16/12/2024

MEC e MCTI lançam Programa Mais Conhecimento

Iniciativa selecionará até 50 projetos para incentivar produção de conhecimento local e formação de redes colaborativas entre instituições de ensino superior e a sociedade. Capes e CNPq concederão 1.050 bolsas.

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou na quinta-feira, 12 de dezembro, o Programa Mais Conhecimento - Rede de Engajamento para o Desenvolvimento e Sustentabilidade (Redes). A iniciativa pretende valorizar os conhecimentos produzidos localmente nas cinco regiões do país, além de formar redes colaborativas para o desenvolvimento de soluções específicas nos Arranjos Territorializados do Conhecimento Local (ATCLs). 

Os ATCLs são sistemas de produção e circulação de conhecimento que estão integrados a um determinado território. Neles, destaca-se a relação entre instituições, empresas, comunidades e universidades dentro de uma região específica, onde o conhecimento é gerado, compartilhado e aplicado de forma contextualizada. 

A cerimônia ocorreu no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRI), em Brasília (DF), durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, conhecido como Conselhão. O evento foi conduzido pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. 

Participaram da assinatura como representantes do MEC o secretário-executivo, Leonardo Barchini; o secretário da Educação Superior, Alexandre Brasil; e o secretário da Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Bregagnoli. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também esteve presente. 

Segundo Alexandre Brasil, a elaboração do Redes foca a compreensão da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão para a universidade brasileira. “Ao firmarmos este acordo, os projetos que serão aprovados deverão contemplar tanto ações de pesquisa como ações de extensão, visando à resolução de problemas identificados e existentes nos territórios, em processos que contribuirão de forma significativa para a formação de nossos alunos, tanto de graduação como de pós-graduação e até mesmo recém-egressos”, afirmou. 

Já o secretário Marcelo Bregagnoli explicou que as redes colaborativas vão promover, de forma estratégica, o desenvolvimento igualitário e sustentável, alinhando a ciência, a tecnologia e a inovação com os territórios, premissa que já integra a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “Isso fortalece a formação cidadã, já desenvolvida no âmbito das instituições da Rede Federal, e reduz as desigualdades sociais pelo próprio impacto que essas ações terão, através do apoio aos arranjos sociais e produtivos locais, nas comunidades”, informou. 

Bolsas – O programa vai selecionar até 50 projetos, que serão executados por instituições de ensino superior. Para isso, serão ofertadas até 1.050 bolsas, concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia ligada ao MEC; e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), autarquia do MCTI. As modalidades de bolsas serão iniciação à extensão, mestrado e doutorado, incluindo estágios no exterior. 

“A assinatura desse acordo de cooperação técnica é realmente um passo significativo para integrar a pesquisa e a extensão de forma mais efetiva. Ao envolver MEC e MCTI, com participação de várias secretarias e suas agências de fomento, o programa de pesquisa em rede busca fortalecer a conexão entre as universidades e as comunidades locais, promovendo soluções para problemas reais enfrentados pelo país”, afirmou a presidente da Capes, Denise Carvalho. 

Chamada pública – Os detalhes de valores, bem como critérios e exigências para submissão e aprovação dos projetos, sairão em chamada pública. As áreas a serem abordadas incluem educação, saúde, ciência, tecnologia e inovação. O resultado levará em conta a aprovação mínima de 20% dos projetos por macrorregião do Brasil, como forma de atender, de maneira equânime, a todo o território nacional, com um olhar para a redução de assimetrias e desigualdades. 

Essa chamada será voltada aos programas de pós-graduação (PPG) stricto sensu. Cada iniciativa deverá abranger no mínimo dois PPG e duas ou mais instituições da região da qual a proposta for proveniente, pelo menos um instituto federal e um dos eixos específicos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (à exceção do Distrito Federal) ou municípios do Sul e do Sudeste com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior a 0,7. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Capes - 13.12.2024

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