Patos e Águias
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
A educação pública tende a passar por algumas mudanças que ainda fica difícil conceber se serão boas ou ruins, o fato é que tal mudança não está sendo direcionada por professores, e sim outros profissionais sem experiência em sala de aula e que estão cegamente contra um ícone da educação brasileira e uma referência mundial.
De qualquer forma, temos que aproveitar o ar da mudança e fazermos a nossa parte, além claro, de torcermos para que as coisas dêem certas, pois assim quem ganhará será o povo brasileiro que não desenvolveu o próprio discernimento para ver o quanto tem sido enganado pelo sistema manipulador.
Abraham Lincoln foi o 16° presidente dos Estados Unidos e uma de suas celebres frases foi "o êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho", e a educação pública brasileira tem sido formada por pequenas batalhas em uma guerra interminável, no qual as baixas correspondem ao extermínio do protagonismo, elevando a um terço de brasileiros com analfabetismo funcional.
O analfabetismo funcional implica na incapacidade de alguém compreender textos simples e estas pessoas não conseguem desenvolver habilidades de interpretação e não conseguem fazer operações matemáticas simples. ou seja, estamos formando um forte contingente de pessoas idiotizadas para que o sistema possa cada vez mais se perpetuar.
O problema que a educação pública está cheia de patos, daqueles que grasnam alto fazendo alvoroços, queixando-se o tempo todo. Conhecem o caminho, porém ficam na inércia a reclamar com seus burburios sem atitudes.
Existem poucas águias e essas poucas que existem e/ou existiram, são perseguidas por pessoas que atuam na educação sem ao menos entenderem de educação pública e conviverem com a dura realidade
Tivemos várias águias como Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Anísio Teixeira, Rubem Alves, mas que quando se pesquisa sobre eles, vê-se comentários maldosos de verdadeiros imbecis que acham que sabem de alguma coisa, e assim, se sentem no direito de denegrir o trabalho destes verdadeiros profissionais que fizeram novos caminhos a favor da educação pública, destes profissionais que agiram como verdadeiras águias, não se misturando aos patos.
O fato é que existe uma mudança e a chave para ela está do lado de dentro, ou seja, nós é que precisaremos abrir a porta e nos tornamos o protagonista desta mudança.
Chega de atos falhos, que segundo Freud é um equivoco na fala, na memória, em uma atividade física provocada hipoteticamente pelo inconsciente. A educação não pode abrir espaço para atos assim e basta também discursos imbecis baseados em falácias e pronunciado por néscios que se julgam conhecedores da docência, de suas metodologias, métodos, didáticas, modelos e problemas sociais.
Educação pública não pode mais ser baseada em um laboratório no qual nossos alunos são os ratinhos brancos dóceis e subalternos.