06/10/2022

O CÂNCER DE MAMA – UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO NA LITERATURA DISPONÍVEL

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MENDONÇA, João Paulo Santos Neves.*;

DA SILVA, Roselena Alves Lima.**;

ROBE, Larissa Oliveira.**;


* Professor Orientador. Docente na Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste. Mestre em Ciências da Educação. Especialista em Docência do Ensino Superior. Graduado em Química e Pedagogia.

**Graduandas pela Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste.


      O Câncer de mama é uma das doenças que ataca as células anormais, desordenadamente que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos o câncer de mama tem como principais causas as mudanças nos hábitos de vida e no perfil epidemiológico da população. O câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras. Representando um grande problema de saúde pública em todo mundo.

      O Brasil tem acompanhado as altas taxas de incidência e mortalidade câncer de mama dos pais desenvolvidos, as medidas necessárias a prevenção ao controle da doença foi estimada para o ano de aproximadamente novos casos de câncer de mama, uma sobrevida mundial de São observadas na américa do norte, na Oceania e alguns países europeus, como a franca, a Inglaterra e a Holanda. O risco desta neoplasia entre mulheres da raça branca nos estados é o mais elevado mundialmente mulheres por ano; taxas iguais ou superiores.

      Acredita-se que o autoexame das mamas apresenta grande importância frente a detecção precoce de nódulos e ou cistos mamários, mas ainda assim é discutido se sua realização deve ocorrer de maneira recorrente ou ocasional, sendo constatado em que o câncer de mama é um tumor com alta probabilidade de detecção precoce, torna-se indispensável o desenvolvimento de medidas educativas e promoção da saúde, e na demonstração da técnica correta, objetivando a promoção do autocuidado, da autonomia e do empoderamento do próprio corpo.

      É essencial ressaltar que o autoexame das mamas não diagnostica o câncer de mama, mas é uma forma de rastreio, e apesar de ser estimulado o mesmo não pode ser utilizado de forma isolada. Realizado por médicos e enfermeiros o exame clínico das mamas é essencial para o diagnóstico do câncer, devendo ser executada como parte do exame físico e ginecológico, na qual possui um significativo papel na prevenção do câncer de mama, principalmente devido seu baixo custo e fácil acesso na atenção básica, além de constituir como base para a solicitação de exames complementares.

      Recomendado as mulheres da faixa etária de 40 anos em que devem estar realizando o exame clínico das mamas anualmente. Já as que são classificadas com risco elevado devem estar realizando anualmente a partir dos 35 anos de idade. Baseado na seriedade do rastreamento e detecção precoce do câncer de mama recomenda-se a mamografia que é uma radiografia realizada por um aparelho de raio X, denominado mamógrafo, no qual é capaz de detectar alterações celulares suspeitas do câncer antes do aparecimento dos sintomas, isto é, antes de ser identificado na palpação das mamas, sendo assim o rastreamento monográfico facilita a detecção precoce no diagnóstico.

CÂNCER DE MAMA – CASOS REGISTRADOS NO BRASIL

      Para o ano de 2021 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 a estimativa é de 66.280 novos casos de câncer de mama no país. O risco estimado é de 61,61 casos por 100 mil mulheres.

      A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente. O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres. No Brasil, ocorreram, em 2017, 16.724 óbitos por câncer de mama feminina, o equivalente a um risco de 16,16 por 100 mil. Não existe somente um fator de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é considerada o mais importante.

      O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários. São eles: retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço. Como medidas que podem contribuir para a prevenção primária da doença, estimula-se, portanto, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar é também um fator protetor.

      Por ser invasivo, o câncer de mama triplo negativo é capaz de se espalhar por outras células e se dissemina rapidamente. Além disso, a sua chance de retorno após o tratamento é alta. Por isso, é um dos piores tipos. O caroço, também chamado nódulo, do câncer de mama, normalmente surge em qualquer região da mama e também na axila. Porém, em um tipo raro de câncer de mama inflamatório, normalmente a paciente não nota nenhum tipo de caroço nos seios, e os sintomas são apenas vermelhidão local, dor, inchaço e coceira.

      O paciente é considerado curado após cinco anos sem recidiva da doença. necessidade frequente de exames: esse fator pode variar de acordo com a anomalia cancerígena. Ao final de um tratamento, é comum que o oncologista avalie o paciente para verificar qualquer coisa relacionada a enfermidade. Muitas pessoas perderão parte ou todo o cabelo como efeito do tratamento para o câncer de mama. Esse é um dos efeitos colaterais mais conhecido da quimioterapia. Filmes, novelas e séries já mostraram essa queda do cabelo durante o tratamento oncológico e a forma que as pacientes mulheres lidam com esse momento.

      De acordo com o Ministério da Saúde, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos pode reduzir em até 28% o risco do câncer de mama. Em relação à alimentação, o recomendado é evitar ao máximo os alimentos industrializados, como os enlatados, ou carnes processadas. O câncer de mama dói, em geral, somente quando a doença já se encontra em estágios avançados, por isso mesmo todos os cuidados para a identificação imediata de ocorrência de câncer devem ser tomados por toda e qualquer mulher.

      Um nódulo mamário pode ser de qualquer tamanho, e o tamanho não afeta as chances de que seja câncer. Sempre que sentir algo em sua mama, que seja novo ou diferente, ainda que pequeno, consulte seu médico. Eles se desenvolvem normalmente em mulheres em idade fértil, e podem diminuir de tamanho com o passar do tempo. Os fibroadenomas podem ser erroneamente considerados câncer de mama, mas eles não são. Alguns tipos de fibroadenoma não parecem aumentar o risco de câncer de mama.

      Mas, saiba que muitas dessas pacientes vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico. Os números abaixo são do banco de dados do Instituto Nacional de Câncer Americano (SEER - Surveillance, epidemiology, and. end. resultes), que rastreia as taxas de sobrevida em 5 anos para o câncer de mama. Algumas alterações no tecido mamário geralmente desaparecem em 6 a 12 meses, mas podem eventualmente levar mais tempo. A radioterapia com feixe externo também pode provocar efeitos colaterais tardios: Algumas mulheres podem sentir que a radioterapia torna a mama menor e mais firme.

      As diretrizes internacionais indicam que a radioterapia deve começar dentro de 8 semanas após a cirurgia, preferencialmente entre 4 e 8 semanas, a menos que haja uma razão médica pela qual seu início deve ser atrasado, como uma infecção na ferida ou atraso na cicatrização. O tempo varia de acordo com a agressividade do tumor. No caso das doenças mais agressivas, pode levar poucas semanas, nas mais indolentes pode demorar muitos meses. Isso vale para os cânceres sólidos, bem como para os hematológicos.

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

      Identificar o câncer de mama nas fases iniciais é o maior aliado para um tratamento eficaz, aumentando assim as chances de cura e a qualidade de vida. De acordo com o Instituto Oncorquia, 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm possibilidade de cura. Mas, para conseguir o diagnóstico do tumor cedo, é preciso de informação e cuidados. Entender o que é o câncer de mama, prestar atenção a alterações suspeitas nas mamas e realizar exames preventivos de rastreamento são medidas essenciais para conseguir o diagnóstico precoce. Fazem parte da Jornada do paciente e dos cuidados que a mulher deve ter consigo ao longo da sua vida.

      Esses exames são realizados com o objetivo de detectar o câncer ou lesões pré-malignas quando ainda não se apresenta sintomas ou qualquer outro sinal. Eles são feitos para diagnosticar certos tipos de cânceres em determinadas pessoas da população que possuem risco aumentado para cada um deles.

      No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, a mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. O diagnóstico precoce oferece maiores chances de cura e aumenta a sobrevida de pacientes que sofrem com doenças graves, possibilitando que a intervenção seja realizada antes de prováveis agravamentos no quadro, ou seja, ainda em fases iniciais em que o prognóstico é positivo na maioria dos casos.

      A detecção precoce e o pronto início do tratamento têm importante papel na redução da mortalidade e morbidade do tratamento. O melhor entendimento da relação entre estes fatores é de fundamental importância para o desenvolvimento de estratégias de saúde pública para detecção precoce do câncer infantil.

      Tem o objetivo de eliminar os bacilos latentes ou persistentes, não eliminados na primeira fase, reduzindo a possibilidade de o paciente ter a doença novamente, de maneira recidiva. Consultas e exames preventivos são fundamentais para manter a sua saúde em dia, ajudando a detectar doenças e desequilíbrios no organismo, principalmente aqueles que não dão sinais logo no início. Debate: A importância do diagnóstico: impacto na saúde e no cidadão.

      Os resultados dos testes de diagnóstico são uma fonte crítica de informação objetiva para melhorar as decisões de saúde e desempenham um papel essencial ao longo de quase todo o contínuo um dos cuidados de saúde. O diagnóstico preciso é fundamental para que os médicos possam identificar corretamente os elementos que estão afetando a saúde de seus pacientes. Consequentemente, é possível estabelecer a melhor conduta para restabelecê-la. É imprescindível discernir, com clareza, a natureza dos problemas de saúde.

      A mamografia anual é o principal exame de rastreamento para o diagnóstico precoce. O procedimento é rápido, não necessita de preparo e pode ser solicitado pelo seu médico. Já as mulheres classificadas como alto risco se beneficiam da ressonância magnética das mamas anual adjunta à MMG. A mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

      Fora dessa faixa etária e dessa periodicidade, os riscos aumentam e existe maior incerteza sobre benefícios. Mamografias anuais, começando aos 40 anos de idade. Mulheres com idade entre de 45 e 54 anos devem fazer mamografias anualmente. Mulheres com 55 anos ou mais devem fazer mamografias a cada 2 anos ou podem continuar o rastreamento anual, dependendo da orientação do médico.

      O rastreamento do câncer de mama é uma estratégia que deve ser dirigida às mulheres na faixa etária e periodicidade em que há evidência conclusiva sobre redução da mortalidade por câncer de mama e na qual o balanço entre benefícios e danos à saúde dessa prática é mais favorável. O rastreamento mamográfico consiste em realizar mamografia anual em mulheres com 40 anos ou mais. A partir dos 70 anos, a frequência dependerá do critério médico. Para mulheres com risco aumentado, a mamografia deve ser anual a partir dos 35 anos de idade.

      O exame de sangue é útil no diagnóstico do câncer de mama, pois normalmente quando há algum processo cancerígeno, algumas proteínas específicas têm sua concentração aumentada no sangue, como por exemplo o CA125, CA 19.9, CEA, MCA, AFP, CA 27.29 ou o CA 15.3, que é normalmente o marcador mais solicitado pelo médico.

      Já o laboratório Delboni oferece o teste genético BRCA 1 e 2 por R$ 6 mil, enquanto o painel genético completo que prevê mais mutações relacionadas ao câncer de mamas e ovários sai por R$ 16 mil. O diagnóstico de câncer de mama é realizado através da biópsia de nódulo de mama visto em um exame de imagem. Toda mulher com mais de 40 anos deve realizar mamografia para rastreamento de neoplasia de mama anualmente.

ESTRATÉGIAS DE SAÚDE FRENTE AO CÂNCER DE MAMA

      Entre as medidas que contribuem para prevenir o câncer de mama estão a adoção de comportamentos protetores, como seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado. Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença. A mamografia é o método preconizado para o rastreamento, sendo o mais eficaz para detecção precoce de câncer de mama e a única modalidade de triagem que provou reduzir a mortalidade por esta doença.

      O impacto do rastreamento mamográfico na redução da mortalidade por câncer de mama pode chegar a 25-30%. O profissional de enfermagem deve fazer uso da escuta qualificada e, através dela, detectar fatores de risco para o câncer de mama, além de instruir a população sobre esses possíveis fatores e como evitá-los, aumentando assim, a qualidade de vida e diminuindo as chances de um diagnóstico positivo para o câncer de mama.

      Estima-se que 30% dos casos da doença possam ser evitados quando são adotadas práticas saudáveis como: praticar atividade física regularmente, alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Amamentar também é um importante fator de proteção.

      Estudos nacionais e internacionais comprovam que a identificação precoce de um câncer de mama possibilita chance de cura de até 95%. Por isso, além da prevenção a respeito dos fatores de risco, os médicos batem com insistência na tecla da importância do rastreamento por meio da realização de mamografias periódicas. A mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Fora dessa faixa etária e dessa periodicidade, os riscos aumentam e existe maior incerteza sobre benefícios.

      Esses fatores incluem: história de menarca precoce idade da primeira menstruação menor que 12 anos, menopausa tardia após os 55 anos, primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais estrogênio-progesteronae terapia de reposição hormonal pós-menopausa estrogênio-progesterona).

      As recomendações para o rastreamento do câncer de mama mulheres assintomáticas oram:  recomendação contrária forte ao rastreamento com mamografia em mulheres com menos de 50 anos; recomendação favorável fraca ao rastreamento com mamografia em mulheres com idades entre 50 e 69 anos; recomendação.

      Por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados é possível reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. A prevenção está classificada a como primária, secundária, terciária e quaternária quinquenara. Os cuidados integrais com a saúde implicam ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e fatores de risco e, depois de instalada a doença, o tratamento adequado dos doentes. Esses três tipos de ação têm áreas de superposição, como seria de esperar.

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