Memórias e saberes são elementos marcantes da Feira de Caruaru
Local era ocupado por uma fazenda, situada num dos caminhos do gado, onde costumavam parar vaqueiros, tropeiros e mascates
A Feira de Caruaru (PE) é um lugar de memória e de continuidade de saberes, fazeres, produtos e expressões artísticas tradicionais que continuam vivos.
Exemplos disso são o comércio de gado e dos produtos de couro, os brinquedos reciclados, as figuras de barro inventadas por Mestre Vitalino, as redes de tear, os utensílios de flandres, o cordel, as gomas e farinhas de mandioca, as ervas e raízes medicinais. Sem a dinâmica e o mercado da feira, esses saberes e fazeres teriam desaparecido.
A feira foi inscrita no Livro de Registro dos Lugares em 2006. Surgiu em uma fazenda situada em um dos caminhos do gado, entre o sertão e a zona canavieira, onde pousavam vaqueiros, tropeiros e mascates.
No final do século XVIII, foi construída nesse local a capela de Nossa Senhora da Conceição, ampliando a convergência social e fortalecendo as relações de trocas comerciais em torno do lugar. Assim, a feira cresceu juntamente com a cidade e foi um dos principais motores do seu desenvolvimento social e econômico.
Fonte: Iphan