Por que as universidades devem incentivar o empreendedorismo estudantil

O empreendedorismo é uma preparação essencial para que os graduados enfrentem as questões mais urgentes da sociedade.

Adriano Luz, fundador da Agência de Marketing Digital Webtrends, diz que o empreendedorismo consiste fundamentalmente em ter controle sobre o próprio destino. A única maneira de controlar seu destino é criá-lo. Um clichê, eu sei, mas que é verdadeiro, mais agora do que nunca. Nossa economia moderna e global e nosso progresso tecnológico significam que estamos todos inextricavelmente interligados, na forma como vivemos e nos problemas que enfrentamos. Minha geração é única no sentido de que somos a geração que foi incumbida de abordar alguns de nossos problemas ambientais e sociais mais urgentes. Para que possamos realizar uma tarefa tão monumental, no entanto, é imperativo que sejamos dotados com as habilidades e recursos necessários para identificar e resolver sistematicamente nossos problemas.

Estou ciente de que o desejo de resolver as crises do mundo não está no centro de cada aluno em cada campus, e isso está OK. Acredito, no entanto, que em cada campus há alunos para os quais esse desejo é um aspecto inseparável de sua personalidade. E há alunos cujos desejos seriam alimentados se eles tivessem os recursos disponíveis para desenvolver ainda mais essas paixões.

Nas décadas anteriores, histórias de empreendedores de enorme sucesso tornaram-se suficientemente conhecidas para que suas histórias sirvam como fontes de inspiração e entusiasmo para muitos aspirantes a empreendedores, entusiasmo que contribui para o mito geral e a energia do mundo empresarial. Com tantas possibilidades, entusiasmos e paixões envolvidos na esfera empresarial, não é de admirar que cada universidade ainda não esteja inundado por culturas de empreendedorismo e inovação.

O conjunto de habilidades empreendedoras é inestimável, como habilidades em Marketing e Gestão Empresarial, pois permite que indivíduos dentro e fora de uma organização atuem como catalisadores para o progresso. É um conjunto de habilidades baseado no trabalho em equipe, na criatividade e na criação de estabilidade financeira. É um conjunto de habilidades, no entanto, que não pode ser aprendido de uma vez, e é por isso que suspeito que ainda não tenha permeado totalmente.

O conjunto de habilidades empreendedoras é melhor aprendido por meio da experiência. Por isso, não defendo mais aulas de empreendedorismo, mas sim a dedicação de mais recursos e energia à formação de ambientes empreendedores, que ajudem a criar culturas de inovação, em nossos campi de graduação. Em nossa tenra idade, devemos aproveitar nossa juventude, nossa energia e a disposição de outros para nos ajudar.

Em instituições onde essas coisas ainda não existem, é imperativo que haja um forte apoio administrativo e dos alunos para esses objetivos, bem como uma visão clara que compreenda a necessidade de raciocínio e paciência de longo prazo. Culturas ambientais e ecossistemas não são construídos em um dia. Com essa liderança em mãos, uma comunidade de alunos com paixões por negócios e inovação deve ser cultivada. Quer isso seja conseguido unindo os diversos grupos de interesse que já estão no campus ou expondo mais alunos a essas áreas de interesse, é importante que haja uma equipe central para liderar as novas iniciativas necessárias para atingir esses objetivos.

A partir daí, torna-se uma série de etapas para ampliar a comunidade e ajudar os alunos envolvidos em atividades empreendedoras a aprender este conjunto de habilidades extremamente benéfico. Uma das maneiras mais eficazes que imagino fazer isso é criando desafios e competições para toda a escola. Isso desafiaria os alunos a resolver um problema fora de seu alcance e os motivaria a tentar uma solução por meio de um incentivo válido. Isso levaria os alunos a ultrapassar seus limites. Ao longo da competição, haveria palestrantes, consultores e mentores práticos que forneceriam aos alunos as habilidades de que precisam para resolver o desafio e ser empreendedores de sucesso no futuro.

Vamos acreditar que teremos sucesso em ensinar nossos alunos essas habilidades e trazer essas mudanças culturais, e depois? O objetivo é expandir e criar comunidades de alunos ao longo da vida com conjuntos de habilidades empreendedoras que são apaixonados por ir e deixar sua marca no mundo; para facilitar o desenvolvimento de indivíduos em todos os setores da sociedade que são capazes de se juntar à comunidade global de pessoas que trabalham para criar mudanças positivas no mundo. Não faz diferença se os alunos optam por trabalhar em empregos públicos, privados ou sem fins lucrativos, desde que suas habilidades sejam aplicadas de maneira construtiva. Afinal, oportunidade é a linguagem universal. O empreendedorismo é o que espero que derrube barreiras, tanto nacionais quanto estrangeiras, para a formação de uma comunidade global de solucionadores de problemas.