Marxismo Cultural
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
Ao analisarmos a atual conjuntura, perceberemos uma projeção do Brasil em um país que se diz polícia do mundo, visto como aquele irmão mais velho que se acha no direito de mandar e até mesmo bater nos mais novos. Desta forma, pode-se perceber tal referência aos Estados Unidos, que com sua força truculenta e sem diplomacia, se acha no direito de se envolver nas políticas externas, fazer acusações sem fundamentos com o intuito de derrubar governos e roubar as riquezas naturais de determinados países, acreditando no direito de aplicar tal força, como aconteceu com Iraque, o que neste caso, usou como pretextos, armamentos nucleares escondidos.
Entretanto, tais armamentos nunca foram encontrados e constatou de apenas uma manipulação política para justificar uma invasão para usufruir do petróleo do Golfo[1] e assim tende a ser com a Venezuela, já que este país é o maior produtor sul-americano.
Os Estados Unidos são considerado um país manipulador, e infelizmente, o nosso governo tem uma idolatria pelo atual presidente Estado Unidense, a ponto de apoiar a construção de um muro e a expulsão de imigrantes e em contrapartida, fazer com que os americanos tenham passe livre no Brasil. Obviamente isso não será uma mão de via dupla.
Temos copiado tanto os maus exemplos deste país que um termo muito usado por eles é “marxismo cultural”, o que se faz necessário perceber que este termo está sendo também usado pelo nosso governo e por seus apoiadores.
O marxismo cultura não passa de uma teoria da conspiração difundida entre os extremistas da direita e conservadores estadunidenses desde a década de 1990 e de acordo com esta linha de pensamento, trabalham-se valores que pregam uma sociedade global, igualitária e multicultural.
Ora, a globalização está aí e não tem nada a ver com o marxismo e de acordo com a nossa constituição, todos somos iguais, já que diz o “caput” do art. 5º da Constituição Federal (CF):
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes
E no quesito multicultural, como dito no texto Chave Mestra, somos um país fruto de mistura de raças e nacionalidades.
Observe que este discurso político não faz sentido, apesar de ter sido tal discurso complementado com a idéia de doutrinação política que deu força política a tal governo.
Quanto a doutrinação, a partir do momento em que se impõe um certo comportamento, está embutido aí uma doutrinação, já que somos um país livre.
Peguemos como exemplo uma fala do atual governo em época de eleição em que dizia que não negociaria com os parlamentares. Não haveria para ele o toma lá dá cá, entretanto, ele liberou verbas federais mediante troca de votos no congresso, oferecendo um lote extra de R$ 20 milhões de emendas, o que da um total de mais de R$ 3 bilhões[2].
Nossos políticos são os mesmos, independente partidos e/ou ideologias. O povo nunca é visto como prioridade. Preocupam-se apenas com o próprio umbigo e inchar o próprio ego.
Por isso são contra politizar nossos alunos, afinal de contas, precisamos de um contingente enorme de alienados para que não percebam estas as pútridas nuances desta política suja.
Fala-se que o crime organizado encontra-se nas periferias, entretanto o crime organizado encontra-se na própria política, pois atos como este contrariaram o dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias que veda o uso de verba pública para influenciar votações.
Neste crime organizado, este foi o menor dos delitos, pois tem-se manipulação do STF dentre outras ações nefastas que lesam os cofres públicos, aumentam de forma gritante as diferenças sociais e joga de forma proposital a educação ao lixo.
[1] Para mais informações, vide: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/020918_iraquelmp.shtml