10/09/2018

Política e Extremismo

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            A política é essencial para a vida em sociedade e dito isso, Rios em seu livro Ética e Competência, publicada pela Cortez em 1993, esclarece que não existe vida social que não seja política. A autora cita Rodrigues (1985) elucidando que a escola cumprirá a sua missão política quando através de sua prática educativa, conseguir preparar o cidadão para a vida da polis, fazendo com que o mesmo tenha compreensão de sua totalidade social a qual encontra-se inserido.

            Gallo em seu livro Ética e Cidadania publicado pela editora Papirus em 2003, é enfático ao esclarecer que política "é a tomada de decisões que visam objetivar interesses que irão refletir na coletividade" e Morin em seu livro Pedagogia Dialógica publicado pela Cortez em 2002, salienta que a democracia "favorece a relação rica e complexa indivíduo/sociedade, em que os indivíduos e a sociedade podem ajudar-se, desenvolver-se, regular-se e controlar-se mutuamente", desta forma faz-se importante perceber que precisamos respeitar ideais e ideias divergentes as nossas.

            A democracia acontece mediante o contraditório, assim sendo, é preciso respeitar o outro em sua fala mesmo não concordando e talvez, com um argumento, fazê-lo mudar de opinião ou até mesmo mudar o meu conceito, pois até mesmo uma situação pode ser vista por ângulos diferentes e/ou contextos diferentes.

            Um problema enfrentado por muitos países, sejam denominado primeiro mundo ou até mesmo terceiro mundo é o extremismo. O extremismo dissolve qualquer discurso inteligente que a pessoa possa ter.

            O extremismo tira a razão de qualquer um que faz uso dele, o que não poderá nunca, destruir a democracia. Dito isso, cabe o rigor da lei a atos insanos e extremos.

            Com o nosso analfabetismo político, tornamo-nos inimigos de nossos amigos, por defender político A ou B, o que difere do meu político C, e o maior problema, que estes políticos que hoje são adversários, em um segundo turno se coligam, um engolindo a podridão do outro e tornando-se velhos parceiros para que o poder não saia de suas mãos.

            Caso pesquisemos nos livros de história ou até mesmo resolvamos observar através de uma séria pesquisa, não existe um Estado Democrático que agrade a todos, mas assim mesmo, nos são dadas as armas que neste caso são os votos para que possamos fazer as mudanças que escolhemos através de representantes que indicaremos para isso.

            Mesmo a sociedade não gostando de um governo, ela deveria acatar a vontade da maioria que a elegeu, salvo exceções de corrupção ou outro ato que a justiça julgue condenável para o cargo exercido.

            Infelizmente, alguns chegam ao extremismo idiota de agir contra alguém, tentando roubar o que lhe é mais caro e sagrado, o seu direito a vida, e nada justifica tal atitude.

            Apesar da prostituição política que nossa nação vivencia a séculos, ainda temos no voto a forma certa de aplicar a mudança, entretanto, precisaremos para isso, debater ideias e chegar a um consenso, respeitando sempre a maioria.

            Lamentáveis são os extremistas que fazem a sua verdade imperar mediante a coação, agressões físicas e até mesmo assassinatos.

            Que nestas eleições, aprendamos a respeitar o outro pondo de vista e não façamos de nossos amigos, verdadeiros inimigos por simplesmente pensarem diferente de nós.

            Sabendo que nossos políticos agem como verdadeiras meretrizes e que esta prostituição política é só uma forma suja de mantê-los no poder, que nestas eleições não reelejamos nenhum político que esteja com o nome sujo, pois hoje, temos 23 senadores que se não forem reeleitos, perderão o foro privilegiado e poderão ser julgados e presos por corrupção.

            Sabendo disso, alguns destes senadores se candidataram a deputado, já que exige bem menos votos e assim continuarão o foro privilegiado e perpetuarão ainda mais a corrupção.

            Seria bom se o nosso novo presidente, seja ele quem for, pudesse fazer a verdadeira reforma política, tendo como consultor, o povo que ele representa e que nesta reforma, estes políticos que elevaram suas riquezas de forma exponencial e com a corrupção comprovada, sejam presos e com todos seus bens confiscados junto com o dinheiro nos paraísos fiscais recuperados. Feito isso, este valor arrecadado, pudesse ser dividido entre a educação, saúde, segurança e previdência.

            São atitudes assim que fariam deste presidente o verdadeiro mito brasileiro.

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