24/02/2017

Marcas removidas, história permanecida.

Por Claudinei José Martini

Professor. Especialista em Educação a Distância, Mídias na Educação e Ensino de Ciências. 

O patrimônio histórico brasileiro é considerado um dos mais belos do mundo e vários reconhecidos pela UNESCO como um bem culturalmente precioso para toda a humanidade, mas que, ocasionalmente provoca a intolerância ideológica para alguns poucos indivíduos que fazem da pichação seu ato de protesto, promovendo a indignação das pessoas e a investigação policial.

O Museu da Inconfidência, localizado em Ouro Preto – MG, agrega um acervo riquíssimo da luta pela liberdade objetivada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746 – 1792), foi a vítima da vez do ataque de pichadores que tingiram covardemente o prédio com uma frase de viés ideologicamente confuso e sem sentido político, uma clara demonstração que uma pequena parte da sociedade brasileira ainda é carente de história e cultura.

Para outra grande parte a indignação, o estarrecimento e o repúdio ao ato afloraram a mais sublime atitude de reconhecimento e solidariedade à história do nosso país, na forma de limpeza com água e outros produtos a remoção da sujeita depositada por um desasseado foi realizada com sucesso e apagada da história e da memória brasileira para sempre.

Sendo assim, problemas como estes se repetem pelo País afora contradizendo o que é realmente Arte, suas expressões, manifestações culturais e reflexões proporcionadas para aqueles que a admiram. Não, pichação não é um movimento artístico, não é o trabalho de um grafite delicadamente pintado na tela urbana de alguma cidade, mas a ausência de políticas públicas promotoras de uma educação artística e, isto é de fácil remoção.

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