02/10/2022

O ENVELHECIMENTO DE PELE FEMININA: CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE COLÁGENO

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MENDONÇA, João Paulo Santos Neves.*;

ALMEIDA, Letícia Viviane Oliveira.**;

DA SILVA, Querem Hapuque Rodrigues.**;


* Professor Orientador. Docente na Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste. Mestre em Ciências da Educação. Especialista em Docência do Ensino Superior. Graduado em Química e Pedagogia.

**Graduandos do curso em Biomedicina pela Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste.


      Um dos processos naturais da vida e imutável, é o envelhecimento dos órgãos. Considerado o maior e mais visível, a pele vem sendo considerado um marcador da idade cronológica do indivíduo, que por ser um órgão exposto, a pele fica sujeita a danos ambientais, como os causados pela exposição solar.

      Uma substância importante para manter a pele saudável, é o colágeno pois ele traz resistência, coesão e elasticidade para os tecidos em que está presente, que ajuda manter a pele firme. Porém, com a  medida em que a pele envelhece, a produção de colágeno diminui e por esse motivo é comum a recomendação da suplementação, com o intuito de garantir a reposição dos níveis dessa proteína. Além do envelhecimento, uma alimentação inadequada pode ser responsável pelas diminuições nos níveis de colágeno.

      O colágeno é produzido por moléculas precursoras que são formadas em células especificas da pele, as quais são chamadas de fibroblastos. Estas produzem também outros elementos que atuam melhorando a estética da pele, como a elastina e o ácido hialurônico.

      A redução do colágeno ocorre quando os fibroblastos, responsáveis  pela produção de proteína, tornam-se menos eficiente e consequentemente isso ocorre com o passar dos anos. Quando a produção de colágeno começa a diminuir, é normal sentir sintomas como dores nas articulações ou tendões e ligamentos mais rígidos aparecimentos de rugas e uma maior flacidez da pele. O envelhecimento tem um grande impacto na vida de muitas mulheres, pois afeta diretamente a auto estima. Geralmente buscam tratamentos estéticos para melhorar a aparência, alguns a base de reposição de colágeno, dentre outras formas, como toxina botulínica, preenchedores, procedimentos com laser de baixa e alta frequência.Outras formas de retardar a perda do colágeno é manter uma alimentação rica em proteínas e vitamina C, usar filtro solar frequentemente e dermocosméticos adequados para cada tipo de pele. Qualquer tratamento, deve ser feito acompanhado de um profissional.

ENVELHECIMENTO DA PELE

      A pele é um órgão que cobre todo o corpo, o qual fornece uma proteção contra o meio ambiente, visando protege-lo da perda de água e eletrólitos e contendo a penetração de microrganismos patológicos e produtos químicos. Além disso a pele é regula a temperatura corporal e ainda tem uma grande importância na beleza exterior.

      Mudanças na pele associada ao envelhecimento natural ou fotoenvelhecimento, bem como aparição de rugas, flacidez na região facial, dos glúteos, braços e barriga e alterações na pigmentação, levam os indivíduos a procurarem procedimentos estéticos para melhora da aparência de sua pele.

      O envelhecimento é um processo enigmático que está relacionado a problemas ambientais e também hereditários. Há várias teorias relacionadas sobre os mecanismos patológicos do envelhecimento, como a senescência celular e a diminuição da capacidade proliferativa, redução do DNA celular, capacidade de reparo, perda de telômeros com o avançar da idade, ponto de mutações do mtDNA extranuclear, que podem estar associadas a aumento do estresse oxidativo e ao aumento da frequência de anormalidades cromossômicas. Com isso, estudos sobre os hormônios e a sua metabolização tem surgido cada dia mais, onde são realizados em modelos in vitro ou em animais. Mesmo com esse grande avanço nas pesquisas, nossos conhecimentos sobre o envelhecimento humano ainda é fonte de inúmeros questionamentos.

      Com o passar do tempo, a pele sofre muitas mudanças morfológicas e fisiológicas. Nas áreas onde a pele não tem muita exposição à luz solar, o envelhecimento é relacionado principalmente a fatores intrínsecos como hereditariedade e alterações no ambiente endócrino, refletindo assim no processo degenerativo. O envelhecimento extrínseco se dá por diversos fatores como: radiação ionizante, a grandes exposições a estresse físico e psicológico, consumo de bebidas de alcoólicas, desnutrição, excessos alimentares, poluição ambiental e exposição à radiação UV. Dentre esses fatores, dois deles contribuem até 80% do envelhecimento, são eles os ambientais e a radiação UV, são os fatores mais importante no envelhecimento da pele, especialmente no envelhecimento prematuro.

      Uma Pele fotoenvelhecida, tem por característica alterações no tecido dérmico. A quantidade e a estrutura do tecido aparentam ser responsáveis pela aparição de rugas. Suas fibrilas de colágeno ficam desorganizadas contendo proteínas estruturais das fibras elásticas acumulada.

      O envelhecimento da pele pode ser dividido em intrínseco ou cronológico e extrínseco. O envelhecimento intrínseco é quando ocorre os processos de oxidação e glaciação da pele. Já o envelhecimento extrínseco se dá pela exposição ao sol sem a proteção devida, nesse processo ocorre a degradação do colágeno da pele, pela exposição à radiação solar, podendo causar enfermidades, como o ‘‘câncer de pele’’. O envelhecimento da pele é caracterizado principalmente por ressecamento, rugas e maior refinamento da pele.

      É algo que assusta bastante as mulheres, pois elas possuem a necessidade estética de manter a aparência mais jovem, mantendo a assim a pele macia e saudável. O envelhecimento da pele é um processo natural que todos os seres humanos sofrem após passarem pela puberdade. Os sinais deste processo variam de acordo com a idade, raça e genética do indivíduo, no entanto, há alguns que podem ser evitados com cuidado. A falta de colágeno é um desses sinais, e conhecê-lo melhor é o primeiro passo para preveni-lo.

      O colágeno é um substancia produzida pelo nosso corpo, composta por 3 aminoácidos sendo eles a glicina, a prolina e a lisina. É a proteína do organismo humano com mais abundância, que representa cerca de 30% de sua proteína total, responsável por manter nossa pele elástica e sem rugas e essencial também para nossas articulações, e sua deficiência no organismo e conhecida como colagenoses. Existem classificações quanto aos tipos de colágeno, mas para a pele o mais importante é o tipo I e III.

      As fibras de colágeno são encontradas na derme que é a segunda camada da pele, elas que são responsáveis pela elasticidade da pele. o colágeno hidrolisado (CH) é uma mistura de peptídeos de colágeno ele é adquirido a partir da gelatinização e subsequente hidrólise enzimática de colágeno nativo de tecidos animais ricos desta proteína. Existe inúmeras evidências comprovadas cientificamente sobre o efeito positivo que a ingestão de CH exerce sobre patologias osteoarticulares degenerativas e envelhecimento da pele. O consumo do mesmo ajuda na recuperação das articulações devido ao desgaste, retardar a perda de massa óssea e retardar sinais de envelhecimento da pele.

A PELE FEMININA E A MASCULINA – UM CONTRAPONTO IMPORTANTE

      O conhecimento da fisiologia da pele humana, das diferenças biofísicas e químicas da pele de homens e mulheres auxiliou dermatologistas desenvolverem cuidados adequados não apenas para o mapeamento de doenças de pele, como também para cuidados estéticos. A influência genética e dos ambientes também são fatores a serem levados em consideração.

      Pesquisadores estudaram separadamente tecidos de diferentes partes do corpo da pele feminina e masculina após separar os tecidos, notaram uma diferença significativa na anatomia, fisiologia, epidemiologia e na aparição algumas doenças nos diferentes sexos. Em mulheres tem uma manifestação maior de doenças relacionadas a distúrbios despigmentastes, doenças capilares, problemas psicossomáticos, doenças autoimunes e alergias. Já os membros do sexo masculino apresentam mais doenças relacionadas a infecções na pele.

      Comprovadamente há mais doenças dermatológicas relacionadas ao sexo feminino, e infelizmente muitas das vezes o motivo da diferença do sexo apresentarem as doenças, ainda são desconhecidas. Entretanto, fatores como os hormônios sexuais, etnias, o ambiente e o comportamento podem influenciar em alguns casos.

      Estudos feitos com amostras de pele da parte interna do braço de homens e mulheres de diferentes idades, comprovou que a pele masculina é mais espessa que a feminina. Entretanto a epiderme e o tecido subcutâneo das mulheres é mais espesso.

      Uma pesquisa feita no ano de 1975 com um grande número de pessoas, que mediu o colágeno da pele do antebraço e espessura da derme, com esse estudo concluiu que com o passar do tempo e o envelhecimento cutâneo, teve uma diminuição significativa do colágeno, e que em homens essa diminuição é ainda maior. Concluíram que os homens começam a diminuir a espessura da pele a partir dos vinte anos de idade, já as mulheres começaram a ter uma diminuição da espessura da pele próximo aos cinquenta anos de idade. Com isso chegou à conclusão que o afinamento da pele está diretamente ligado a perda de colágeno da pele.

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