05/07/2024

O USO DAS MÍDIAS E O ENSINO SIGNIFICATIVO

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Eliete Catarina Vieira

Pedagoga. Especialista em Ed. Infantil, Alfabetização e Letramento. EMEF Novo Horizonte - Primavera do Leste, MT.

Maristela Ferreira de Freitas Viana

Pedagoga. Especialista em Psicopedagogia Educacional e Clínica, Português e Literatura. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.

Ângela Cristina Busanello Caetano

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Educacional. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.

Marli Schilling Bernardes

Licenciatura em Normal Superior. Especialista em Psicopedagogia Institucional na área da educação. Pós graduação em ABA - Análise do  Comportamento Aplicada. EMEI Rosidelma Allmeida Ferraz - Primavera do Leste, MT.

Graciene Paula de Arruda Souza

Especialista em Neuropsicopedagogia e Coordenação Pedagógica. EMEI Mundo Encantado - Primavera do Leste, MT.


      

      Falar de educação é estar sujeito a refletir de forma profunda e consistente sobre todas as possibilidades e não-possibilidades que estarão interligadas entre si. Esta educação vem sendo tema de inquietude ao longo dos tempos, e desde então, houve mudanças significativas no modo de pensar sobre estes questionamentos.

      É preciso integrar e analisar, de forma ampla, todos os acontecimentos que são propostos. Em muito se discute a qualidade da educação, onde se evidencia o ato complexo de educar, buscando diferentes abordagens e propostas para que ocorra uma mudança significativa nestas perspectivas. E nós, professores e pesquisadores, temos a função de procurar uma forma de melhorar a maneira educacional para que essa mudança aconteça.

      Sujeitos críticos, reflexivos e pensantes são o que a educação pretende lançar para o convívio social. A cada dia, essa concepção se torna ainda mais evidente em nossas reflexões, que são inúmeras em torno das necessidades atuais. Todavia, os eixos e saberes que integram este pensamento são complexos, evidenciando o pensar e o discutir. Assim, reforça a necessidade de que não somos seres isolados, com conhecimentos fragmentados.

      Nesta sistemática, precisamos construir uma sociedade pensante e reflexiva em seus atos. Em se tratando de educação, sociedade e indivíduo não podemos deixar de discutir um pouco sobre a escola. Local de importante contribuição para que esses anseios aconteçam. Trato aqui de contribuição em destaque, pois a escola tem o papel de formar integralmente o ser humano. Não coloco toda a responsabilidade nela, uma vez que família e a própria sociedade fazem parte da construção social do sujeito.

      Entretanto, vemos que a escola se apega a alguns valores e práticas que nos levam a uma análise mais profunda sobre suas ações aplicadas hoje. Esta instituição de Estado que é, possui o propósito de formar as pessoas, que se submetem à ela. Contudo, há discursos educacionais que defendem a escola, afirmando que nela se transmite não só bons modelos de conhecimento, mas bons modelos de comportamento, para os quais se constitui um eixo necessário à formação do sujeito. Está claro que no quadro de funções da escola, deve-se ser acrescentado o saber comportar-se ao saber fazer, e aliado a esta concepção o saber questionar ao saber refletir.

      Talvez de forma errônea, ou mal interpretada, a escola possui a função disciplinadora, pois é onde as crianças e jovens devem aprender o respeito pelos adultos, pelos patrões, chefes de Estado e, com certeza pelo modelo capitalista e pelas classes sociais dominantes. Está aí, a evidência de valores e práticas educacionais que precisam ser analisados e refletidos em sua totalidade e real aplicabilidade, uma vez que a disciplina transcende mais do que um ‘obedecer padrões’ impostos pelas classes dominantes.

      A atividade escolar, expressa bem o papel de reprodutora do sistema que desempenha a escola, onde formar quer dizer dar forma, ou seja, padronizar segundo modelos. A educação em geral, será sempre reprodutora, pois está sempre reproduzindo algo. Porém, o seu problema maior não reside nessa necessidade da reprodução, mas sim naquilo que há por se reproduzir. Uma vez que a escola transmite as ideologias dominantes, e assim reprodutora do modelo disciplinar capitalista (LUCKESI, 1994).

      Infelizmente, está no cerne da educação o bom cumprimento dos deveres e o não questionamento sobre o que fazer, assim como os ideais iluministas que perpetuam: “Pensai o que quiserdes, contanto que obedeças”. Nossa atual concepção educacional serve o capitalismo, reproduz seu sistema, seus anseios e relações de produção, talvez deixando de cumprir em partes seu papel educativo. Não esquecendo que há um sistema que rege toda sistemática político-pedagógica da escola em si.

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