O Ensino e a Aprendizagem
Monica Regina de Souza
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Alfabetização e Letramento. Primavera do Leste, MT.
Elizangela Queiroz Teixeira
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.
Suellen Cristina Peres de Sousa
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Educação Infantil nfantil e Séries Iniciais. Primavera do Leste, MT.
Dairlene Boeno Neres
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Series Iniciais. Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional. Primavera do Leste, MT.
Hugneia Oliveira Faria
Licenciatura Plena em Pedagogia. Licenciatura Plena em Historia. Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. Primavera do Leste, MT.
Os desafios do mundo contemporâneo refletidos na rápida evolução da ciência e da tecnologia demandam cada vez mais profundas e urgentes inovações educacionais, tanto na forma, quanto nos conteúdos ensinados em todos os níveis. Isso é reflexo direto de uma sociedade cada vez mais inserido em um ambiente tecnológico e globalizado que exige cada vez mais conhecimentos integrados e pessoa capazes de resolver questões universais. A ciência passa pela emergência de um novo paradigma, onde o princípio da “separabilidade” é questionada e a compreensão das relações e interdepedência entre os sistemas, ou seja, o princípio da complexidade de Edgar Morin está presente nas novas teorias que sustentam o objeto da pesquisa em pauta.
Ao refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem, torna-se necessário compreender o conhecimento como um todo, que se conecta com as diferentes áreas do saber, pertinente se faz, a compreensão, acerca da disciplinarização, ou seja, a fronteira disciplinar. Para Morin (2002), linguagem disciplinar, bem como seus conceitos, isola a disciplina em relação às outras, e relação aos problemas que se sobrepõem às mesmas.
Com a necessidade de contextualizar o processo de Ensino e Aprendizagem de Ciências, a prática interdisciplinar vem sendo uma grande proposta, justamente por promover a junção de conhecimentos de forma que o alunado relacione o seu meio social, cultural, político e ambiental. Nesta perspectiva, busca superar a fragmentação do conhecimento proposto pela disciplinaridade do pensamento cartesiano.
Desta forma, uma abordagem que esteja sempre a guisa do enfrentamento ao conhecimento fragmentado e se coloque à disposição para romper as barreiras do universo científico é a interdisciplinaridade que busca no mais íntimo conhecimento do indivíduo, suas apreensões mais conexas acerca do conhecimento uno e integrado. É inadmissível estar fragmentado em uma sociedade integrada. Neste sentido, a temática deste projeto versará sobre a contextualização através da técnica da hidroponia no ensino de ciências, aliado à proposta interdisciplinar, cujas bases estão no pensamento complexo, o qual se refere à capacidade de interligar diferentes dimensões do real, se estabelece como requisito para o exercício da interdisciplinaridade.
A contextualização no ensino de Ciências pela técnica da hidroponia, com a abordagem interdisciplinar passa a ser uma estratégia no processo de ensino e aprendizagem a fim de contribuir com a formação dos indivíduos atuantes na sociedade não mais com bases nas mentalidades fragmentadas. Contextualizar, na orientação moriniana, é problematizar o objeto em estudo, no caso da pesquisa o ensino aprendizagem, da ciência, por meio da técnica da hidroponia fazendo a ligação com a realidade, ou seja, situando-os no contexto. Para o autor, a contextualização da educação escolar é, assim, um processo dialético. “O conhecimento das informações ou dos dados isolados em seu contexto é insuficiente. É preciso situar as informações e os dados no seu contexto para adquirirem sentido. Para ter sentido a palavra necessita do texto, que é o próprio contexto, e o texto necessita do contexto no qual se anuncia” (MORIN, 2000, p.36).