19/03/2019

Na Fiocruz, presidente da CAPES defende expansão da pós-graduação

Anderson Correia, presidente da CAPES, afirmou que o Brasil precisa formar mais mestres e doutores e aumentar os investimentos em ciência e tecnologia. A declaração foi dada durante palestra na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última quarta-feira, 13. Participaram do evento, Nísia Trindade Lima, presidente da instituição, João Paulo Giliardi, diretor, Renato Cordeiro, coordenador do Núcleo de Estudos Avançados, e Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Na palestra ‘A CAPES e o futuro da pós-graduação no Brasil’, Anderson Correia mostrou que, entre 2006 e 2017, a pós-graduação brasileira praticamente dobrou em diversos aspectos, como alunos matriculados e profissionais titulados. Em todo o país, o total de programas passou de 2.265 para 4.296. O aumento foi ainda mais expressivo nas regiões com maior carência de ofertas de formação, com avanço de 154% no Norte e de 125% no Nordeste e no Centro-Oeste.
Para competir no cenário internacional, de acordo com o presidente, o Brasil precisa expandir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento e melhorar a proporção de mestres e doutores na população. “Precisamos formar mais profissionais e o Brasil precisa de mais investimento em ciência e tecnologia, para abrir mais concursos públicos e desenvolver novos projetos relevantes de pesquisa em parceria com a indústria, de forma a absorver a mão de obra qualificada”, avaliou.

 

O presidente da CAPES ressaltou que a produção científica brasileira é significativa, porém é importante aumentar o impacto da pesquisa nacional e a colaboração com a indústria. Entre 2011 e 2019, o Brasil teve 535 mil artigos indexados na base de dados Web of Science, alcançando o 13º lugar no ranking internacional. Calculado com base nas citações de publicações científicas, o índice de impacto dos trabalhos ficou em 0,77. Além disso, 1,1% dos artigos foram produzidos em parceria com o setor industrial. Para comparação, a Coreia do Sul, que ocupa o 12º lugar no ranking, publicou 610 mil estudos, com índice de impacto de 0,92 e 3,8% de publicações em colaboração com a indústria. 

Anderson Correia destacou a relevância da pesquisa desenvolvida na Fiocruz. Em 10º lugar no ranking de instituições brasileiras em volume de publicações, a Fundação teve 13 mil artigos divulgados no período, que alcançaram um índice de impacto de 1,03 – o maior da lista.
Segundo José Paulo Giliardi, de 1980 a 2018, a Fiocruz formou 1.732 mestres e 1.094 doutores. “Apoiaremos a CAPES em todas as suas iniciativas para formar recursos humanos qualificados e minimizar a diáspora de cientistas brasileiros. Uma política nacional será fundamental para enfrentar esse desafio”, declarou.


Com informações da Comunicação do Instituto Oswaldo Cruz
(Brasília – Redação CCS/CAPES) - 18.03.2019

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