O Poder da Educação
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
Podemos perceber que a educação é o alicerce para que uma sociedade possa evoluir. De acordo com a revista Super Interessante, (disponível em https://super.abril.com.br/comportamento/e-se-nao-existissem-escolas/) em sua reportagem: E se não existissem escolas? Sem as escolas, a civilização mal teria dado seus primeiros passos. De acordo com o texto exposto pela Super Interessante, educação e crescimento econômicos são indissociáveis, ou seja, quanto mais se evolui na educação, mais a economia se desenvolve. Dito isso ela afirma que nos últimos 50 anos do século XX, houve um crescimento de 20 vezes mais do que nos 300 anos entre 1500 e 1800, quando a maioria da humanidade ainda era analfabeta.
Este texto é tão relevante que aduz que se houvesse uma chance da educação voltar ao índice zero, seria provável ocorrer um apocalipse tendo a escassez de alimento servindo como gatilho para guerras, tanto externas quanto internas, o que acarretaria em uma autodestruição do mundo.
Assim sendo, a educação deve sobrepujar a inversão de valores no qual induz que um marketing pessoal e mais importante que o caráter de uma pessoa, que devemos ceder aos estereótipos impostos pela sociedade, dentre outras barbáries que arrastam os ignorantes de conhecimento.
A educação deve preparar o cidadão como um ser pensante, um sujeito crítico e protagônico, fugindo a alienação imposta pelo sistema que mantém a sua maioria como uma massa amorfa, alienada e inerte, calando-a contra injustiças, abismos sociais, indiferenças e misérias morais dos políticos.
Dito isso, pode-se perceber que realmente as pessoas que pensam, são vistas de fato como problemas e desta forma, colocas às margens e em um ostracismo, todavia, jamais caladas.
A educação gera um aprendizado e este tira o homem da espera. A espera de um dia a situação melhorar, de um dia os políticos se tornarem honestos e pensarem nos cidadãos e não na sua Farândola.
As pessoas que pensam são criticas e por isso elas protestam com argumentos, fundamentos e inteligência. Elas fazem suas manifestações através das músicas, de obras literárias embora poucos pela sua ablepsia não conseguem ter discernimento.
Um ser pensante é alguém a ser calado, pois o seu grito está pela falta de humanidade das pessoas, o seu grito está em denunciar os políticos que compactuam com a corrupção e dessa forma esterilizam os sonhos de toda uma geração.
Quando alguém pensa e se torna um cidadão crítica conhecedora de seus direitos e deveres, e ela tenta fazer com que os menos esclarecidos entendam o contexto ao qual estão inseridos, e isso a faz ser vista pelos outros como um problema, e isso é justificado por Marx quando afirmava que as idéias dos homens mudariam, se mudassem as condições de sua vida material, e são justamente estas pessoas que tiveram suas condições materiais alteradas que encontram o problema em um ser pensante.
As mãos opressoras tentam tapar as bocas, colocar as pessoas as margens, mas nunca, emudecerá o coração.
A educação é assim, como Freire dizia: ela transforma as pessoas e as pessoas transformam o mundo e dito isso, o que pode ser o fim para uns, poderá ser somente a vida em transformação para os outros.
Gadotti reforça em seu livro História das ideias pedagógicas, publicado pela Ática em 2004, a educação tem um papel fundamental no próprio processo de humanização do homem e na transformação social, então, que esta educação possa ser usada para esclarecer e desenvolver no educando todo o seu discernimento e não para aliená-lo como tem sido imposto pelo sistema de educação.