14/03/2018

MEC e Universidade Católica da América discutem parceria para preservação de acervo

O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu a vice-reitora da Universidade Católica da América, Duilia de Mello, para falar sobre possíveis ações de cooperação do MEC junto à Biblioteca Oliveira Lima. Duilia esteve acompanhada pela curadora interina da biblioteca, Nathalia Henrich, que tem dedicado a vida ao estudo do legado cultural e histórico do diplomata brasileiro Manoel de Oliveira Lima (1867-1928), responsável por construir um dos maiores acervos brasilianos (pertencentes ao Brasil) fora do país. 

“É um patrimônio bibliográfico dos mais relevantes do mundo”, comentou Mendonça Filho. “Oliveira Lima foi um nome fenomenal do ponto de vista da diplomacia e da cultura, e a preservação daquilo que ele construiu em seu acervo bibliográfico é muito importante. Creio que essa parceria envolvendo o MEC e órgãos vinculados, como a Fundaj [Fundação Joaquim Nabuco] e universidades é algo em que vamos atuar para preservar.”

Duilia de Mello destacou o volume do acervo: mais de 60 mil itens na coleção. A biblioteca, que esteve fechada por dois anos, foi reaberta em 31 de janeiro e funciona no subsolo da Universidade Católica Americana. “Nosso objetivo é transformá-la em um centro, o Centro Brasil, baseado no legado de Oliveira Lima”, informou a vice-reitora. ”Viemos contar um pouco ao ministro sobre essa ideia. Queremos fazer parcerias com universidades e pesquisadores brasileiros. É a primeira vez que duas brasileiras estão encarregadas desta biblioteca e por isso estamos aqui.”

História política – A Biblioteca Oliveira Lima reconta a história da política do país, passando por sua transição da monarquia para a república aos esforços para a construção de uma identidade nacional. O acervo possui importantes obras de escritores, como Lima Barreto, Gilberto Freyre e Machado de Assis, contemporâneos de Oliveira Lima, que com eles trocava correspondências e mantinha boas relações. Nascido no Recife (PE), Oliveira Lima foi um dos mais importantes e influentes diplomatas brasileiros do fim do século 19, dividindo sua atuação com nomes como o barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco.

As obras foram doadas à Universidade Católica da América em 1916 pelo próprio diplomata, na condição de que ele pudesse organizar o acervo e mostrá-lo ao público. Oliveira Lima abriu a biblioteca em 1924, mesmo ano em que se tornou professor de direito internacional da instituição. O diplomata faleceria quatro anos depois, sendo enterrado em Washington. Nos anos seguintes, sua esposa, Flora, deu sequência ao trabalho de cuidado e alimentação do acervo, que atualmente tem passado por um processo de digitalização.

Assessoria de Comunicação Social - MEC (13.03.2018)

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