24/05/2021

O que é e por quê é importante a Triagem Neonatal?

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A triagem neonatal engloba uma série de exames, considerados obrigatórios e essenciais para o recém-nascido.  

Através desses exames, é possível identificar e iniciar o tratamento de uma série de doenças. 

Existe uma versão da triagem neonatal coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo essa triagem obrigatória e também existem outras versões da triagem neonatal, as quais abrangem um número maior de doenças a serem investigadas. 

Vamos saber mais sobre a triagem neonatal. Confira! 

O que é a triagem neonatal? 

São alguns exames obrigatórios no recém-nascido, os quais permitem verificar a presença de doenças e já encaminhar para o tratamento adequado. 

Esse foi um programa instituído pelo Ministério da Saúde, com o nome Programa Nacional de Triagem Neonatal, em 06 de Junho de 2001. 

Os exames que compõe a triagem neonatal são: 

  • Teste do pezinho; 

  • Da orelhinha; 

  • Do coraçãozinho; 

  • Do olhinho; 

  • Da linguinha. 

Por que a triagem neonatal é importante? 

Todos os exames obrigatórios da triagem neonatal são muito importantes, visto que são exames focados no diagnóstico e na prevenção. 

São exames que procuram o diagnóstico de doenças, as quais necessitam de tratamento imediato, para que o bebê tenha uma vida melhor. 

Vamos descrever em maiores detalhes quais são os exames que compõem a triagem neonatal. 

1. Triagem pelo teste do pezinho 

Existem algumas versões do teste do pezinho, conforme as doenças que ele investiga. Para o SUS, é coberto o teste do pezinho básico, obrigatório e feito em todo território nacional. 

Através do teste do pezinho, é possível analisar a presença/ausência de doenças. As doenças analisadas pelo teste do pezinho básico são: 

  • Fenilcetonúria; 

  • Fibrose cística; 

  • Hiperplasia adrenal congênita; 

  • Hipotireoidismo congênito; 

  • Deficiência de biotinidase. 

  1. Fenilcetonúria 

O exame para detectar a fenilcetonúria verifica se o recém-nascido não possui uma enzima capaz de quebrar o aminoácido fenilalanina. 

Com isso, o aminoácido fenilalanina não consegue ser quebrado em tirosina, acumulando-se no corpo. Se não identificada, a doença pode levar à convulsões, déficit intelectual, microcefalia, dentre outras alterações. 

A fenilcetonúria é uma doença genética tratável, com dieta restrita, que se feita desde tenra idade, a criança poderá ter uma vida considerada normal. Daí a importância do diagnóstico precoce através da triagem neonatal. 

  1. Fibrose cística 

É também uma doença genética rara, que faz com que as secreções produzidas pelo organismo sejam espessas e pegajosas, aumentando infecções, levando à tosse também. 

  1. Hiperplasia adrenal congênita 

Mais uma doença genética hereditária identificada pelo teste do pezinho. Afeta as glândulas suprarrenais, mas a criança pode levar uma vida normal, quando feito o diagnóstico adequado e o tratamento. 

  1. Hipotireoidismo congênito 

Como o próprio nome indica, causa o baixo funcionamento da glândula tireóide. É possível o diagnóstico através do exame dos hormônios T4 e TSH do sangue do bebê. 

Sem o diagnóstico, há danos ao crescimento da criança, caso o tratamento não seja instituído. 

  1. Deficiência da biotinidase 

Doença hereditária na qual há deficiência da enzima biotinidase. Assim, o organismo do recém-nascido não consegue absorver adequadamente a biotina, uma vitamina existente nos alimentos de uma dieta normal. 

2. Triagem auditiva: teste da orelhinha 

É possível identificar no recém-nascido problemas de audição, como a surdez, através do teste da orelhinha. 

Dessa forma, o teste da orelhinha é considerado uma triagem auditiva e é obrigatório nas maternidades. 

3. Teste do coraçãozinho 

Já o teste do coraçãozinho engloba a colocação de um oxímetro, um aparelho colocado no pulso do bebê, usado para verificar a taxa de oxigenação do sangue. 

Qualquer resultado considerado suspeito leva ao pediatra neonatal a solicitar um ecocardiograma. Mas, com resultados de oximetria dentro da faixa normal, significa que o coraçãozinho do bebê está funcionando adequadamente. 

4. Teste do olhinho 

Aqui, o objetivo é verificar a capacidade visual do recém-nascido, testando o nervo óptico através de reflexos. 

Com isso, o pediatra neonatal consegue fazer uma triagem da capacidade visual e detectar, de maneira precoce, doenças como glaucoma e catarata. 

5. Teste da linguinha 

Esse é o teste no qual já se observa o freio lingual. É um exame sempre feito, embora não seja considerado de triagem nacional propriamente dita, uma vez que não engloba uma doença, mas sim uma má-formação. 

Em situações em que o freio lingual não está corretamente posicionado, o bebê tem grandes dificuldades de deglutição e em conseguir ser amamentado. 

Assim, o teste da linguinha, feito na maternidade, pode evidenciar a necessidade de uma cirurgia de freio lingual, algo simples, mas que já soluciona o problema. 

Dessa forma, o bebê conseguirá se alimentar, deglutir e falar adequadamente. 

Com todos esses exames, a triagem neonatal é capaz de identificar doenças e encaminhar o recém-nascido para o tratamento. Quanto mais cedo o tratamento for instituído, melhor para a criança no futuro. 

Atualmente, bebês que possuem sintomatologia na maternidade são submetidas ao teste de COVID. Da mesma forma que em adultos, é realizado o exame PCR nos bebês e quando é dado um resultado positivo, esse número é contabilizado nas secretarias estaduais de saúde. 

Porém, esse teste é realizado somente quando há algum sintoma presente no recém-nascido. 

Agora você já sabe da importância da triagem neonatal e como ela ajuda na vida futura dos bebês. 

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