Pesquisadores buscam desenvolver biopesticida contra o Aedes aegypti
Estudo conduzido por rede coordenada pelo Instituto Nacional do Semiárido, ligado ao MCTI, mostrou que óleos essenciais de planta da Caatinga podem eliminar até 50% das larvas do mosquito.
O mosquito Aedes aegypti é o vetor de doenças que assolam o Brasil, como a dengue, a chikungunya, a zika e a febre amarela. Combater a reprodução deste invertebrado é fundamental para auxiliar no controle dessas enfermidades. E uma pesquisa do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat), rede articulada pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), obteve resultados promissores no combate à larva do inseto. Uma das principais linhas de pesquisa do grupo é a utilização de compostos de plantas da Caatinga no controle de pragas.
Os estudos do núcleo concluíram que a ação de óleos essenciais extraídos da cutia (Eugenia brejoensis), uma espécie da família Myrtaceae (a mesma da pitanga e da goiaba), foi considerada moderada, sendo capaz de exterminar até 50% das larvas dos mosquitos nos testes, com uma dose de 214,7 partes por milhão (ppm). A pesquisa utilizou plantas coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, mas ela pode ser encontrada também em Sergipe e no Espírito Santo.
Segundo o pesquisador do Insa Alexandre Gomes, um dos autores do experimento, os próximos passos são isolar os compostos majoritários presentes no óleo essencial e testá-los separadamente contra os insetos. "A ideia é desenvolver um biopesticida com compostos de plantas da Caatinga", afirmou.
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