20/11/2018

O custo da busca constante do conhecimento

O autor é articulista, contador (UFSC), pós-graduado em Gestão de Empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), consultor de empresas, presidiu o Conselho Regional de Contabilidade/SC por dois mandatos.

Ao longo de nossas vidas temos uma grande trajetória na busca do conhecimento. Quando crianças, vamos buscando as primeiras imagens, as primeiras palavras. Mas, o custo começa efetivamente quando ingressamos na pré-escola. A qual é sucedida pelo ensino fundamental, ensino médio, graduação universitária, pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado. 

Além dessa linha sucessória de estudo, qualquer que seja nossa formação profissional, ainda precisamos da educação continuada para agregar novos conhecimentos das tendências de mercado. 

Considerando a profissão de contador, a qual exerço, e penso não ser diferente em tantas outras, o custo se multiplica. Isto por conta da caótica legislação tributária, trabalhista, e previdenciária que existe em nosso país. 

Segundo os institutos especializados, como o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), por exemplo, no Brasil, uma norma tributária se altera a cada 36 minutos, quer no âmbito Municipal, Estadual ou Federal. Assim, para manter-se atualizado em toda essa legislação, às vezes é preciso atualização diária, dependendo do segmento econômico do cliente que atendemos. 

Esse conhecimento costumamos buscar em nossas entidades classistas profissionais e empresariais. E devemos deixar claro aqui, que esse processo não inclui apenas os diretores das empresas contábeis, mas também todo seu staff profissional, pois do contrário estaríamos colocando em risco a atividade de nosso cliente o serviço prestado a ele. Ainda, em alguns casos específicos, se faz necessário a contratação de profissionais especializados para atualizações dentro da própria organização. 

Do mesmo modo, a busca pelo conhecimento não se restringe a área técnica, é necessário atualizar-se a respeito de áreas que não são o foco principal da empresa, como a das tecnologias, novidades e gestão, participando em convenções profissionais; congressos da categoria; grupos de empresas para troca de informações e networking. 

Nesse contexto se inclui o custo dos dias de participação nos eventos, o deslocamento, hospedagem, alimentação e a esticada de uns dias a mais, nos casos de viagens distantes.

Por fim, para nos mantermos nesse nível de conhecimento e atualização, se formos calcular todas as etapas, teremos um alto investimento em nossas organizações, a exemplo, em nossa empresa em 2017, foram mais de 1.500 horas de treinamento envolvendo toda a equipe, o que se reverte na qualificação do capital humano e no diferencial de atendimento.  

 

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