complementam que as práticas educativas inovadoras são vistas como conjunto de ações que fomentam preocupações e inquietações que instigarão no campo educacional constantes reflexões que contribuirão com a efetividade de uma educação de qualidade.

Trabalhar práticas educativas inovadoras para as autoras supracitadas, requer uma relação horizontal que inclua responsabilidade e autorias partilhadas entre gestão escolar, docentes e discentes.

Oliveira e Dantas (2024)[5] ao analisarem a Escola da Serra esclarecem que práticas educativas inovadoras rompem o ensino tradicional ao qual é oferecido ao aluno um papel passivo no processo ensino-aprendizagem, ou seja, o padrão do ensino atual é substituído pela inovação e criatividade por meio de projetos pedagógicos que instigam o envolvimento do educando na própria aprendizagem de forma a capacitar estes alunos a autonomia nas escolhas relacionadas com seus interesses, projetos e sonhos.

Interessante pontuar nas falas dos pesquisadores que a Escola da Serra valoriza autonomia, protagonismo, criatividade, pensamento crítico, interesses e habilidades de cada aluno, respeitando assim as suas especificidades e escolhas, já que cada um será trabalhará o que achar mais conveniente para o seu desenvolvimento.

Escolas inovadoras assim tiram o aluno de uma padronização o que é denominado por Tavares (2024) de engessamento, que leva a alienação e subtrai do educando todo seu poder crítico.

Os autores esclarecem que por meio das escolas inovadoras é possível o aluno se tornar um pesquisador independente e responsável, fazendo-o pensar criticamente transformando assim informação em conhecimento a ser aplicado na vida, o que converge com as falas de Tavares (2024; 2022) quando ressalta o protagonismo cognoscente.

Obviamente não se trata de uma escola isolada, outras também fazem uso das práticas inovadoras que buscam como denominador comum a educação de qualidade bem como a criticidade e a cidadania.

O fato é que ideias como essas da Escola da Serra sejam trabalhadas por outras escolas que buscam fazer um diferencial para a sociedade e em concomitância, minimizar as diferenças sociais oportunizando seus alunos a um crescimento fundamentado na ética, empatia, coletivismo e respeito.