15/08/2019

MDR e MCTIC se unem para conversar sobre políticas de recursos hídricos

A reunião foi uma forma de intensificar os laços entre os dois ministérios para ações eficazes para água potável

 

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e o MCTIC  se comprometeram a se unir para aprimorar a Política Nacional de Recursos Hídricos. Em reunião entre nossa equipe, liderada pelo secretário executivo Julio Semeghini, e a equipe do MDR, com o secretario executivo  Mauro Biancamano, os dois ministérios resolveram intensificar as ações conjuntas e  as conversações para aprimorar a pesquisa e ações eficazes . ‘Nós temos pessoas em todo o Brasil fazendo pesquisa sobre água. “, disse o secretário executivo Julio Semeghini.

As empresas que lidam com a pesquisa sobre a água estão em franco crescimento.  As importações de material para o Brasil envolvendo produção de água potável  somou cerca de 133 milhões de reais e grandes companhias, como a LG, estão começando a investir em pesquisa e produção de tecnologias.

“Nós fizemos uma chamada pública e vimos que já existe mais de 300 pessoas ou grupos fazendo pesquisa sobre água. Uma das coisas que podemos fazer é uma apresentação para eles, para estimular.  Já tem pesquisas que são disruptivas que já começam a tratar de novas coisas que a gente precisa incentivar e fazer com que estas pessoas tenham uma oportunidade. “, disse Julio Semeghini.

“E importante que a gente possa, periodicamente, passar as novas pesquisas para vocês. Dando novos integradores, produtores.. Ligar vocês junto conosco na área de pesquisa. “, continuou

Renato Ferreira, diretor do Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográfica do MDR, iniciou a reunião fazendo uma apresentação realçando a importância do tópico para a sociedade .  Entre os principais assuntos estavam a dessalinização (com destaque para o projeto Água Doce) e o reuso de esgoto tratado.

Programa Água Doce

O  Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal que visa estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas.

Por reduzir as vulnerabilidades no que diz respeito ao acesso à água no Semiárido, o Programa Água Doce é considerado uma medida de adaptação às mudanças climáticas. Estudos indicam que a variabilidade climática na região poderá aumentar, acentuando a ocorrência de eventos extremos (estiagens mais severas) com consequências diretas na disponibilidade hídrica.

O Semiárido brasileiro possui uma área de 969.589,40 Km² (11% do território brasileiro), abrangendo 9 estados (AL, BA, CE, MG, PB, PE, PI, SE e RN), com 1.133 municípios e 21 milhões de habitantes (12,3% da população do país), destes, 9 milhões vivem na zona rural. A escassez de água na região pode ser explicada pela variabilidade temporal e espacial das precipitações, elevadas taxas de evaporação e evapotranspiração e pelas características geológicas, onde há predominância de rochas cristalinas.

“Pela baixa precipitação e também pela baixa capacidade de armazenamento de água no subsolo em função da formação geológica, em torno de 70% dos poços apresentam águas salubre e salina”, disse Renato Ferreira, “ Quando a população escapa da contaminação bacteriológica, dos açudes de barreiras e dos lagos superficiais, e vai buscar água no poço, daí vem a contaminação. Cálculos Renais, Pressão alta..”

 “Mais do que um projeto de obras, têm-se que construir uma política pública.”, afirmou Renato.

Parceria e apoio

“ A gente tem que levantar uma bandeira juntos.  Queremos que isso seja seja feito de maneira constante e para trabalharmos integrados com vocês. No Congresso estamos aqui para ajudar e não adianta discutir coisas separadas . Vamos definir uma política nacional.”, disse  o secretario executivo do MCTIC, Julio Semeghini, após a palestra.

“ Em regiões do Amazonas,  o índice de mortalidade infantil em regiões ribeirinhas, depois de um sistema de limpeza das águas feitas pelo Instituto Mamiramuá (uma das vinculadas do MCTIC),  diminuiu para níveis semelhantes ao do Sudeste; nas regiões onde o problema era apenas relacionado à agua. Imagina você dar uma água boa para uma criança por 10 reais ao mês.  Em um ano não chega a pagar o valor de uma consulta.”, continuou

Inclusive, o secretário-executivo deu a idéia de juntar outros projetos do MCTIC para apoiar as comunidades que foram identificadas pelo MDR para implantação dos seus projetos. “A  gente poderia conectar um satélite com as iniciativas. A pessoa com energia solar, água e conectividade.. Você muda a vida dessas pessoas.”

“Isso não pode ficar por aqui. A nossa  idéia é ir além.  Na próxima pauta, gente já vai trazer nosso projeto Carro Pipa e as outras áreas do Ministério.”, disse o secretário-executivo do MDR, Mauro Biancamano.

Água

Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que reconhece  o direito à água potável segura e limpa e ao saneamento como direitos humanos. Em relatório mundial , publicada no ano passado com o nome “Deixando ninguém para trás”, sobre recursos hídricos, a previsão é de que as reservas de água do mundo podem reduzir em 40% até 2030. E que 2 bilhões de pessoas não dispõem dos serviços mais básicos.

ASCOM/MCTIC

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