MEC trabalha para implementar educação quilombola nas escolas
O Ministério da Educação realizou nesta quinta-feira, 30, a segunda webconferência sobre educação escolar quilombola, com a participação de gestores, professores e sociedade civil. A iniciativa dá prosseguimento ao esforço do MEC pela implementação das diretrizes nacionais curriculares voltadas a essa comunidade nas escolas.
A titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira, destacou que as diretrizes foram aprovadas em 2012, mas que ainda há um grande desafio pela frente: fazer com que as diretrizes cheguem às escolas, nos currículos e na formação de professores.
“Nós sabemos que a formação do professor é que vai realmente fazer com que essas práticas cheguem às salas de aula”, disse Ivana, que também falou da importância de se reconhecer a história e as tradições dos quilombolas. “Nós precisamos reconhecer a cultura desses povos para que possamos enriquecer ainda mais a cultura brasileira”.
Givânia Silva, representante da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq), lembrou que a participação das comunidades remanescentes de quilombos foi essencial para a construção das diretrizes. “Essas orientações vêm justamente desse diálogo e desse enfrentamento do movimento em relação a pensar uma educação que tenha as características próprias das comunidades”, celebrou.
O encontro também serviu para difundir parcerias. A coordenadora-geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais do MEC, Raquel Nascimento Dias, destacou o projeto Conhecendo o Brasil, desenvolvido junto à Fundação Palmares. “Nós estamos fazendo a capacitação de gestores e professores por meio de um material didático feito por eles, contando a história da África ao Brasil”, explicou. O objetivo é fazer com que o material seja utilizado também em sala de aula, saindo do ambiente exclusivo das bibliotecas.
Outra ação está sendo desenvolvida junto à Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A parceria vai viabilizar a entrega para as comunidades do Rio Grande do Sul de um material construído na Universidade Federal de Pelotas, sobre a história dos quilombos do estado.
Assessoria de Comunicação Social - MEC (30.03.2017)