Neuroeducação: Um Novo Olhar no Processo Ensino-Aprendizagem
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A educação é primordial para o desenvolvimento de toda e qualquer sociedade, sendo assim, faz-se mister trabalhar a transdisciplinaridade que se baseia na tríade educação, neurociência e psicologia para melhor entendimento bem como efetividade dos processos cognitivos e emocionais e como eles poderão contribuir para o processo ensino-aprendizagem, dando origem a neuroeducação.
De acordo com o CER (plataforma digital de estudos, pesquisas, ferramentas e tecnologias sobre educação empreendedora) SEBRAE[1], a neuroeducação é uma área do conhecimento que ainda está sendo estudada para auxiliar a educação.
Apesar de ser uma nova área, trata-se de algo promissor que explorará campos como emoções, aprendizagem multissensorial, neurônio-espelho e a plasticidade do cérebro.
Cabe observar que as emoções são um dos pilares do processo ensino-aprendizagem, o que é corroborado por mim no livro Gestão Afetiva: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais, publicado pela WAK em 2020, ao qual é pontuado que somos movidos pelas emoções, ou seja, somos mais emotivos que racionais.
A emoção bem trabalhada será o cerne para uma educação eficiente e realmente transformadora, já que em seu âmbito será trabalhada a curiosidade, criatividade, sensações diversas que favorecerão na assimilação dos conteúdos ministrados.
De acordo com o CER, a aprendizagem multissensorial foca os sentidos e nisso é evidenciado que quando todos são estimulados, o cérebro trabalha com mais efetividade e rapidez, mas para isso, faz-se necessário mais dinamicidade, práticas investigativas bem como diversificar todos os meios sensoriais, sem que haja sobrecargas e respeitando claro, as especificidades de cada discente.
Obviamente, nossos antepassados aprendiam por observação e/ou imitação, e isso deu origem ao que denominamos neurônio-espelho, ou seja, os seres de mesma espécie reproduzem comportamentos, e no caso da educação, a aprendizagem é feita com exemplos e vivências.
Importante salientar a relevância em perceber a plasticidade do cérebro, região em que a neurociência pontua sua adaptabilidade ao longo de nossa existência, já que ele vai mudando de acordo com o nosso desenvolvimento, e isso implica afirmar que estímulos específicos auxiliam no desenvolvimento de novas conexões neurais.
Assim sendo, a neuroeducação será trabalhada de forma eficiente e eficaz quando as emoções forem estimuladas, a aprendizagem ultrapassar o quadro e giz e se fazer também por meio de experiências e vivências, ressignificando a utilidade dos conteúdos ministrados, explorando outros ambientes além das paredes de uma sala de aula, bem como tirando o aluno do processo passivo e transformando-o em um agente protagonista do processo ensino-aprendizagem.
O CER complementa que por meio da neuroeducação, alcançaremos na educação o respeito à individualidade e as especificidades de cada educando, mais motivação e engajamento dos envolvidos, desenvolvimento de novas habilidades, conteúdos mais prazerosos facilitando assimilação, sensação de pertencimento em relação as equipes e as instituições, fortalecendo assim o vínculo entre o docente e o discente bem como uma maior retenção dos estudantes e em concomitância, minimizando sua evasão, além de um fortalecimento das relações interpessoais o que promoverá claro as relações mais saudáveis.
Enfim, cabe a nós educadores, sermos eternos pesquisadores e estudiosos para que possamos buscar todos os recursos para oferecermos sempre uma educação de qualidade para nossos educandos.
[1] https://cer.sebrae.com.br/blog/neuroeducacao/