27/03/2018

MEC entrega obras de reforma do Complexo Cultural da Fundaj, em Recife

O ministro da Educação, Mendonça Filho, entregou, nesta segunda-feira, 26, as obras de reforma do Complexo Cultural da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), sediado no Edifício Ulysses Pernambucano, no bairro do Derby, em Recife. O Ministério da Educação investiu R$ 8 milhões no equipamento e a reabertura aconteceu após um longo período de reformas, iniciado em fevereiro de 2015.

Mendonça Filho ressaltou a importância da obra para a sociedade e destacou a necessidade de modernização do complexo. “A Fundação Joaquim Nabuco é uma instituição séria, respeitada na história de Pernambuco, mas durante um período esteve, de certo modo, esquecida, abandonada e necessitava de algumas iniciativas que pudessem levar adiante projetos importantes dentro dessa própria casa”, disse o ministro.

“Quando assumimos o MEC, nós observamos que era inaceitável que este prédio estivesse fechado à sociedade pernambucana. Ele precisava ser recuperado, ampliado e modernizado, como um espaço de cultura, de acesso à educação e formação de bons gestores públicos”, disse.

O ministro afirmou que era seu dever concluir a obra de reforma. “Era meu dever, minha obrigação, como cidadão recifense e pernambucano, que ama esse estado, fazer esse esforço para que pudéssemos concluir esta belíssima obra. Foram mais de R$ 8 milhões investidos, um prédio absolutamente modernizado, que hoje está à disposição da sociedade”, pontuou.

O Edifício Ulysses Pernambucano é um dos três campi da Fundaj e retoma as atividades mantendo suas características originais com melhorias para receber o público e tecnologias de ponta.

Além disso, passa a contar com novos equipamentos educacionais e culturais, como a Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP) e a sala de leitura que foram repaginados e modernizados. Os locais se juntam ao tradicional Cinema da Fundação, ao Centro Audiovisual Norte e Nordeste (Canne), à Galeria Vicente do Rego Monteiro, à Massangana Produções Audiovisuais e Educacionais (MMP) e à Biblioteca Nilo Pereira.

A Fundaj do Derby também é sede da Unidade Central da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Meca) e da Coordenação Administrativa e Financeira (Coex). Todos esses setores retornam às suas sedes oficiais após realocação iniciada em janeiro de 2014, para os campi Casa Forte e Apipucos.

 

Cinema – Um dos locais mais esperados pelo público recifense é o Cinema da Fundação/Derby, que volta às atividades depois de uma ampla reforma, a segunda de sua história. O cine retoma suas características arquitetônicas originais, como as janelas que dão para o Rio Capibaribe e o jardim interno. A reabertura ocorreu em grande estilo, com a exibição em cópia restaurada em 4k de um dos clássicos do Cinema Novo, Vidas Secas (1963), baseado na obra literária de Graciliano Ramos e dirigido por Nelson Pereira dos Santos.Ao todo, a sala conta agora com 160 lugares, com assentos especiais para obesos e espaços para cadeirantes e pessoas de mobilidade reduzida, obedecendo a conceitos ergométricos de bem-estar.

A data de retorno da sala da Fundaj também é especial: o espaço volta para o público três dias depois em que se completam 20 anos da exibição inaugural do Cinema da Fundação, ocorrida em 23 de março de 1998, com a apresentação do longa-metragem inglês Bent, de Sean Mathias. Nestes 20 anos de história, o Cinema da Fundação/Derby ajudou na formação de uma geração inteira de cinéfilos e novos cineastas, que tornaram Pernambuco um dos estados mais importantes na renovação do atual cinema brasileiro.

Inovação – Na cerimônia de entrega das obras de recuperação do complexo cultural, Mendonça Filho visitou a nova sede da EIPP, localizada nesse mesmo prédio. Para celebrar o lançamento e seguir o objetivo de desenvolver pessoas e ideias, aproximando academia, gestores e sociedade, a EIPP programou uma semana de atividades especiais.

Homenagem – Durante a solenidade de reabertura do Complexo Cultural da Fundação Joaquim Nabuco, o jornalista e realizador pernambucano, Geneton Moraes Neto, morto em 2016, foi homenageado com uma mostra de sua obra, digitalizada recentemente em 4k, pela Cinemateca Pernambucana.

Geneton foi dos principais diretores ligados ao movimento Super-8 do Recife, nos anos 1970, e seu trabalho foi apresentado pelo crítico e professor da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Machado Júnior, curador da mostra Marginália 70: o experimentalismo no Super-8 brasileiro (Itaú Cultural, 2001-2003).

Assessoria de Comunicação Social - MEC (26.03.2018)

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