Modelo de organização – Estrutura Missionária
Jorge Barros
Pós-graduado e Mestre em Administração e Gestão Escolar, Doutor em Administração e Gestão Educativa e Escolar, Professor no 2.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres (ESLA), Quarteira
A estrutura missionária é uma variante da burocracia profissional e da estrutura simples, o que sugere a existência de uma estrutura híbrida. Neste âmbito, o trabalho é muitas vezes repetitivo e rotineiro, como a burocracia mecanicista; os membros trabalham muitas vezes em células ou ordens quase autónomas, como a estrutura divisionada; e os membros estão dispostos a cooperar uns com os outros sempre que é necessário, como na adocracia.
É uma estrutura em que não existe a divisão do trabalho e nem é necessária, já que existe pouca especialização das tarefas e reduzida diferenciação entre o vértice e o resto da organização.
Trata-se de uma estrutura correspondente a uma organização de tal modo dominada por uma ideologia, o que faz com que as organizações missionárias por norma não sejam jovens, já que demora algum tempo a se desenvolver uma ideologia, pelo que este tipo de organizações se encontra, por exemplo, nas ordens religiosas, nas cooperativas primitivas de agricultores e em alguns clubes.
Os membros deste tipo de organização exercem instintivamente em conjunto força na mesma direção, com coesão, o que faz com que não seja necessária a divisão do trabalho. Há ainda pouca especialização das tarefas e reduzida diferenciação entre o vértice estratégico e o resto da organização
A tecnoestrutura da organização missionária é mínima, uma vez que por não serem necessários outros mecanismos de coordenação, não há formalização de comportamento ou se existe ela é reduzida, e o uso de sistemas de planeamento e controlo também é mínimo.