Perfil Sócio Demográfico de Usuários Praticantes de Atividade Físic Na Estrtégia de Saúde Da Família Do Município De Condor/RS

Juliano Schreiber Silva[1]

Rodrigo de Rosso Krug²

 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar o perfil sociodemográfico de usuários praticantes de atividade física na Estratégia de Saúde da Família do município (ESF) de Condor/RS. Este estudo descritivo quantitativa ocorreu em 2018 e teve como amostra 46 usuários da ESF do município de Condor/RS. Aplicou-se um questionário para verificar as características sociodemográficas dos participantes que foram analisadas por frequência e percentual. As atividades físicas desenvolvidas no local foram circuitos funcionais, jogos cognitivos, jogos recreativos, caminhadas orientadas, alongamentos, e ginástica laboral com este público. Os resultados obtidos na pesquisa foi : maior publico participante é formado por mulheres, a faixa etária de ambos sexo é de 35 anos há 80 anos de idade, onde a maioria possui dois filhos , grande parte da população era casados (as), por fim grande parte do sujeitos da amostra se encontram ativos fazem alguma atividade fisica. Concluiu-se que a ESF do município de Condor/RS esta sendo bem utilizada por diversas pessoas, de diferentes laços e culturas, idade, estado civil,  mas todos em um único objetivo buscando saúde através da atividade fisica.

 

Palavras-chave: Atenção Primária à saúde. Estratégia de Saúde da Família. Atividade Física.

 

INTRODUÇÃO

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista social consagrada na Constituição de 1988, a partir de inúmeros movimentos prol melhoria da saúde das comunidades. Seus princípios partem de um ideal democrático, universal e decentralizador nas ações e serviços de saúde. Os objetivos em destaque no SUS são: Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, relacionadas respectivamente à cidadania, à prevenção de agravos e à assistência (BRASIL, 2000).

Nesse sentido, a Atenção Básica de Saúde (ABS) vem sustentar esses objetivos, sendo reconhecida como principal porta de entrada e fortalecimento do SUS. Sua afirmação se deu junto da implantação de alguns programas como o Programa dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS), do Programa de Saúde da Família (PSF), posterior Estratégia de Saúde da Família (ESF). Estes surgiram como estratégias de reorientação do modelo assistencial, substituindo o modelo tradicional, individualista e curativo, pelo olhar coletivo, familiar (MAHMUD et al., 2012).

A ABS desenvolve ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, de diagnóstico, de tratamento, de reabilitação e de redução de danos, em locais próximos das pessoas, possibilitando dessa forma o acesso e a acessibilidade ao cuidado (BRASIL, 2012).

            As demandas assistenciais atendidas pelo SUS têm modificado ao longo do tempo, e essa mudança tem proporcionado o amadurecimento sobre o pensamento de alternativas de qualificação dos serviços e ações. Assim, pensando na assistência integral à saúde da população as ESF possuem o enfoque na família e no caráter preventivo, modificando dessa forma o olhar curativista e médico-centrada. As ações buscam atender para além da especificidade patológica, mas sim, ampliar o olhar para as condições de saúde-doença das comunidades, voltando-se à atuação multidisciplinar e interdisciplinar (BRASIL, 2003).

            Nessa perspectiva, o estudo desenvolvido por Silva e Krug (2018), aponta uma necessidade de ampliação de ações e projetos voltados às políticas públicas de atividade física na promoção da saúde e de esporte e lazer do município em questão, afim de proporcionar outras possibilidades que incluam todos os púbicos de diferentes faixas etárias e condições de saúde-doença. Este mesmo estudo, ainda evidencia o potencial que a atividade física tem à nível de ABS, para a prevenção de agravos e promoção da saúde, em especial no NASF, podendo contribuir significativamente na vida das pessoas e da comunidade, sendo dessa forma, de acordo com o preconizado pelo SUS.

            Dessa forma o objetivo deste estudo foi analisar o perfil sociodemográfico de usuários praticantes de atividade física na ESF do município de Condor/RS.

 

Métodos

            Este estudo caracterizou-se como descritivo, de abordagem quantitativa. Participaram do mesmo 46 usuários da ESF do município de Condor/RS.

O instrumento de pesquisa foi um questionário para verificar as características sociodemográficas dos participantes que foram analisadas por frequência e percentual. As atividades físicas desenvolvidas no local foram circuitos funcionais, jogos cognitivos, jogos recreativos, caminhadas orientadas, alongamentos, e ginástica laboral com este público. Estas atividades foram ministradas pelo pesquisador em seu estágio curricular em Educação Física bacharelado. Foram desenvolvidas atividades físicas, circuitos funcionais, jogos cognitivos, jogos recreativos, caminhadas orientadas, alongamentos, e ginástica laboral com este público. O período de coleta de dados, foi do mês de agosto à novembro de 2018.    

 

Resultados e Discussão

No Gráfico 1 encontram-se os dados relativos ao sexo dos participantes das atividades propostas pelo pesquisador na ESF, sendo a grande maioria do sexo feminino.

 

Grafico 1. Sexo dos sujeitos do estudo. Condor/RS, Brasil, 2018.

 

As mulheres apresentaram maior utilização dos serviços de saúde em relação aos homens. A probabilidade de utilizar os serviços de saúde aumenta conforme o passar dos anos. Entretanto mulheres acabam se beneficiando mais nos planos desenvolvidos por ser mais cuidadosa da sua saúde, pois mulheres tendem a iniciar consultas medicas com mais frequência nos passar dos anos, tornando sua saúde mais estável e controlada (FERNANDES; BERTOLDI; BARROS, 2009).

No Gráfico 2 verificou-se as questões relativas a idade do público, mostrando que o mínimo é de 35 anos e o máximo de 80 anos de idade. A maioria das pessoas possuí mais de 60 anos, o que evidencia a maior frequência de idosos nas atividades propostas pelo ESF.

 

Grafico 2. Idade dos sujeitos do estudo. Condor/RS, Brasil, 2018.

 

Segundo Freitas e Souza (2011) em relação à faixa etária, a frequência de idosos no trabalho desenvolvidos na ESF estudada, mostra que o envelhecimento da população brasileira, solicita uma atenção diferenciada que apresenta necessidades especiais em saúde física, mental e espiritual.

 

Todos os participantes do estudo possuem filhos. O Gráfio 3, mostra a quantidade de filhos por sujeito, sendo que 33% mostraram ter apenas um filho, seguido por 27% das pessoas com dois filhos. Outra parte da amostra mostrou 20% com três filhos, 13% com quatro filhos, e por fim 7 % dos participantes com cinco filhos. 

Grafico 3. Número de filhos dos sujeitos do estudo. Condor/RS, Brasil, 2018.

 

No gráfico 4 evidencia-se que grande parte dos sujeitos se encontram casado(a)s. Cerca de 61%, 17% da amostra é divorciado(a) e 15% é viúvo(a), e 7 % da população é solteiro(a).

 Pode-se afirmar que a utilização da ESF está ligada a qualquer perfil de usuário: ser mulher, homem, casado(a),solteiro(a),viúvo(a) e divorciado(a) o plano de saúde é de cunho objetivos servir a todos  com autopercepção de saúde, favorecendo aquelas pessoas com maior necessidade de cuidados em saúde por estarem mais vulneráveis ao adoecimento (FERNANDES; BERTOLDI; BARROS, 2009).

 

Grafico 4. Estado civil dos sujeitos do estudo. Condor/RS, Brasil, 2018.

 

 

No gráfico 5 verificou-se as questões da pratica de atividade física, através da leitura do gráfico podemos afirmar que grande parte da amostra pratica atividade física regular. Cerca de 33% dos participantes não praticam atividade física.    

 

Grafico 6. Prática de atividade física por parte dos sujeitos do estudo. Condor/RS, Brasil, 2018.

Para Silva e Krug (2018) é de extrema importância que indivíduos de diferentes faixas etárias pratiquem atividade física, tendo em vista que este comportamento ativo pode proporcionar ganho de força muscular, capacidade aeróbia elevada; ganho de flexibilidade; melhoria do equilíbrio e coordenação motora, além, do bem-estar psicológico em nível satisfatório; perda de peso e diminuição de riscos para desenvolver doenças crônicas.

Mas mesmo com estes benefícios a maioria dos brasileiro é inativo fisicamente. Segundo Vigetel (2016) a porcentagem de inatividade fisica pela população adulta é de 45,1% não alcançaram um nível regular de prática de atividade física, tendo este percentual maior entre mulheres (54,5%) do que entre homens (34,1%)

 

Considerações finais

Sendo assim cabe afirmar a importância de uma avaliação sobre os praticantes de atividades fisica em unidades estratégicas da saúde familiar, pois os trabalhos serão elaborados e direcionados conforme o diagnósticos final de cada individuo. Por fim tornando e aumentando o nível de atividade fisica para cada pessoa de uma forma mais segura e eficiente.

 

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e conquistas. Secretaria Executiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

 

_______. Ministério da Saúde. Programa Saúde da Família: ampliando a cobertura para consolidar a mudança do modelo de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Janeiro/ Março; 3 (1): 113-25. 2003.

 

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. PNAB: Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

 

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.. VIGITEL:, 2016.

 

FERNANDES, L. C. L.; BERTOLDI, A. D.; BARROS, A. J. D. Utilização dos serviços de saúde pela população coberta pela Estratégia de Saúde da Família. Revista Saúde Pública, v. 43, n. 4, p.595-603, 2009.

 

FREITAS. A, A.; SOUZA, R. C. Caracterização clínica e sociodemográfica dos usuários de um centro de atenção psicossocial (caps). Revista Baiana de Saúde Pública, v. 34, n.3, 2011.

 

MAHMUD, S. J. Abordagem comunitária: cuidado domiciliar. In: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. (Orgs.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012.

 

SILVA, J. S.; KRUG, M. R. Politicas publicas de atividade física na promoção da sáude e de esporte e lazer do município de Condor-RS. Revista Gestão Universitária, v. 10, 2018.