O PAPEL DO BRINCAR NA ESCOLA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E INTELECTUAL DA CRIANÇA

RESUMO

 

Este estudo analisa a importância do Brincar na Educação Infantil e o desenvolvimento social e intelectual da criança. Nos anos iniciais as crianças precisam deste espaço dentro da educação para se desenvolver. O Brincar é um direito da criança e este direito foi garantido por lei e preconizado pela ONU (Declaração Universal dos direitos da criança). Aprovada pelas Nações Unidas em 1959 e fortalecidas pela Convenção dos Direitos da Criança de 1989, enfatiza que toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e as autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse direito, ganhando força no ano de 2016 como o núcleo legal da primeira infância – Lei 13.257/16. Para Kishimoto 1994 – é por meio de uma aula lúdica que um aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade? Sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria de conquistar. Quando a criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma atividade dinâmica e lúdica, a brincadeira passa a ser interessante, e a concentração do aluno fica maior, assimilando os conteúdos com mais facilidade e maturidade. O professor de educação infantil deve observar cada movimento do seu aluno, o comportamento, vivenciar o que cada um para a sala de aula, observar o desenvolvimento e a perspectiva de cada aluno em relação à aprendizagem por meio do brincar e da ludicidade. Acredita-se que a infância se desenvolve através de brincadeiras, jogos, músicas, alegrias, fantasias. A criança tem o seu mundo, que pertence unicamente a ela. Este estudo tem como relevância, compreender junto com toda a equipe da educação infantil, que o desenvolvimento e a formação intelectual da criança se desenvolvem através do ato de brincar. A metodologia adotada envolveu  análise de dados coletados por meio de observação em sala de aula no dia a dia da criança, uma pesquisa satisfatória com resultados positivos.  

Palavra-chave: Brincar-Educação Infantil- Desenvolvimento – Aprendizagem

ABSTRACT

This study analyzes the importance of Playing in Early Childhood Education and the social and intellectual development of the child. In the early years children need this space within education to develop. Play is a child's right and this right was guaranteed by law and advocated by the UN (Universal Declaration of the Rights of the Child). Approved by the United Nations in 1959 and strengthened by the 1989 Convention on the Rights of the Child, it emphasizes that every child shall have the right to play and have fun, and it is up to society and public authorities to ensure that this right is fully exercised, year of 2016 as the legal core of early childhood - Law 13,257 / 16. For Kishimoto 1994 - it is through a playful class that a student is stimulated to develop his creativity and not the productivity, being subject of the pedagogical process. By means of the joke the student awakens the desire of knowledge, the will to participate and the joy of conquering. When the child perceives that there is systematization in the proposal of a dynamic and playful activity, the play becomes interesting, and the concentration of the student gets bigger, assimilating the contents with more ease and maturity. The preschool teacher should observe each student's movement, behavior, experience what each student brings to the classroom, and observe the development and perspective of each student in relation to learning through play and playfulness. It is believed that childhood develops through play, games, music, joys, and fantasies. The child has its world, which belongs only to it.

Keyword: Play-Infant Education- Development - Learning

LISTA DE SIGLAS

ONU – ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS

LDB- LEI DE DIRETRIZES E BASES

RCNEI-REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL

MEC- MINISTERIO DA EDUCAÇÃO

PCNS- PARÂMETROS CURRICULARES  NACIONAIS

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO

2.O QUE DIZEM OS TEORICOS SOBRE A TEMÁTICA

2.1 O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.2. O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CUIDAR E EDUCAR

2.3. PAPEL DO PROFESSOR E DAS INSTITUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

2.4. A FORMAÇÃO DO EDUCADOR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

2.5.  A IMPORTANCIA DOS JOGOS E O EFEITO QUE CAUSAM NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

3. UM OLHAR VOLTADO PARA A PRÁTICA

4. CONSIDERAÇOES FINAIS

5. REFERÊNCIAS

6. APÊNDICE

1. INTRODUÇÃO

 Este artigo tem como objetivo investigar e analisar como o Brincar na Educação Infantil pode ser inserido como atividade regular no cotidiano das escolas (creches, jardim I,II e III).

O Brincar é parte essencial no desenvolvimento da criança e é através das brincadeiras que a criança recriam o seu mundo imaginário, mundo de faz de conta. Um mundo único delas. No decorrer deste trabalho através de leitura e pesquisa, observamos que o brincar faz parte de um treinamento da criança para a vida adulta, e que a mediação do adulto é muito importante e positiva pois pode auxiliar a criança no processo de tomada de decisão através da interação entre ambos.

          O objetivo deste estudo é analisar o desenvolvimento da criança desde os anos iniciais tendo por base uma aprendizagem lúdica capaz de estimular o seu desenvolvimento intelectual e psíquico. Buscar entender qual o papel do professor e das instituições nesta etapa da vida da criança, quais os efeitos que os jogos causam no desenvolvimento da criança, entre outras inquietações.  Estão as escolas aptas a trabalharem com uma educação infantil voltada para a prática do brincar e aprender? E os professores, como estão seus planejamentos, estão voltados para uma aprendizagem lúdica descontraída de acordo com a realidade dos seus alunos? E a tecnologia, ajuda ou atrapalha o desenvolvimento da criança?     

          O sinônimo da palavra brincar, quer dizer, entreter se distrair, folgar, trebelar, divertir, galhofar e recrear. Ninguém melhor que uma criança para se expressar através das brincadeiras. Segundo alguns teóricos como Piaget, Vygotsky, Huizinga ,  kishimoto, o brincar é uma forma que a criança tem de se expressar, criar e recriar o mundo dos adultos, e principalmente o seu mundo.

Para Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social ou seja; através da relação entre outros indivíduos próximos ao se meio.

          Vygotsky (1984, p. 64) afirma: “brincar leva a criança a tornar-se mais flexível e a buscar alternativas de ação. Enquanto brinca, a criança concentra sua atenção na atividade em si e não em resultados e efeitos”.

          De acordo com os referenciais curriculares (1998) tanto na página 12 como principalmente na página 27 com o tema o brincar, expressa que para que as crianças possam exercer capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas, experiências essas que podem ser oferecidas tanto pelos pais como pelas  instituições de ensino, podendo ocorrer por meio de brincadeiras ou aprendizagens feitas por interações diretas. No ato da brincadeira as expressões feitas pela criança como, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando, elas precisam de um espaço dentro das instituições unicamente delas.

          Segundo kishimoto estes espaços precisam ser adequados, de acordo a elas e sua faixa etária, como por exemplo, bebês têm que ter um espaço de acordo com seu tamanho e idade para que estes se sintam a vontade e alcancem os objetos desejados podendo tocar, manusear.

          De acordo com Celso Antunes, em seu livro Jogos Para a Estimulação das Múltiplas Inteligências, ele cita 

“É desejável que crianças frequentem a escola de educação infantil, mas em nenhuma circunstância essas instituições educacionais podem ser dirigidas e conduzidas por profissionais sem qualquer especialização e que se limitam a ficar ou pior ainda” guardar “ a criança por algumas horas. É possível identificar se é uma boa “ escola de educação infantil  quando pode apresentar um projeto pedagógico fundamentado e quando se propõe a avançar no desenvolvimento cognitivo múltiplo, fornecendo experiências, estimulando seus sentidos  abrindo espaço para a ação infantil para a música, a arte, materiais táteis, jogos lógicos matemáticos, naturalistas , linguísticos e quando iniciam uma verdadeira alfabetização cartográfica, musical pictórica e emocional da criança. (1999 p. 30)

Ele ainda continua, é essencial que a educação infantil seja plena de brincadeiras que gratificam os sentidos, levam ao domínio de habilidades, despertam a imaginação, estimulam a cooperação e a compreensão sobre regras e limites e respeite, explore e amplie os inúmeros saberes que toda criança possui quando chega a escola.

          As escolas precisam estar preparadas para fazer deste aluno no futuro uma pessoa capaz de pensar, argumentar, formar cidadãos críticos capazes de lutar pelos seus direitos de maneira digna e todo esse processo começa desde bebê ao ser estimulado e observado.

2.O QUE DIZEM OS TEORICOS SOBRE A TEMÁTICA

          O presente estudo tem como objetivo apresentar o quê de fato os teóricos como Piaget, Vygostky, kishimoto, Huizinga, entre outros mestres, que dedicaram e dedicam parte dos seus conhecimentos, em defesa do desenvolvimento da criança através do ato de brincar, para eles A formação do caráter dá-se por meio de trocas experimentais respectivas estabelecidas durante toda sua vida.  Por meio  do brincar, a criança pode desenvolver habilidades importantes, como, por exemplo, a atenção, a memória, a imitação, a imaginação,  que permite à , o aumento de determinadas áreas da personalidade, o saber, afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade Por possuir uma definição diretamente relacionada ao brincar, ao divertimento e ao encanto, terminando por transformar o ambiente em que se encontram, as brincadeiras  lúdicas podem ser vista como qualquer ação ou atividade que tenham como objetivo produzir prazer e divertimento ao praticante no momento de sua ação.

 Teóricos como kishimoto expressam seus conhecimentos e suas preocupações  com a criança e com o seu desenvolvimento, ate mesmo no que se refere ao espaço adequado as etapas da faixa etária cabíveis aos pequeninos para a autora, as escolas e principalmente as creches, ou os chamados espaços de tempo integral, deve adequar os espaços reservados para as criança brincarem de acordo com seu tamanho e idade , kishimoto  no VII congresso paulista de educação, cita a criança como um cidadão de direitos, o direito de brincar.  

2.1 O brincar na Educação Infantil

          Segundo Piaget, Vygotsky e outros teóricos, o brincar constitui-se em uma atividade das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e interpretação da realidade, sem ser mentira ou ilusão.

A criança quando brinca, não finge mais simplesmente torna aquele momento de ilusão um momento real único e verdadeiro, ou seja, ela acredita que todo aquele momento é real

          Vygotsky (1998), destaca também o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Deixar com que a criança brinque nunca será perda de tempo porque quando ela está brincando desenvolve também o aspecto emocional, social, cognitivo e motores, em que a criança mostrará sua criatividade e imaginação. Assim vai melhorando cada dia mais sua autoestima.

Segundo Vigotsky quando a criança brinca, esta revelando seu estado cognitivo, auditivo, tátil e motor, crianças, tem como obrigação somente o brincar, pois assim desenvolvera sua autoestima.

          A criança ao brincar expressa sua linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais estão repletas de significados, visto que ela investe sua afetividade nesta  linguagem por meio de gestos e atitudes que estão repletas de significados. Por isso a brincadeira deve ser encarada como algo sério e fundamental para o desenvolvimento infantil.

          Segundo Kishimoto (2006), existem várias formas de brincar, a criança pode brincar de amarelinha, pião, carrinho, boneca, pega-pega, corda, bambolê, com bola arremessando ou em um jogo disputando com outras crianças, jogo de tabuleiros, jogos pedagógicos ou simplesmente brincadeira de imitação. Como exemplo, pode-se citar quando a criança pega uma boneca e brinca de “filhinha” ou de fazer comidinha em um fogãozinho de brinquedo, em todas estas brincadeiras a criança ira aprender e desenvolver suas habilidades. Quando brinca, a criança entra no mundo da imaginação e sai da sua vida cotidiana. Existem também os jogos tradicionais infantis, que dão ênfase ao folclore e a cultura brasileira, atividades passadas de geração em geração. Os jogos de construção também é outra opção de trabalho, é uma prática que possibilita as crianças transformarem e destruírem por meio do manuseio de peças, expressando suas alegrias, tristezas e problemas, possibilitando que o professor identifique as dificuldade e necessidades de cada criança.

Kishimoto deixa claro a grande importância dos jogos na construção do caráter da criança ,ela aprende a respeitar, a aceitar regras, ou seja passa a ter limites entende que não se pode tudo.

          Almeida (1990) assevera que brincar não é perder tempo, mas concretizar aprendizagens. “A criança, por meio das brincadeiras, desenvolve a sua imaginação, a sua criatividade e o seu pensamento”. Esses aspectos são responsáveis pela socialização, pela efetivação e pela construção do seu conhecimento. O ato de brincar permite ao indivíduo explorar e desenvolver diferentes habilidades, pois a medida que se entrega a brincadeira, mobiliza funções fundamentais que leva a redução  das consequências  relativas aos erros e fracassos, permissão da exploração, da imitação idealizada da vida; transformação do mundo, diversão.

          O autor vê o desenvolvimento, a imaginação, a criatividade da criança como aspectos responsáveis pela socialização, e pela construção, da evolução do processo mental da criança, se da através do ato de brincar, de maneira que as crianças precisam brincar para poderem se desenvolver intelectualmente ate mesmo para no futuro ela venha a ser um cidadão capaz de saber argumentar e defender seus direitos de maneira consciente, para ela precisa preparar se desde a infância por meio das brincadeiras.                                    

           Huizinga(1980), ao analisar os jogos como um fenômeno cultural e mostrar que certos rituais praticados pelos os homens tem um caráter lúdico mesmo que inicialmente não tivesse surgido com essa finalidade de exemplo, o esporte da caça inicialmente surgiu como uma atividade de sobrevivência  e aos pouco, foi se transformando em uma atividade, lúdica, preservando porem, as regras e os comportamentos originais.

          Segundo Huizinga, o ato de brincar não se originou dos tempos atuais, mais sim há muitos anos atrás nos tempos dos primatas , o autor cita que a atividade lúdica surgiu como forma de esporte ou melhor era como caça, uma atividade de sobrevivência tornando á mais tarde como uma brincadeira o a pratica lúdica.

 

Antunes (1998) O jogo em seu sentido integral, é o mais eficiente meio estimulador das inteligências. O espaço do jogo permite que a criança e (até mesmo o adulto) realiza tudo o quanto deseja, quando entretido com o jogo, o individuo e quem quer ser, ordena o que quer ordenar, decide sem restrições. Graças a ele pode obter a satisfação simbólica do desejo, de ser grande, do anseio em ser livre.

Segundo ele socialmente o jogo impõe o controle dos impulsos, a aceitação das regras mais sem que se aliene a elas, posto que são as mesmas estabelecidas pelos que jogam e não impostas por qualquer estrutura alienante, Antunes fala que é brincando que a criança desenvolve sua capacidade, suas especialidades envolvendo com um mundo de fantasias, constrói um atalho entre o mundo inconsciente, onde desejaria viver e o mundo real, onde precisa conviver.

          Antunes vê o jogo como um como um estimulador do desenvolvimento intelectual e do caráter de quem prática, levando os participantes a se tornarem por meio da imaginação o que desejar ser, enquanto o jogo para as crianças é a base de uma construção de um ser responsável ético ,que saberá respeitar o seu próximo pois as regras dos jogos causam este tipo de efeito na evolução da criança

Para Freire (1993 P.22-23 )um dos teóricos que mais se preocupou com a educação infantil, cita que a educação é permanente não porque certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia, mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí.

Freire foi e é um dos teóricos que mais deu ênfase a educação no Brasil, focando no número de analfabetismo e na questão da educação de jovens e adultos, ele enfatiza em suas obras a importância do educador no desenvolvimento intelectual do ser humano, o autor cita a educação como fundamental, em sua obra cartas a guiné Bissau Freire frisa que um educador tem que saber trabalhar em coletividade pra o desenvolvimento de uma sociedade consciente de seus direitos e deveres.

 

  Para Kenski, (2007), as atividades humanas são historicamente influenciadas pelas tecnologias presentes nos distintos contextos sociais. Os artefatos tecnológicos são instrumentos que mediam as interações entre os indivíduos e o meio social. Eles têm o potencial para transformar não somente as ações humanas como também o modo como ás pessoas percebem a realidade em que estão inseridas, a forma como pensam e sentem.

Kenski vê a tecnologia como uma influencia presente no cotidiano da sociedade e que dentro do contexto escolar, uma situação avassaladora que cada dia domina mais e mais o mundo e a sociedade, ou seja, as pessoas cada dia estão mais atualizadas dos acontecimentos, educadores precisam estarem atentos as informações e como saber usar estes recursos tecnológicos em sala de aula.   

Para Souza (2011 ) A aplicação e mediação que o docente faz em sua prática pedagógica do computador e das ferramentas multimídia em sala de aula, depende, em parte, de como ele entende esse processo de transformação e de como ele se sente em relação a isso, se ele vê todo esse processo como algo benéfico, que pode ser favorável ao seu trabalho, ou se ele se sente ameaçado e acuado por essas mudanças.

          Souza expressa  uma, certa preocupação em relação a pratica docente e do uso da tecnologia para ele estas habilidades podem ser benéficas se usadas de maneira corretas, porem se usada indevidamente poderá causar grandes danos para estes usuários, para o autor ,alguns professores ainda não estão preparados para usarem estes recursos tecnológicos de maneira adequada e compatível ao conhecimento dos discentes,  por isto a necessidade de uma formação continuada na carreira dos educadores.     

2.2. O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL:CUIDAR E EDUCAR

          A educação infantil, nos dias atuais necessita de um olhar diferenciado por parte dos educadores e das equipes gestoras das instituições, tanto das escolas publicas quanto das escolas privadas, o educador infantil precisa ter este olhar voltado para as necessidades destes pequenos, necessidades de um mundo de imaginação, um mundo unicamente delas, de faz de conta, de sonhos e de fantasias, este mundo é parte fundamental no desenvolvimento psíquico, intelectual e cognitivo da criança.

          As brincadeiras têm como finalidade, explorar o mundo da criança por meio das atividades lúdicas é introduzida na vida delas valores fundamentais para o futuro delas, como honestidade, companheirismo, lealdade, responsabilidade, persistência e competividade construtiva, estes acontecimento só é possível devido a criança está em processo de formação do caráter.

          Este mundo pertencente unicamente á ela é de responsabilidade total do professor, pois, este, para contribuí com o desenvolvimento da criança, precisa esta preparado para ser realmente professor de educação infantil, e não simplesmente dizer ser professor é nesta etapa da vida da criança que ela precisa desta mediação para o seu desenvolvimento.

          As atividades usadas no ensino precisa ser organizadas com o intuito de estabelecer um desafio e um convite ao raciocínio da criança, para isso elas devem ser apoiadas nos conceitos já conhecido delas, com um nível que exija a reorganização  do aprendido e da apropriação de novas descobertas novos conceitos.

Se o pensamento da criança é qualitativamente diferente do nosso, o objetivo principal do educador é compor a razão intelectual e moral: Como não se pode moldá-la de fora, a questão é encontrar o meio e os métodos convenientes para ajudar a criança a construí-la ela mesma, isto é alcançar, no plano intelectual, a coerência e a objetividade e, no plano moral, a reciprocidade.  (Piaget 1978 p.161)

          Ou seja, segundo Piaget o principio ativo dos métodos fundamental proposto por ele diz que compreender é inventar ou reconstruir suas invenções, no seu conceito Piaget acredita na possibilidade  de repensar a educação visto que durante muito tempo ficou restrita à transmissão  direta de informação baseada fundamentalmente na linguagem oral ,concebendo a aprendizagem como armazenamento ou reprodução dos conteúdos ensinados, a criança não aprende com o mesmo processo que o adulto o educador tem responsabilidades na evolução do desenvolvimento cognitivo da criança.

          As brincadeiras são muito importantes nesta fase da vida e na educação infantil, com as brincadeiras as crianças pode transformar sua realidade, tornando a muito mais aflorada, o professor tem o papel de incentivar e disponibilizar espaços ,tempo e matérias adequados as brincadeiras das crianças, não somente disponibilizar de espaços, mais, brincar, interagir, e observar cada movimento,  gesto, fala, sorriso, e cada olhar das crianças. Estas quando bebês  expressam, através de movimentos que para os pais é simplesmente um gesto novo talvez uma nova forma de mexer os pezinhos a mãozinha na boquinha, mais para a criança já é inicio de descobertas por meio de brincadeiras com o seu próprio corpinho.

          Segundo kishimoto ao ser questionada  sobre o material pedagógico que atraia a criança, ela deixa bem claro, o material pedagógico da criança na educação infantil é o brinquedo em variedade, através deste mundo de encanto, a criança solta a sua imaginação, produz cria e recria novos mundos novos sonhos, as brincadeiras é o eixo da educação infantil, e o inicio da  formação da personalidade da criança,  brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, quando bebê, a criança  poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação.

          No entanto, é preciso uma maior valorização da escola, como principalmente do professor de educação infantil, da família e da sociedade em geral em relação à ludicidade que deve estar sendo vista de maneira enfática é parte essencial  na vida e no desenvolvimento das habilidades da criança.

          Para Piaget o trabalho da criança na infância é a brincadeira, não há duvidas que é por meio  da brincadeira, que  um mundo inteiro de possibilidades começa a aparecer tanto a nível individual quanto social.

Os PCNS (parâmetro curricular nacional )aborda este tema de maneira bem explicita.

 

 O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras.(RCNEI 1998. P 27)

O MEC (ministério da educação sempre inseriu em seus parâmetros curriculares (PCNS) a preocupação com o desenvolvimento da criança e o cuidar por partes de instituições como  creches e  educação infantil , em o currículo é abordado  o papel das creche e cuidar educar e zelar das crianças do bem estar, o desenvolvimento das crianças além de ser responsabilidade dos educadores da educação infantil também os monitores são responsáveis pelo espaço em que os pequenos se encontra.

            Kishimoto fala que a criança de creche precisa de espaços adequados a elas de acordo com a idade, o que ainda se encontra uma grande carência neste sentido, as escolas se esquece dos pequeninos, as brinquedotecas são focadas nas crianças de seis anos em diante, deixando a desejar, os bebes das creches dos chamados maternal, infantil I,II, se rebolam para alcançar os brinquedos algo que deveria ser pensado de maneira coerente a eles também, pois o seu tempo esta sendo ali naquele momento seu processo de desenvolvimento esta ativo e bastante acelerado precisando de espaço e oportunidade para liberar toda esta necessidade de brincar se soltar criar assas pois é isso o que acontece com a criança que se deleita do ato lúdico.   

2.3. O PAPEL DO PROFESSOR E DAS INSTITUIÇÓES NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

          O professor de educação infantil é o principal mentor neste processo de desenvolvimento da criança, este deve esta ciente desde sua formação que a responsabilidade da formação das habilidades da criança, pertencente uma infância bem vivida dentro de um espaço de brincadeiras jogos, em que a criança possa vivenciar suas habilidades motora, psíquico e cognitivas, traz como principal mediador dessa transformação o professor e as instituições de educação infantil.

          O professor tem um papel importantíssimo  no processo de aprendizagem e indiscutivelmente decisivo, suas atitudes, concepções e intervenções, serão fatores determinantes no sucesso ou fracasso escolar de seus alunos. Pois cabe ao professor fazer as intervenções necessárias (com respeito, estímulo e trabalhando a autoestima). As intervenções e os estímulos são imprescindíveis, pois funcionarão como suportes da autoestima, que progressivamente levará o aluno a acreditar em si mesmo e na sua capacidade para superar as dificuldades.

          Segundo Piaget. “O professor não ensina, mas, arranja modos de a própria criança descobrir, criar situações problemas” Ou seja, o professor ele da ao aluno a oportunidade de pensar em soluções quando questionado.

Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil

O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas. (BRASIL, 1998, p. 30, v.01)

          Como citado no currículo da educação infantil, as escolas tem a obrigação de acolher a criança, propiciar um espaço prazeroso para elas, pois estes passam mais tempo com os professores e cuidadores (monitores) do  que com os próprios    pais ,sem falar na questão daqueles que já vem dos seus lares com uma carência muito grande das figuras paternas ou maternas, estas crianças necessitam e precisa serem cuidadas ter carinho e atenção, lembrando que o professor é seu espelho, a afetividade pode ser uma maneira eficaz de aproximar a  criança e a ludicidade, desde haja parceria entre professor e aluno, ajuda a engrandecer o processo de ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando, além do mais a criança necessita de habilidades emocional para desenvolver sua aprendizagem, é no brincar que as coisas  não pode ser diferente, e as mediações devem ocorrer intencionalmente, pensadas pelo professor de educação infantil, para que o tempo de brincadeiras dentro da escola seja aproveitado ao máximo pelas crianças.

          As escolas que buscam a aprendizagem da criança como formação do caráter  devem preocupar-se com todo o contexto para favorecer o brincar das crianças, um professor mediador constrói um ambiente também mediador do brincar, o professor consciente de suas responsabilidades é coerente em seu processo de ensino aprendizagem pensa em seu aluno como o fator chave da questão educação diferenciada.

          É perceptível nas escolas publicas e privadas, a falta de espaços, dentro das escolas, assim como nos planejamentos dos professores espaços dentro daquele contexto reservado para a criança brincar, muitas instituição de ensino ainda tem aquela visão equivocada que professor bom é aquele que mantem uma turma de educação infantil como crianças de dois, três quatro e cinco anos quietos sentadinhos em seus lugares, será se este educador esta dentro dos padrões do MEC (Ministério da Educação), da LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional) ou será se estão só fazendo media para os pais e para as autoridades responsáveis por se fazer cumprir a lei ? Um adulto com suas faculdades mentais ativas e normais sabem que crianças não ficam quietas, o mundo deles é a descoberta e não a mobilidade  dentro  ou fora da sala de aula.

Tradicionalmente, as instituições escolares associam disciplina a silêncio e veem a conversa como sinônimo de bagunça, indisciplina. Embora mais consolidada no ensino fundamental, essa visão influencia também a prática na educação infantil, em que não raro o comportamento que se espera da criança é o da simples obediência, o silêncio, a imobilidade. Essa expectativa é incompatível com um projeto educativo que valoriza a criança independente, que toma iniciativas e que coordena sua ação com a de outros. (BRASIL 1998 P.39)

          Esta de situação não contribui para o desenvolvimento intelectual da criança, por outro lado pode oprimir lá, tornando á uma pessoa calada, pois, é inerente da criança, atitudes como falar, correr pular se expressar, ter curiosidades, e interagir com outras crianças, normalmente todo este processo de interação se na escola, o professor que usa de sabedoria não oprime os alunos mais sim aguça  a curiosidades deles.         

          A  mediação do professor é bastante concludente para garantir que as crianças realmente brinquem na escola  e tenham uma boa interação  com seus colegas, esta mediação entre professor e aluno é o passaporte da criança para um mundo novo de imaginação  ,de faz de conta, brincadeiras de regras como ,a dança das cadeiras pique-pega amarelinha, esconde-esconde é apenas uma amostra deste mundo repleto de novidades na vida da criança, mediador deste mundo novo precisa  utilizar brinquedos diferentes, de formas diferentes, em ambientes que estimulem a imaginação. A aprendizagem decorrente da brincadeira vem da experimentação que a atividade propicia. As maneiras de mediação que o professor pode utilizar no ambiente da educação infantil são muitas, basta que ele reconheça o valor dos objetos, do ambiente, da sua ajuda e orientação, e principalmente da sua organização, para assim possibilitar uma qualidade no brincar de seus alunos.

          É importantíssimo lembrar que a criança da educação infantil ela tende a querer ser igual á professora ou o professor dela nos anos iniciais, imitando sua fala e seus gestos.

          A percepção do professor de educação infantil precisa ser bem centrada, pois este deve estar atento ás mudanças da criança de acordo com a zona de desenvolvimento proximal da criança.

Vygotsky define este conceito como sendo:

[...] a distância entre o nível do desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (1998 p. 112).

          Segundo o autor, este processo de desenvolvimento da criança precisa de um acompanhamento de um adulto, nas escolas os professores e em casa dos pais ou responsáveis, as escolas precisam ser sabias em suas escolhas em relação aos jogos e brincadeiras, é através do professor que ela consegue construir conhecimentos expressivos. Assim sendo, é extremamente necessário que esse profissionais esteja em uma  busca incessante por novos conhecimento sobre o desenvolvimento da criança e a forma como elas veem e sentem o mundo, criando oportunidades para elas manifestarem seus pensamentos, linguagem, criatividade, reações, imaginação, ideias e relações sociais.

          O professor de educação infantil precisa ser sensível ás diferenças entre brincar e o ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente e refletem sobre as formas culturais onde vivem. Em contrapartida, o educador deve utilizar seus conhecimentos para elaborar comentários, formular perguntas, provocar desafios, e incentivar a verbalizações  das crianças de maneira clara e inteligente, é de responsabilidade do professor zelar pela criança a partir do memento em que estas são entregue no portão das escolas até o momento em que são devolvidas para os seus genitores ou responsáveis.

          O brincar não se reduz as diferentes fases e tipos de brincadeiras infantis, e sim ultrapassa estes processos e se institui como uma categoria nova para cada criança, por meio da aprendizagem e do desenvolvimento da criança nós não nos damos conta de que estamos agindo de uma forma redutora fazendo a criança se encaixar na nossa linguagem nos nossos conhecimentos.

2.4. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E O EFEITO QUE CAUSAM NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

          Criança saudável é aquela que, gosta de pular jogar e principalmente brincar, como já comprovado a criança se desenvolve intelectualmente através das brincadeiras e os jogos fazem parte deste desenvolvimento.

Toda criança vive agitada e em intenso processo de desenvolvimento corporal e mental. Nesse desenvolvimento se expressa a própria natureza da evolução e essa exige a cada instante uma nova função e a exploração de nova habilidade. Essas funções e essas novas habilidades ao entrarem em ação, impelem a criança a buscar um tipo de atividade que lhe permita manifestar-se de forma mais completa. Antunes (1998.p 37)

A  imprescindível “linguagem” dessa atividade é o brincar, é o jogo. Portanto a brincadeira infantil esta muito mais relacionada a estímulos internos que a contingências exteriores. A criança não é atraída por algum jogo por forças externas inerentes ao jogo em sim por uma força interna, pela chama acesa a sua evolução. É por essa chama que busca no meio exterior os jogos que lhe permitem satisfazer a necessidade imperiosa posta por seu crescimento.         

          Os jogos tem um papel fundamental no desenvolvimento do caráter da criança, é por meio deles que a criança aprende a ter limites respeitar o espaço do outro e também o seu próximo educador é saber a tênue diferença entre brincar e ensinar, já que é brincando que as crianças amadurecem, exploram o ambiente e refletem sobre as formas culturais onde vivem. Em contrapartida, o professor deve utilizar seus conhecimentos para elaborar comentários, formular perguntas, provocar desafios e incentivar a verbalização.

          O professor deve organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.

          O educador precisa ter consciência que nas brincadeiras as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa.

 Diante desta situação não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explícitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto, utilizar os jogos, especialmente aqueles que possuem regras, como atividades didáticas. É preciso, porém, que o professor tenha consciência que as crianças não estarão brincando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.

 

          Como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula, o jogo, deve favorecer a criança a construção do conhecimento científico, proporcionando a vivência de situações reais ou de fantasias, sugerindo à criança obstáculos e desafiando-a a encontrar soluções para as situações que lhe são  impostas durante o jogo, levando-a a trocar ideias, tomar decisões, e raciocinar de maneira logica e coerente. O jogo com normas, o brincar com regras são mais praticados na idade em que a criança ingressa no Pré-escolar e continua a parti dai em diante em seu cotidiano, ainda sobre brincadeiras com regras.

          O jogo com ingressa no Pré-escolar e continua a parti dai em diante em seu cotidiano, ainda sobre brincadeiras com regras normais, o brincar com regras são mais praticados na idade em que a criança.

 

Pode se propor que não existe  brinquedo sem regras. A situação imaginaria de qualquer forma de brinquedo já contem regras de comportamento, embora possa não ser um jogo com regras formais estabelecidas a priori. A criança imagina se como mãe e a boneca como a criança e dessa forma deve obedecer às regras do comportamento maternal...o que na vida real passa despercebido pela criança torna se uma regra de comportamento no brinquedo.  Vigotsky (1991,p.108)    

  

A criança com o brinquedo aprende novas habilidades cognitivas, os objetos tornam motivador para suas ações é importante observar que ela  transforma as regras em um desejo seu.

Kishimoto afirma que

Tentar definir o jogo não é fácil, pois “Quando se pronuncia a palavra jogo,  cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinha, xadrez, advinha, contar estórias, brincar de mamãe e filhinha, futebol. (1997, p. 13)

 

          Por meio dessas palavras kishimoto esclarece que através dos jogos as crianças, aprendem a lidar com os erros e fracassos visto que não carregam nenhuma frustração, pode enxergar  uma finalidade, pode ser mudada durante o processo de jogar, agindo com alegria e emoção , o jogo a deixa imaginação da criança , criar, tendo ainda que obedecer a regras para que consiga realizar com sucesso o jogo que esta praticando, além disso, o jogo diverte bastante, sendo, assim agradável.

          Por meio dos jogos as crianças evoluem psiquicamente e intelectualmente seguindo seu próprio ritmo, tornando mais fácil, portanto, a sua aprendizagem, abrindo espaços para as realizações de papeis do mundo adulto que muitas vezes são negados a elas ou não compreendidos, os jogos tem um papel importantíssimo na vida e na aprendizagem dos praticantes, já para as crianças eles são parte fundamental no processo do desenvolvimento psíquico e intelectual dela, é por meio dos jogos que as crianças constroem o seu caráter, os jogos de regras como a amarelinha, xadrez jogos de cartas são essenciais neste processo.

               É imprescindível  que os pais, familiares, educadores e a sociedade de forma geral tenham o conhecimento de que as crianças aprendem baseadas em suas referencias, ou seja, as pessoas que fazem parte do convívio da criança devem agir de acordo com os ensinamentos repassados e cobrados para com ela, ainda sobre a responsabilidade do educador em relação o desenvolvimento intelectual da criança Piaget (1975) na sua obra critica os métodos tradicionais, o uso quase exclusivo que a didática tradicional faz da linguagem, na ação que exerce sobre o aluno, esta fundamentado na noção de que criança elabora seus conceitos da mesma maneira que os adultos e que é capaz de absorve lós da forma como são transmitidos, ou seja aquilo que o professor transmite geralmente fica sem se compreendido pela criança  e por isso não se torna um instrumento útil que possa ser aplicado em diferentes situações, fora da sala de aula.

Segundo Huizinga a característica fundamental do jogo é ser uma atividade livre, ainda continua afirmando que a segunda característica do jogo é a de ser uma atividade que permite evadir da vida real para uma esfera com orientação própria a terceira é a existência de regras, embora com duração e espaços limitados. Por permitir, ao individuo, transportar–se para um espaço distinto da vida cotidiana, colocando o no mundo no mundo da representação, o jogo da uma certa liberdade e um alivio de tensão possibilitando que os participantes sejam envolvidos em uma espécie de magia  que faz com que as pessoas fiquem na  situação, mantendo a atenção fortemente centralizada nas atividades previstas pelo jogo.

 

O jogo é uma atividade ou ocupação voluntaria, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, seguindo certas regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. Huizinga (1980.p33)

       

   De acordo com Huizinga certos jogos surgiram com base em atividades cotidianas e foram transmitidas de geração em geração como algo de grande valor, o autor dessas palavras ainda frisa que para ele uma verdadeira civilização não pode existir sem o lúdico que tem como sua própria essência, a presença de elementos não materiais, de certa forma a civilização sempre será um jogo governado por regras.

          Os jogos ao serem exercidos de maneira correta, traz para a vida do individuo vários benefícios a saúde tanto da criança quanto do adulto, não obstante ao refletir o desenvolvimento psicomotor, um aspecto essencial  no processo ensino aprendizagem, a pratica pedagógica do lúdico tem nos jogos a possibilidade de estimular, além das potencialidades cognitivas dos educandos, as afetivas motoras e sociais, constituindo, assim uma ampla possibilidades de promover a formação integral do sujeito.

 

 

2.5.O EDUCADOR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM  

 

 

 

          Nas ultimas décadas, a educação tem passado por varias reformas, a importância do professor no processo de aprendizagem também tem sido questionada. A relação professor-aluno, atualmente, é muito mais dinâmica.

          O educador não mais é visto como um mero  transmissor de conhecimentos para se tornar um mestre, um estimulador que guia os alunos na edificação de seus próprios conceitos, valores, atitudes e habilidades, o mundo cada vez esta mais  rigoroso, obrigando o educador a se igualar ou superar estas exigências  impostas por uma sociedade tecnológica, o mestre precisa ser criativo, competente, ousado e principalmente inovador de suas propostas, visto que o mundo que o cerca esta em constante mutação, seu processo metodológico interacionista depende exclusivamente de suas escolhas, por este motivo é necessário ser sábio em suas decisões.

Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança [...] (BRASIL, 1998, p. 23).

 

          O educador pode oferecer ao aluno condições para sua aprendizagem, cabíveis dentro do contexto escolar, os RCNEI deixa isto bem claro, educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagem tem que ser orientadas de forma a contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, ou seja de ser e estar com os outros.

       Para Paulo Freire, a formação permanente pressupõe que o formador e o formando compreendam-se como seres inconclusos e que essa é uma condição humana que impele o homem a se enveredar, curiosamente, na busca pelo conhecimento de si e do mundo.  Ainda sobre a formação do educador, Freire engloba múltiplas modalidades, sendo a principal delas os “grupos de formação”, nos quais se buscava garantir o princípio da ação-reflexão-ação. A proposta se diferenciava dos tradicionais “cursos de férias”, “cursos de 30 horas”, “treinamentos”, “capacitações”, “reciclagens” e outros que podem até receber avaliaçã