24/05/2018

Perfil postural em praticantes de Musculação

PERFIL POSTURAL EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

 

Silva, Lineker Ribeiro da

Ribeiro, Fabiana Vieira

Souza, Bianca Marcelly dos Reis

Jesus, Pamela Santos de

Silva, João Fernando Abreu de

Pocciano, César Augusto

Zuntini, Ana Carolina Siqueira

RESUMO

            É notório que prática da musculação, assim como outros exercícios físicos, sem a supervisão adequada, pode acarretar em danos à saúde e à postura corporal, problemas decorrentes do uso excessivo de peso na prática da musculação e de esforços repetitivos com postura e movimentos inadequados, podem acarretar lesões irreversíveis a saúde, impactando a coluna, sobrecarregando músculos, articulações e tendões. Pode-se definir lesão como, ‘’dano causado por trauma físico, sofrido pelos tecidos do corpo’’.

Desta forma o presente estudo teve como objetivo analisar a postura de praticantes de academia com o intuito de traçar um perfil de possíveis alterações posturais que possam reduzir o desempenho em praticantes de musculação.

PALAVRAS-CHAVE: Postura, desvio postural, musculação, postura corporal.

ABSTRACT

    It is well known that the practice of bodybuilding, as well as other physical exercises, without proper supervision, can lead to damage to health and body posture, problems resulting from excessive weight in the practice of bodybuilding and repetitive efforts with inadequate posture and movements, can lead to irreversible health damage, impacting the spine, overloading muscles, joints and tendons. One can define injury as, "damage caused by physical trauma, suffered by the tissues of the body".

In this way, the present study had the objective of analyzing the posture of academy practitioners with the intention of tracing a profile of possible postural changes that may reduce the performance in
practitioners of    Bodybuilding.

KEY WORDS: Posture, postural deviation, bodybuilding, body posture.

INTRODUÇÃO

A prática da atividade física tornou-se comum ao decorrer dos anos, demonstrando a sua importância na saúde, ela contribui na redução da morbimortalidade e das patologias por fraturas, retardando o quadro clinico de osteoporose (Pools et al., 1998). O exercício físico é caracterizado como uma repetição sistemática de movimentos que produzem reflexos de adaptação morfológicos e funcional, objetivando-se aumentar o rendimento em um determinado espaço de tempo (BARBANTI, 2001).

O alinhamento postural é um estado de homeostasia e equilíbrio que atuam para gerar um menor gasto energético dos músculos, objetivando-se proteger o organismo de traumas.

A QUESTÃO DA POSTURA ADEQUADA E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA DE MUSCULAÇÃO

Não há consenso nem segurança dos estudiosos em elaborar uma definição de postura ideal, uma vez que os seres humanos possuem características que variam individualmente. Para Verderi (2011) “a melhor postura a ser adotada por um indivíduo é aquela que preenche todas as necessidades mecânicas de seu corpo e também possibilita ao indivíduo manter uma posição ereta com o mínimo esforço muscular”.

Já é sabido que há grande ocorrência de alterações de postura em praticantes de musculação, destacando-se os casos de desvios na coluna vertebral, lombalgias como cifose e lordose, que nos praticantes de musculação costumam ser potencializados.

De acordo com Cheren (1992), déficits de força muscular associada às lombalgias crônicas ocorrem em função de que a atrofia muscular resultante leva a sobrecarga de outras estruturas lombares, bem como a diminuição da coordenação do correto movimento a ser realizado pelas estruturas osteomioarticulares, nos esforços de levantamento de peso nas atividades diárias”.

Mendelek et al. (2011, p. 619) ressalta que a combinação de posturas ruins por longos períodos, nas atividades cotidianas e profissionais poderá propiciar as condições para o desenvolvimento de lombalgias. As aulas de musculação, são geralmente procuradas como forma de melhoria da qualidade de vida, mas muitas vezes, pelo excesso ou pelo mal posicionamento postural, além das falhas de orientação de educadores físicos e/ou personal trainers pode, ao contrario do que se busca, causar lesões e problemas posturais

Segundo Manzur, (2003) et. al. apud Almeida, (2003, p.56):

A musculação pode causar lesões músculo-esqueléticas significativas, como fraturas, luxações, espondilólise, espondilolistese, hérnia de disco, além de lesões de menisco. Embora as lesões podem ocorrer durante a utilização de máquinas de pesos, aparentemente a maioria ocorre durante o uso inadequado de pesos avulsos. Também ocorrem problemas com atletas esqueleticamente imaturos, em acidentes durante a prática e com o abuso de esteróides anabolizantes.

PROBLEMAS POSTURAIS

A prática de exercícios físicos em academias iniciou-se nos anos 70 e foi um dos fenômenos sociais de mais destaque em todo o mundo. Inicialmente as academias tinham finalidades estéticas e eram, quase que predominantemente, frequentadas por homens, com o tempo a questão da saúde levou multidões a procurar a prática de exercícios físicos em academias.

Kendall define a postura corporal ideal como “o menor esforço físico dos músculos e ligamentos para manter as estruturas ósseas no padrão estético e funcional em normalidade”. O contra-ponto proposto pelo autor é que a má postura é “qualquer posição que aumente o estresse sobre as articulações o que favorece a desconfortos, dores, incapacidade, compromete a mecânica corporal e a qualidade de vida das pessoas” (KENDALL et al. 2007).

A definição de postura proposto pela Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AACO) diz que a postura é “o estado de equilíbrio muscular e esquelético independentemente da posição em que se encontra o indivíduo, na qual essas estruturas estão trabalhando ou repousando” (KENDALL et al. 2007).

            A postura corporal inadequada é, não raro, a causa de inúmeras doenças e motivo de afastamento do trabalho. Apesar dos ambientes de academia de musculação serem procurados justamente para a melhora da saúde, a má postura também lá é causa de inúmeros problemas e acidente.

Em atividades físicas comuns, são presentes as torções articulares, devido à mudança dos movimentos, podendo precipitar até mesmo desarranjos internos de ombros e joelhos, além de hérnia de disco intervertebral. Nos exercícios com pesos não ocorrem torções articulares. (FLECK, KRAEMER, 2006).

 

Oliveira (1989, p.35) faz a seguinte afirmação sobre a postura correta:

Para que seu corpo todo funcione bem, é essencial manter a postura correta, caso contrário a musculatura deixaria de fazer o trabalho que lhe cabe como suporte do peso de boa parte do corpo, sobrecarregando a ossatura, que então adquire a postura errada.

Problemas relacionados ao alinhamento da coluna vertebral podem, ainda, estar relacionados a questões musculares, como afirma Knoplich (1986. p.47):

...embora o alinhamento do corpo em uma posição em pé possa indicar problemas musculares específicos, uma avaliação definitiva não deve ser feita baseando-se na perturbação do alinhamento isoladamente. São necessárias provas musculares, para determinar a extensão da fraqueza ou do encurtamento.

É sabido que a coluna vertebral tem tripla função, segundo Oliver e Middleditch (1,998, p.1): “Suporta o homem em sua postura ereta; Permite o movimento e a deambulação; Protege a medula espinhal”.Ainda segundo Oliver e Middleditch (1998, p.11):

Vista de perfil, a coluna vertebral exibe cinco curvaturas na postura ereta, duas em nível cervical e as três restantes ocupando cada uma os níveis torácico, lombar e sacral. A forma destas curvaturas é variável e frequentemente alterada por distúrbios patológicos. Curvatura Cervical. Há normalmente duas curvaturas na coluna cervical: a cervical superior, que se estende do occipital ao áxis, e a curva lordótica mais extensa da coluna cervical inferior, que se estende do áxis até a segunda vértebra torácica. A curvatura cervical inferior é convexa em sentido anterior e é direcionada inversamente em relação a curvatura cervical superior. Nesta porção cervical a coluna sustenta o crânio e tem que estar situada o mais perto possivel do centro de gravidade do crânio. Curvatura Torácica. Côncava em sentido anterior, estendendo-se de T2 a T12. A concavidade é devida a maior depressão da porção posterior dos corpos vertebrais neste nível. Na parte superior há, frequentemente, uma ligeira curvatura lateral com a convexidade diregida para um dos dois lados, direito ou esquerdo. Nesta porção a coluna é empurrada para trás pelos orgãos do meastino, em especial pelo coração. Curvatura Lombar. Convexa em sentido anterior e se estende de T12 até a junção lombossacra. Nesta região, a coluna que até então sustenta o peso de toda a parte superior do tronco, reintegra-se a uma posição central, fazendo saliência na cavidade abdominal. Curvatura Sacral. Estende-se da junção lombossacra ao cóccix. Sua concavidade anterior dirige-se para frente e para baixo.

A ocorrência de transtornos posturais em indivíduos adultos relaciona-se a atividades especificas repetitiva, e para preveni-los é necessária a adoção de critérios preventivos (KENDALL et al. 2007). As causas podem ser desconhecidas (idiopáticas) por desequilíbrio muscular, postura relaxada, fatores psicológicos, hérnia de disco, fatores ambientais, sócio econômico, sobrepeso entre outros (CAVALCANTE et al. 2008).

Para que os acidentes e doenças relativas à má postura sejam evitados na prática de musculação nas academias é necessário um estudo ergonômico para a utilização adequada dos aparelhos e execução dos exercícios de musculação.

Wisner (1987, p.12) define ergonomia nas seguintes palavras:

É o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia. A prática ergonômica é uma arte que utiliza técnicas e se baseia em conhecimentos científicos e essa prática é caracterizada por uma metodologia.

            Os movimentos do corpo são produzidos por cadeias musculares. Para equilibrar os esforços dessas cadeias musculares o desequilíbrio deve ser compensado por um desequilíbrio inverso, de mesmo valor e no mesmo plano para que haja uma correta execução dos movimentos do corpo humano a postura correta é indispensável. Além disso há melhores resultados tanto no uso dos aparelhos como nos exercícios com pesos livres, uma vez que a musculatura acha-se alinhada.

Pereira (2005) define a musculação como sendo a prática sustentada nos princípios de treinamento com pesos e como o mecanismo mais eficaz de resultados fisiológicos da prática de exercícios físicos. A prática de exercícios de musculação denota o aumento da massa muscular em seus praticantes, Como este objetivo é obtido por meio de exer­cícios resistidos, o termo costuma ser utilizado para designar o próprio treinamento com pesos (MOTA et al., 2003). Para Ferreira (1999) “a musculação é o con­junto de ações musculares, conjunto de exercícios de ginásticas destinados a desenvolver e fortalecer os músculos do corpo”.

O controle da postura está relacionado à posição do corpo no espaço para se orientar e se estabilizar, o que demanda interação da informação sensorial com a posição e o movimento do corpo no espaço e a habilidade para gerar forças que controlem esta posição (WOOLACOTT, 1995).

            O conceito de postura apresentado pela Academia Americana de Ortopedia é o estado de equilíbrio muscular e ósseo, estruturando e conservando as demais estruturas corporais.

            Kendall(2007, p. 528) diz que postura é o alinhamento do sistema ósseo e que, envolve uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, conduzindo à máxima eficiência do corpo. Para Kisner e Colby(1998, p.746) má postura é aquela fora do alinhamento tido como normal, mas que não chegam a acarretar limitação de movimentos. E Knoplich (1986, p.172) difine má postura como sendo a que não apresenta uma conexão equilibrada entre as diferentes partes do corpo, acarretando ineficiência a uma ou muitas partes do organismo.

            Há numerosos estudos que tratam sobre a postura em diferentes segmentos populacionais, no entanto o segmento de praticantes de musculação em academias é relativamente novo no campo das pesquisas relacionadas à postura adequada.

            Sobre efeitos adversos que podem ser causados pela prática da musculação:

Apesar de a musculação estar se firmando como uma modalidade popular entre os praticantes de atividades em academia e de ser uma atividade que pode apresentar efeitos colaterais severos, pouco se relata sobre a instalação de quadros de agravo à saúde em virtude de sua prática, ou mesmo sobre a manifestação de sintomas deles resultantes, como a lombalgia (PINTO 2008, p. 189).

Cabe ao professor de Educação Física estimular a prática de exercícios de alongamento e resistência muscular em regiões do corpo nas quais a falta de resistência ou força sejam comuns, exercícios estes que proporcionem um melhor alinhamento corporal.

 De acordo com WATSON (1997), há uma série de movimentos, repetitivos na prática de musculação, que estão associados com uma alta incidência de desvios de postura como escolioses, ombros assimétricos e coluna assimétrica, sendo necessários exercícios específicos que compensem ou minimizem estas alterações.

O impacto é caracterizado por repetidas cargas nas articulações, o que desencadeia tendinites, micro-lesões nas cartilagens e entorses. Em exercícios com pesos as cargas atuam vagarosamente, sem impacto. (FLECK, KRAEMER, 2006).

            Andrada destaca: “As repetições excessivas podem levar à graves tendinites; em exercícios com pesos, esses movimentos são poucos repetidos, e com intervalos para descanso e recuperação”. (ANDRADA, 1998).

De acordo com Rash (1991, p. 122) “o de­sequilíbrio entre a força da musculatura dorsal e da abdominal, pode criar, um desvio pélvico, alterando a curvatura lordótica e subsequentemente sobrecar­regando o disco vertebral”.

MATERIAL E MÉTODOS

Materiais: Câmera digital Dslr D3400 Kit Com Lente De 18-55mm Vr

 

  • Tripé Profissional Telescópico Fotográfico 1,30 Mts
  • Fita métrica 1,50
  • Bolas de Isopor 0,23 mm
  • Fita dupla face
  • Fita métrica

Marcações: Utilizamos como marcadores 33 bolas de isopor 0,23 mm, as mesmas foram pintadas na cor vermelha e coladas com fita dupla face nos pontos específicos para tirarmos as fotos e posteriormente realizarmos as avaliações.

Os seguintes pontos anatômicos foram marcados no corpo dos participantes para que fossem avaliados: glabela, trago direito, trago esquerdo, mento, acrômio direito, acrômio esquerdo, epicôndilo lateral direito, epicôndilo lateral esquerdo, ponto médio entre o processo estilóide do rádio e a cabeça da ulna direita, ponto médio entre o processo estilóide do rádio e a cabeça da ulna esquerda, espinha ilíaca ântero-superior direita, espinha ilíaca ântero-superior esquerda, trocanter maior do fêmur direito, trocanter maior do fêmur esquerdo, linha articular do joelho direito, linha articular do joelho esquerdo, ponto médio da patela direita, ponto médio da patela esquerda, tuberosidade da tíbia direita, tuberosidade da tíbia esquerda, maléolo lateral direito, maléolo lateral esquerdo, maléolo medial direito, maléolo medial esquerdo, ponto entre a cabeça do segundo e terceiro metatarso direito, ponto entre a cabeça do segundo e terceiro metatarso esquerdo, ponto sobre o tendão de Aquiles esquerdo na altura média dos dois maléolos, ponto sobre o tendão de Aquiles direito na altura média dos dois maléolos, espinha ilíaca póstero-superior esquerda, espinha ilíaca póstero-superior direita, ângulo inferior da escápula direita, ângulo inferior da escápula esquerda.

Registro das Fotos: Foram feitos no laboratório da Uniitalo Brasileiro, com o acompanhamento de um responsável da unidade. Os participantes usaram trajes de banho, para melhor serem avaliados.

A câmera foi posicionada a 2 metros de distância do ponto demarcado onde ficaram os voluntários e as fotos foram tiradas nos planos frontal anterior, posterior, sagital esquerda e direita e flexão de tronco.

Amostra: A amostra da investigação foi composta por 44 participantes na faixa etária de 19 a 43 anos, do sexo masculino e feminino. Todos os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, onde autorizaram as fotos que foram asseguradas sua privacidade. 

Análise estatística: todos os parâmetros avaliados foram submetidos a tratamento estatístico por meio da análise de variância, aplicando-se o teste Two-way ANOVA para análises grupadas. Os grupos foram comparados entre si para cada medida realizada. Foram considerados significativos os valores de p < 0,05. Análises feitas com o software GraphPad Prism 7.0.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para obtermos os resultados as fotos foram analisadas no programa Software SAPO, seguindo o protocolo do programa.

Para efeito de comparação o grupo sedentário foi considerado controle e, portanto, os resultados dos demais grupos sempre confrontados aos valores apresentados pelos não praticantes de exercícios.

Quando comparados os parâmetros observados na vista anterior (figura 1), foram encontradas diferenças significativas para todos os grupos à análise do alinhamento horizontal da cabeça, com os indivíduos sedentários apresentando as maiores assimetrias e o grupo iniciantes, as menores. O alinhamento horizontal das espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS) teve menor assimetria no grupo iniciantes, enquanto o ângulo entre os acrômios e as EIAS variou menos nos grupos iniciantes e avançados. Para as medidas do ângulo Q direito, os maiores valores foram encontrados no grupo avançados.

Figura 1. Parâmetros de alinhamento postural observados na Vista Anterior. Medidas de alinhamento apresentados em centímetros (cm) e ângulos apresentados em graus. Teste estatístico Two-way ANOVA aplicado para análises grupadas. * p < 0,0001; # p < 0,0005; p < 0,05.

Ao analisarem-se os parâmetros avaliados na vista lateral direita, foram encontradas diferenças significativas em relação ao alinhamento horizontal pélvico e apenas para o grupo intermediários, conforme mostra a figura 2.

Figura 2. Parâmetros de alinhamento postural observados na Vista Lateral Direita. Medidas de alinhamento apresentados em centímetros (cm) e ângulos apresentados em graus. Teste estatístico Two-way ANOVA aplicado para análises grupadas. * p < 0,0001; # p < 0,0005; p < 0,05.

Já na vista lateral esquerda, somente o ângulo do quadril mostrou-se significativamente maior no grupo intermediário (figura 3).

Figura 3. Parâmetros de alinhamento postural observados na Vista Lateral Esquerda. Medidas de alinhamento apresentados em centímetros (cm) e ângulos apresentados em graus. Teste estatístico Two-way ANOVA aplicado para análises grupadas. * p < 0,0001; # p < 0,0005; p < 0,05.

A projeção do centro de gravidade (CG) mostrou-se bastante similar entre os grupos, conforme mostra a figura 4.

Figura 4. Projeção do centro de gravidade. Medidas de assimetria apresentadas em centímetros (cm). Teste estatístico Two-way ANOVA aplicado para análises grupadas. * p < 0,0001; # p < 0,0005; p < 0,05.

De forma geral, os resultados obtidos foram muito variados e as diferenças entre os grupos, mínimas. As maiores assimetrias foram observadas nos parâmetros referentes aos membros inferiores (MMII), independente da experiência do praticante de musculação. Dessa forma, não foi possível estabelecer um padrão postural que pudesse ser relacionado à prática de musculação entre os praticantes aqui avaliados.

CONCLUSÃO

Os resultados aqui apresentados não permitiram determinar um padrão postural especificamente relacionado à prática de musculação. Ainda, o tempo de prática não influenciou o aparecimento ou amenização das eventuais assimetrias observadas.

REFERENCIAS

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