02/03/2018

O Futebol amador e Políticas Públicas: A sua Prática Como Principal Motivador De Lazer e Dificuldades Encontradas

O FUTEBOL AMADOR E POLÍTICAS PÚBLICAS: A SUA PRÁTICA COMO PRINCIPAL MOTIVADOR DE LAZER E DIFICULDADES ENCONTRADAS

COSTA, Mayara Menezes

Resumo

O que será apresentado é o futebol amador fechado, essa escolha foi feita pelo fato de ver essa pratica voltada mais para o lazer e o social. O futebol amador aberto é caracterizado por não seguir a risca os padrões exigidos como no futebol profissional, quase tudo ou tudo é improvisado, porem tentam o máximo possível se aproximar dos padrões do futebol profissional, como por exemplo, o time é registrado em cartório, treinos e jogos com dias e horários estabelecidos pela organização, isso já inclui o dono do time e os demais responsáveis.  Essa pesquisa foi realizada na cidade de Jardim - CE, o time ''Quase nada''e que colaborou para esse estudo foi o mesmo. O primeiro momento foi feita as observações a cerca do time e em seguida foi levantada uma investigação de incorporação na gestão municipal de Jardim, sobre as políticas públicas existentes para esses times.

Palavras- chaves: políticas públicas, futebol, lazer.

Abstract

What will be presented is the amateur football closed, this choice was made by the fact of seeing this practice focused more on leisure and social. Open amateur football is characterized by not following the standards required as in professional football, almost everything or everything is improvised, but try as much as possible to approach the standards of professional football, such as the team is registered in a notary, training and games with days and times established by the organization, this already includes the owner of the team and the others responsible. This research was carried out in the city of Jardim - CE, the team '' Quase nada  '' and that collaborated for this study was the same. The first moment was made the observations about the team and then an investigation of incorporation in the municipal management of Jardim was raised, on the public policies existing for these teams.

Keywords: public policies, football, leisure

Introdução

As práticas desportivas realizadas no futebol amador, basicamente são de caráter social, isso porque uma vez que o atleta amador não usufrui desse esporte para se manter, já que não ganha dinheiro disso para sobreviver, mas tem como um hobby. E ainda muitas vezes tirar do próprio bolso para ajudar a manter o time, porque apesar de ser futebol amador, ainda sim tem que arcar com gastos.                                            

O que será apresentado é o futebol amador fechado, essa escolha foi feita pelo fato de ver essa pratica voltada mais para o lazer e o social. O futebol amador aberto é caracterizado por não seguir a risca os padrões exigidos como no futebol profissional, quase tudo ou tudo é improvisado, porem tentam o máximo possível se aproximar dos padrões do futebol profissional, como por exemplo, o time é registrado em cartório, treinos e jogos com dias e horários estabelecidos  pela organização, isso já inclui o dono do time e os demais responsáveis. Essas e outras coisas mais se diferenciem do futebol profissional, uma vez que não há como fazer um time amador seguir crescendo para um dia talvez conseguir ser profissional, sem que não tenha apoio financeiro, pode até de algum patrocinador por fora, mas isso não é suficiente, já que não cobrem os custos, isso poderia ser um sonho ate possível se o município assumisse a responsabilidade de custear o sonho de poder ser reconhecidas talvez, carreiras desses jogadores, nos seus times.

Dessa forma vendo as condições que muitos desses times enfrentam para poder manter o seu lazer garantido, mas não se esquecendo do lado no final de semana, o que me chamou mais atenção foi à falta de patrocínio ou ate mesmo nenhum ajuda gastos para poderem aproveitar e se divertirem sem reclamações, para que esses times conseguirem ter acesso ao futebol, sem preocupações em relação a gastos internos. Assim, por esse motivo, busquei investigar sobre as políticas públicas que estão protegendo esse direito que o cidadão tem de acordo com o ministério do esporte, criado pela medida provisória 103, de 1º de janeiro de 2003, onde afirma que:  ‘‘do esporte e do lazer como direitos sociais dos cidadãos, colaborando para o desenvolvimento nacional e humano’’. Assim afirmam que todos os cidadãos têm direito de ter seus momentos de esporte e de lazer, devendo fazer parte da vida de todos.

Essa pesquisa foi realizada na cidade de Jardim - CE, o time ''quase nada''e que colaborou para esse estudo foi o mesmo. O primeiro momento foi feita as observações a cerca do time e em seguida foi levantada uma investigação de incorporação na gestão municipal de Jardim, sobre as políticas públicas existentes para esses times.

A história do futebol brasileiro ao decorrer dos tempos

O futebol é um dos esportes mais populares no mundo, ele é praticado em centenas de países, passando por varias transformações ate se tornar o que ele é hoje, capaz de desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente. Por isso é interessante sabermos um pouco de sua história.

Embora não se tenha certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porem demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.

O futebol chegou ao Brasil através de Charles Miller, considerado o‘‘pai do futebol’’, esse foi o primeiro brasileiro a dominar a nobre arte de controlar a bola e marcar gols era quase um inglês. Charles Miller nasceu no Brás, em São Paulo, descendente de ingleses e escoceses. Aos 9 anos seguiu para a Inglaterra com a finalidade de estudar.

Quando desembarcou de volta ao Brasil em 1894, Charles Miller se surpreendeu ao descobrir que ninguém praticava o esporte bretão por aqui. Sorte que trouxera duas bolas, uma agulha, uma bomba de ar e dois uniformes. Começou então a catequizar seus companheiros de trabalho e de críquete - altos funcionários da Companhia de Gás, do Banco de Londres e Ferrovia São Paulo Railway, fundando o primeiro clube de futebol do Brasil, o São Paulo Athletic, clube que congregava os britânicos residentes em São Paulo. 

O novo esporte vingou e, no primeiro campeonato disputado no Brasil (o Paulista de 1902), lá estava Miller encabeçando a lista de artilheiros com 10 gols em nove jogos. O nosso homem-gol ainda jogou até 1910 pelo São Paulo Athletic Club. Depois atuou como árbitro e, finalmente, apenas como torcedor. Morreu em 1953, coberto de glórias por ter introduzido p futebol no país, mas sem ver o Brasil campeão do mundo. 

Em pouco tempo, o esporte conquistou adeptos no país, mas primeiramente atraiu os mais abastados e somente depois chegou às classes mais pobres do país. Em 1923 o Vasco se uniu com outras equipes do subúrbio do Rio para que jogadores de baixa renda pudessem praticar futebol. Os negros só passaram a ser aceitos no futebol em 1920. No período correspondente ao Governo Vargas, o futebol cresceu com o incentivo do governo.

Em 1914, foi fundada a Federação Brasileira de Sports (FBS). O primeiro título foi conquistado naquele ano em cima dos Argentinos quando a Seleção Brasileira conquistou a Copa Roca. Quando o esporte passou a ser mais Em 1914, foi fundada a Federação Brasileira de Sports (FBS). O primeiro título foi conquistado naquele ano em cima dos Argentinos quando a Seleção difundida no país passou a ser mais criticado pelos intelectuais, pois estes afirmavam que o esporte era a demonstração da influência europeia no Brasil.

Em 1950 o Brasil sediou a Copa do Mundo e coincidiu com um momento de muita euforia e expectativa sobre a Seleção Brasileira. Porém, a seleção foi derrotada na final do torneio em que jogou contra o Uruguai. Essa derrota marcante causou diversas mudanças no futebol brasileiro como o fato da seleção passar a jogar com o uniforme verde-amarelo ao invés da camisa branca. Depois dessa época, o país cresceu em quantidade de craques de futebol e surgiram nomes como Garrincha, Pelé, Zagallo, Djalma Santos, Nílton Santos e Bellini.

O primeiro campeonato de futebol no Brasil ocorreu em 1971 e já teve vários nomes: Copa do Brasil, Taça de Prata, Taça de Ouro, Copa União, Copa Brasil, Campeonato Nacional de Clubes e Copa João Havelange. A competição começou a ser disputada por causa de uma decisão da Confederação Brasileira de Desportos. Antes disso, o país era um dos poucos que não tinha um campeonato nacional para reunir as principais equipes do país.

Inicialmente a disputa do Brasileirão era bem confusa e isso atrapalhava a torcida, os jogadores e as equipes. Apenas em 2003 foi criado um Código de Torcedor e os jogos começaram a ser mais planejados. No decorrer dos anos o número de participantes foi diminuindo e a quantidade de equipes caiu de 24 participantes para apenas 20 em 2013.

Em 2010, a CBF unificou os títulos das premiações correspondentes a Taça Roberto Pedrosa e Taça Brasil. Depois disso as equipes com maior quantidade de títulos são o Palmeiras e Santos (cada um com 8 títulos).

A disputa do Brasileirão passou por muitas alterações no decorrer dos anos. Antes de 2003, o sistema utilizado era o mata-mata e após o Estatuto do Torcedor passou a ser por pontos corridos em turno e returno.

Políticas públicas de esporte e de lazer

A responsabilidade de amparar as políticas públicas e de lazer é o departamento de Políticas Sociais e de Esporte e de Lazer voltadas para a consolidação dessas praticas sociais como direitos sociais, portanto é dever do governo garantir para a população brasileira, em todos os seus segmentos etários, de forma integrativa. De acordo com  a lei regulamentada nº 9.615, que institui normas gerais sobre o desporto,o Art. 4º  O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado:

I - de modo profissional, caracterizado pela remuneração pactuada em contrato especial de trabalho desportivo entre o atleta e a entidade de prática desportiva empregadora;

II - de modo não profissional, identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato especial de trabalho desportivo, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio.

O objetivo do sistema brasileiro do desporto é garantir a prática desportiva regular e melhorar o seu padrão de qualidade. Mas fica vaga a questão do município ser responsável pelo financiamento de times de futebol amador municipais. Já que estão mais voltados a times de níveis nacionais, estaduais e/ ou entidades vinculadas.

O futebol é um espetáculo a parte isso é fato, é como se os jogadores estivessem fazendo uma apresentação espetacular, digna de ser lembrada por muito tempo, que chega a ser lindo, provocando ‘’diferentes emoções, a qualidade técnica do jogador chega a ser fora do comum, capaz de envolver todos ali que estão presentes, onde se sentem envolvidos naquele jogo. Mas do que isso ele não pode ser considerado sabendo ele é um elemento cultural, fazendo parte da identidade dos brasileiros.

O futebol diz Matta, constitui uma experiência na qual não contam os graus de parentesco ou amizade, mas qualidade técnica, onde não há favorecimento individual pela condição financeira, mas chances para todos mostrarem suas habilidades.             

Então o que interessa é uma boa partida e não qual cargo cada um que esta em campo atua em meio à sociedade, todos são iguais e importantes, trabalhando em conjunto para poder ter um bom jogo. O fato de esse esporte ser tão popular focando no Brasil, ele acaba se tornando a paixão do brasileiro. Nota-se que ele acaba sendo adaptável, mas isso só é possível no futebol informal ou amador.

Ainda segundo Matta (1979,pp.151 ess.), o individuo pode torna-se uma vez que é no time que pode mostrar sua singularidade, expressar-se individualmente. Essa afirmação de Matta (1997) se dá uma vez que um jogador pode ser substituído por outro, mas que cada um tem sua singularidade, ou seja, características próprias, embora que o que realmente importa na partida é técnica, improvisação, individualidade e o conjunto em que cada um com sua singularidade possam trabalhar em conjunto, fazendo com que se tenha um time equilibrado, onde um complementa o outro.                                             

Ainda o futebol oferece uma competição em que existe igualdade de chances para as duas equipes, fazendo com que a sociedade vise o lado social, onde dá sim através de uma partida possa ser ver o respeito, a cooperação, demonstrando a sociedade uma experiência de como reconhecer que há regras para todos, onde há o gosto da vitória e da derrota, entre outros. Não da pra ver o futebol somente como um jogo na pura técnica, porque quem participa são pessoas que tem diversas formas de pensar agir, sentir; somos únicos e precisamos unir nossa individualidade para um bem comum.

Ter direito ao lazer significa ter condições no qual possamos usufruir de uma vida digna, com acesso a educação, transporte, infra-estrutura urbana, saúde, etc. Isso é os direitos do cidadão, mas a questão é até onde à lei apara esses direitos. Nesse sentindo se encaixa perfeitamente as políticas públicas de lazer e de esporte, aonde juntos se tornam fortes instrumentos para afirmar valores que todo cidadão preza, que ver como ponto positivo na construção de uma sociedade justa, sem preconceito, com direitos iguais, solidariedade, respeito, entre outros. Então não devemos ver um jogo simplesmente técnico, mas como transformador da sociedade, podendo influenciar positivamente ou negativamente, dependendo da situação em que o futebol esteja transmitindo naquele momento. Um exemplo influência positiva seria a coletividade, onde cada um tem seu papel, mas deve trabalhar no coletivo para poder alcançar um objetivo em comum, e o negativo seria as brigas em campo, das torcidas, que acaba trazendo um péssimo olhar para o futebol não só brasileiro, mas em qualquer outra parte do mundo.

É fato que o esporte é um importante componente para poder haver afirmação da identidade nacional. Isso porque já faz parte do que já somos, somando valores, diversidades. E ainda é reconhecido pelos benefícios ao desenvolvimento humano, além de contribuir na formação física e intelectual; assim ajudando a formar um cidadão integro participativo, critico na nossa sociedade, havendo a inclusão social e educacional.

Políticas Públicas no futebol brasileiro

As políticas públicas foram feitas para garantir o direito do cidadão, quando houver a necessidade de buscar algo que ele não possa, vamos dizer arcar financeiramente. Então o município, estado têm o dever de dar um apoio para os cidadãos, e é por isso que pagamos os impostos. Garantindo assim a ter uma vida com igualdade e digna, mas o que vamos focar realmente é o direito ao lazer e a prática esportiva, que de acordo com o que estamos vendo, direito a ter vivência em uma dentro do futebol sem haver a necessidade de gastos.

“[...] O contrato social é um pacto de consentimento em que os homens concordam livremente em formar a sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza [condição pré-cívica]. No estado civil dos direitos naturais inalienáveis por ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão mais bem protegidos sob o amparo da lei, do arbitro e da força comum de um corpo político unitário” (weffort, 2001, p. 86).

De acordo com Maquiavel, primeiro a discutir a política e os fenômenos sociais a política, era uma única coisa: a conquista e manter o poder e autoridade. Podemos dizer então que isso só foi uma forma do ser humano encontrou para estar à cima dos outros e garantir uma voz de poder, onde o que era dito tinha que ser obedecido, mas também temos que ver pelo lado de que nos somos que temos a maior autoridade.

Então podem ser definidas políticas públicas como sendo conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito à cidadania de forma longa ou para determinado seguimento social, cultural, ético e econômico.

É mais do que conhecida à importância do esporte com o objetivo de melhoria de qualidade de vida, seja ele amador ou profissional. Podemos dividir o esporte em três categorias: esporte de rendimento que visa o lado atlético, no caso o atleta profissional, onde só os com boas técnicas e habilidades estão incluídos; o esporte educacional que visa mais essa área para o lado social, o que se vai levar para dentro da sociedade; e o esporte de participação que seria as esferas escolares e comunitárias. Para que a administração pública possa ajudar no caso o lado do esporte de rendimento, primeiro é necessário que haja um equilíbrio entre as outras duas categorias, além de haver um planejamento municipal, onde poderiam discutir de forma igualitária os gastos com o que e investido para o município, visando o que a comunidade deseja. Porque só começa a dar certo quando se tem o desejo e luta para alcançá-lo.

É importante que a comunidades saiba saber que a comunidade tem direito a um canal de comunicação formal com o governo para poder participar na consolidação de políticas publicas e também nas suas etapas de elaboração, assim podendo participar ativamente. Isso de acordo com alei que a institui, que é a Lei Complementada n.º 131(Leida Transparência), de 27 de maio de 2009, quanto à participação da sociedade, assim determina:

‘‘I – incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentarias e orçamentos; ’’

‘‘II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentaria e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; ’’

Com isso essa lei assegura a participação popular, em que passa a ser uma obrigação do Estado e direito do cidadão saber como esta sendo utilizada a administração pública.

Quase nada x Os Mulatos: um exemplo de jogo fechado no futebol amador.

     Assim sendo esclarecido o que são políticas públicas, a pesquisa realizada foi a de campo, onde foi feitas observações. No primeiro momento foi possível observar as dificuldades que os jogadores enfrentam, já que eles próprios têm que providenciar o transporte quando há a necessidade de se locomover para distritos mais distantes, onde os jogos são marcados.

  Nesse acompanhamento, também se deu a notar que a falta de locais apropriados estão bem evidentes, para os jogadores, torcedores, pessoas que estão trabalhando nesses locais. Em questão dos jogadores, o que ficou claro foi a falta de locais para que eles possam garantir sua privacidade, mas o que ocorre é que ela acaba sendo invadida. Isso porque muitas vezes só existe o campo, e ainda improvisado, ou ate algumas casas. Desta forma eles não têm um local apropriado para colocar o seu uniforme, tendo muitas vezes que fazer isso em campo aberto.

Embora haja essas dificuldades, sempre se preocupam em manter uma estrutura como a do futebol profissional, tendo um presidente, regras oficias, registros em cartório, recebendo ate algumas premiações.

No jogo que foi observado, os times entrariam em campo da seguinte maneira: são divididas as equipes em primeiro e segundo quadro. Onde o primeiro quadro é considerado ''os melhores jogadores, os mais experientes'' e o segundo quadro que são os ''menos experientes''. Desta forma o primeiro jogo é com os do primeiro quadro, onde um quer superar o outro, trabalhando de forma técnica e eficiente, buscando o melhor de si e o trabalho em grupo de todas as formas para que a derrota não aconteça. Nesse momento o clima é de competição, os jogadores assumem suas funções, sempre seguindo o modelo do futebol profissional. Nesse jogo tem a presença do técnico e arbitro, para que a partida seja a mais justa possível.

Os torcedores são muitas vezes familiares, esposas, filhos, sobrinhos que estão para acompanhá-los e também ter um dia de lazer, divertimento, também há a presença das pessoas que moram na localidade em que os jogos estão sendo competidos, além da presença de vendedores. Os jogos acontecem durante o dia inteiro de domingo, começando as oito da amanha e terminando às seis da tarde.

O que mais chama a atenção no decorrer dessa pesquisa de campo realizada são as dificuldades, as faltas de apoio que eles têm, sempre estão correndo atrás de patrocínio para manter o time?

Considerações finais

É preciso que o poder público tome iniciativa de firmar parceiros com a sociedade e não esperar pela cobrança da população deve-se ser fundamentada em conjunto, ou seja, com todos os atores envolvidos, com o fim de minimizar as barreiras e as contradições de vivenciar a pratica do futebol, com seu caráter mais formal possível, vindo junto a pratica do lazer.                                                        

Temos direito ao lazer isso é fato, mas a questão é se há espaços públicos apropriados para que possam ser desenvolvidos os treinos. Na verdade não existe, toda essa parte de local, viagens para os distritos, alimentação, equipamentos e uniforme fica para os próprios jogadores financiar ou correr atrás de um patrocínio para manter o time, no caso dos ‘‘os quase nada’’ conseguiram permissão para utilizarem um terreno por um amigo do time, foi feito um campo improvisado para a realização dos treinos semanais, e assim vão conseguindo manter o time.

O brasileiro gosta de falar que dá um jeitinho em tudo, mas não podemos aceitar as coisas como estão se pode mudá-las. Porque as partir do momento que o cidadão tem direito ele tem que se envolver, reclamando, exigindo a partir da lei que assegura esse direito. O futebol é extremamente popular, e pode se adaptar para ser praticado, isso quanto caráter informal. Mas quando partem para um caráter formal, organizado, os que estão envolvidos querem esta o mais próximo possível de algo oficial, profissional.

Nesse momento as políticas públicas devem estar presentes, porque são elas que asseguram o direito dos times e dever do Estado de ajudar os times profissionais ou não profissionais. As dificuldades são muitas, já que na realidade é diferente, uma vez que não existem políticas públicas para times municipais amadores, já que a prefeitura não se considera responsável por financiar os custos.

REFERÊNCIAS

LEBERATO, Almir; SOARES, Artemis (orgs). POLÍTIAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER NOVOS OLHARES.I ed. Manaus: editora de universidade federal do amazonas, 2010.348 p.

LIBERATO, Almir; SOARES, Altemis (orgs). SEMINÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER / Retrospectiva histórica. I ed. Manaus: EDUA, 2009. 146 P.

PRONI, Marcelo Weishaup; LUCENA, Ricardo de Figueiredo (orgs.) ESPORTE E SOCIEDADE história e sociedade. Ed. Campinas, SP: autores associados, 2002. 49 p.(coleção educação física e esportes).

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