21/10/2006

Mimeógrafo ainda resiste ao tempo nas escolas

Baixo custo. Este é o motivo que ainda mantém mimeógrafos em funcionamento em escolas do interior do Paraná e mesmo na capital, Curitiba. Apesar da chegada dos computadores, professores ainda usam o equipamento para produzir material didático para os alunos. Todas as escolas de Curitiba ainda preferem as cópias à moda antiga à fotocópia.

Elisabete Rocha, gerente pedagógica do Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Ensino de Curitiba, afirma que o equipamento, inventado em 1887 por Thomas Edison, ainda tem a preferência nas escolas da prefeitura. “Todas as escolas ainda têm mimeógrafos. Com a ida das impressoras, o que mudou foi a qualidade do material produzido. Tudo ainda é rodado no mimeógrafo, aquele manual, à álcool”, afirma.

Isso não significa que as escolas paranaenses deixem de aproveitar as vantagens oferecidas pela tecnologia. Beatriz Micaloski Kowalski, professora da Escola Júlio Moreira, em Curitiba, afirma que utiliza o computador em sua aula, porém, sem deixar o mimeógrafo de lado. “O computador ajuda na hora de trabalhar informações com os alunos. Na internet encontramos diversos sites, que servem com base de conteúdos nas aulas. Mas nosso grande problema é o custo da tinta. Temos que recorrer ao mimeografo que produz uma quantidade grande com um custo muito menor”, diz Beatriz.

Quando os professores precisam de um material com melhor qualidade, a escola tem a opção da fotocópia, porém as cotas para cada escola são limitadas. “Para um material que demanda melhor apresentação, as escolas têm liberdade de usar as máquinas de cópias. Porém a cota do mimeógrafo é livre, a das fotocópias não. Todas as escolas têm impressora, mas o número de folhas que cada turma produz ao ano é muito grande, vale a pena usar o mimeógrafo”, afirma Elisabete Rocha.

Pesquisa mostra a importância do equipamento para as escolas
Ministério Público promove encontro sobre educação

Começou ontem, em Curitiba, o II Encontro Temático do Ministério Público pela Justiça na Educação promovido pelo Centro de Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Paraná. Destinado a membros do MP, juízes de Direito, advogados, integrantes de Conselhos Municipais e Tutelares, dirigentes de educação e profissionais do magistério, o evento tem como um de seus objetivos principais a aproximação entre os representantes do Ministério Público e do Judiciário dos profissionais da área educacional.

A abertura do seminário foi conduzida pelo procurador-geral de Justiça, Milton Riquelme de Macedo, seguido da palestra Ética e Educação, do professor Roberto Romano, titular de Filosofia da Universidade de Campinas (Unicamp).

Hoje o encontro recomeça às 8 horas, com a apresentação Financiamento da Educação Básica, do secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes.

O coordenador do encontro, promotor de Justiça Clayton Maranhão, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Educação, conta que, além de buscar uma maior integração entre os membros do Ministério Público e a comunidade escolar, o seminário foi desenvolvido para possibilitar a troca de experiências concretas entre os participantes.

Entre as questões que serão debatidas, o promotor destaca a parte do financiamento da educação, a importância dos conselhos municipais de educação, a educação especial e a educação básica.

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