Pesquisa e inovação agropecuária: o que podemos esperar?
Para crescer e movimentar ainda mais o mercado agropecuário é preciso investir em pesquisa agropecuária.
Não é a toa que o Brasil tem excelência global quando se trata de pesquisa agropecuária, além de alcançar a terceira posição global de maior exportador de produtos agrícolas.
Afinal, é ampliando os horizontes, buscando mais conhecimento e pensando em inovação que faz com que o ramo se desenvolva cada vez mais.
Mas o que esperar da agropecuária no atual cenário, quando se trata de inovação?
O sucesso do nosso país quando se trata de agropecuária foi trazido do exterior e adaptados para as nossas condições climáticas.
Tudo começou com professores e pesquisadores que foram até a Europa e nos Estados Unidos para conhecer as bases da revolução agrícola em cada país.
Mas agora o cenário é outro. Atualmente nota-se que nossa exportação vem aumentando ao longo dos anos.
Em 2000 cerca de 70% do que produzimos eram destinados para os países desenvolvidos. Atualmente, 50% da nossa produção vai para Ásia, 30% para a China e o restante para os países em desenvolvimento.
Apesar de nos tornarmos referência mundial na produção de commodities, ainda temos muito o que aprender com os países desenvolvidos.
Por isso, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, em parceria com a China Agricultural University (CAU) abriram em dezembro de 2018, na ilha do sul da China, Hainan, o “Centro Brasil-China de Inovação e Tecnologia Agropecuária”.
Ambas as universidades foram classificadas entre as cinco melhores no ramo de ciências agrárias pelo ranking US News 2016, juntamente com a Universidade de (Holanda), Cornell e Califórnia-Davis.
Sendo que essas cinco instituições lançaram uma parceria “Aliança Acadêmica Agrícola A5” que vai gerar frutos de cooperação em um futuro próximo.
A parceria entre ESALQ e CAU
A iniciativa dos dois países visa a cooperação de pesquisas para observar o atual cenário do comércio e investimento do agronegócio.
A China tem experiência com o uso de estufas na produção de frutas, legumes e verduras, com a ajuda de uma eficiente rede de distribuição.
Por isso, o país exporta cerca de US$ 24 bilhões por ano nesse segmento, além de liderar em pesquisas de avanço na infraestrutura agrícola, energia solar, drones, big data, blockchains, inteligência artificial e comércio eletrônico.
O agronegócio é o setor mais importante da economia brasileira e agora é hora de irmos além do comércio de commodities.Trocar conhecimentos, investir em mais pesquisas e inovações vão gerar bons frutos daqui alguns anos.
A cooperação em pesquisa e inovação vai gerar uma vantagem no mercado, além de aumentar ainda mais o intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes da área.