15/04/2021

LUDICIDADE NA INFÂNCIA DE 04 A 05 ANOS

 

Autores:

Anderson de Jesus

Bianca Weihs Borges

Layanne Santos Lamblém

 

 

RESUMO

O objetivo desse artigo foi avaliar o valor dos jogos e dos brinquedos na alfabetização de crianças de 04 e 05 anos. Na educação, o procedimento de ensino é construído, avaliado e renovado a cada dia. A ludicidade é um dos recursos livre e pedagógicos mais utilizados para motivar e estimular a aprendizagem, principalmente nos primeiros anos da educação infantil. O jogo e as brincadeiras é a porta pedagógica mais aproveitadas para produzir e instigar a aprendizagem, especialmente para a alfabetização. Os brinquedos estimulam a aprendizagem dos interesses infantil e trazem importantes benefícios no desenvolvimento das crianças. Este estudo teve como objetivo avaliar e compreender a importância do lúdico na Educação Infantil, adquirido através de brincadeiras e dos jogos, de forma que lhes possibilitem desenvolver a autonomia, coordenação motora, lateralidade, criatividade, além do afetivo, socialização e interação com outras crianças e principalmente a diversão.

PALAVRAS-CHAVE: Jogos, brincadeiras, aprendizagem.

 

 

 

INTRODUÇÃO

Atualmente, tem crescido a quantidade de crianças que passam muito tempo em casa envolvidas com jogos multimidiáticos, isso advêm da incerteza causada pela agressão urbana e pela escassez de ambientes públicos de lazer, que faz permanecerem horas em frente à televisão e ao computador, perdendo assim, a oportunidade das diversas manifestações da vida lúdica.

As crianças estão chegando mais cedo na alfabetização e deixam de fazer uso de atividades como: jogos de ruas, jogos corporais, pular, correr, pendurar... Desse modo, não acompanham o desenvolvimento correto correspondente a sua idade, e torna-se imprescindível a utilização de jogos e brincadeiras, para melhor desenvolver o desempenho educacional.

A escola, no cumprimento da sua função social, deve preparar as crianças ao novo tempo, contemporâneo, que exige diferentes competências para o viver em sociedade. Nesse sentido, devem favorecer a livre expressão corporal, à oralidade, e as práticas diárias de leitura e de escrita.

O entretenimento integral é uma prática que a escola e a família devem exercem no desenvolvimento afetivo, intelectual e social das crianças. Sendo ele um elo entre o estudante e o mundo letrado com o uso do brinquedo como diversão, principalmente no processo de alfabetização, promovendo, assim, algum espaço onde a criança tenha oportunidade de entrar em contato com esse mundo imaginário, proporcionando momentos de descontração, aprendizado e socialização.

Santos (2008) acrescenta que:

O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento intrapessoal e interpessoal, colabora com uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita o processo de socialização, comunicação, expressão e de construção do conhecimento (SANTOS, 2008, p. 27).

De acordo com Silva (2014) o lúdico na Educação Infantil é visto como um importante instrumento pedagógico, para o desenvolvimento da aprendizagem e para a promoção da expressão, da comunicação e da socialização, uma vez que a Educação Infantil consiste é primeiro contato da criança com o universo letrado.

Esta mesma autora diz que o lúdico está associado a jogos, brincadeiras, interesse, prazer, ajuda a desenvolver a criatividade e proporciona bem-estar aos educandos, cabe ao profissional de educação utilizar a ludicidade como meio para desenvolver inúmeras capacidades em seus alunos para que o ensino aprendizagem aconteça de forma espontânea, divertida e principalmente significativa (SILVA, 2014).

Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todos as fazes da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência, o lúdico acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Sabendo que o jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, trabalhando também o desempenho dentro e fora da sala de aula (SAKAGUCHI, 2011).

Mais do que uma simples oportunidade para se divertir, o jogo é coisa séria no que diz respeito à saúde e desenvolvimento de uma criança. Desde as escondidas até a amarelinha, as muitas formas de brincar enriquecem o cérebro, o corpo e a vida da criança de maneiras muito importantes.

Apesar dos seus muitos benefícios, as investigações mostram que a quantidade de tempo que as crianças têm para brincar tem vindo a diminuir desde há décadas. Os horários familiares e escolares estão altamente estruturados, os pais trabalham cada vez mais fora de casa, menos lugares seguros para brincar e o aumento do uso de dispositivos digitais e o tempo diante das telas são algumas das razões.

 

CONCEITUANDO O JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA.

O Jogo é uma atividade necessária para o ser humano com grande importância na esfera social, pois permite ensaiar determinados comportamentos sociais; sendo, por sua vez, uma ferramenta útil para adquirir e desenvolver habilidades intelectuais, motoras ou afetivas (NASCIMENTO, 2016). Tudo isso deve ser feito de forma agradável, sem sentir qualquer tipo de obrigação com o tempo e espaço necessários.

As brincadeiras infantis são uma necessidade básica para um bom desenvolvimento da inteligência e também para o equilíbrio físico emocional da criança.

A natureza do jogo responde às seguintes características:

  1. É a atividade fundamental da criança.
  2. É uma forma de interagir com a realidade.
  3. Tem um fim em si mesma.
  4. É agradável.
  5. É uma atividade séria para a criança.
  6. Atividade espontânea, motivadora e livre.
  7. Promove o aprendizado.
  8. Evolui com o desenvolvimento da criança.

O jogo é a principal atividade através da qual a criança leva sua vida durante seus primeiros anos de idade. Isto é um fato confirmado por estudos e especialistas como Jean Piaget ou Maria Montessori já falavam da importância da pedagogia do jogo.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo". Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser reconhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo e da mente no comportamento humano, as implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2006).

Os jogos e as brincadeiras são de suma importância para a criança, assim como o ato de brincar é coisa séria. Nem todas as crianças têm infância, devido os ambientes de guerra, pobreza, pandemia.

De acordo com Neto (2020), a brincadeira desenvolve os músculos e as habilidades sociais, fertiliza a atividade cerebral, aprofunda e regula as emoções, faz-nos perder a noção do tempo, proporciona um estado de equilíbrio, ajuda a lidar com as dificuldades, favorece as conexões entre pessoas.

Para Bertoldo (2000, p.10), o brinquedo é definido como o objeto com objetivo de divertir a criança, enquanto brincadeira pode ser definida como “ação de brincar, divertimento, gracejo, zombaria, festinha entre os amigos e parentes” e o jogo é “ação de jogar, folguedo, brinco, divertimento”.

Kishimoto (1997) não diferencia o jogo e a brincadeira, para ela definir um jogo não é fácil, há múltiplos sentidos e cada um possui a sua especificidade. Para a autora o jogo pode ser visto de três maneiras distintas: “1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2. Um sistema de regras; e 3. Um objeto”. No primeiro caso, a concepção de jogo é entrelaçada ao contexto em que está inserido, ou seja, ela depende do sentido que cada sociedade lhe atribui. No segundo, o jogo é visto como um sistema de regras explicitas e implícitas. Em terceiro, refere-se ao jogo enquanto objeto (peças de xadrez, pião).

Para Kishimoto (1997, p.18), o termo “brinquedo” é indispensável para compreender sobre o tema, para a autora o brinquedo “supõe uma relação intima com a criança e uma determinação quanto ao uso”, ele propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico. O lúdico e os brinquedos devem ser sempre resgatados e ensinados nas escolas, ambos são uma riqueza cultural que pode ser esquecida (ORTEGA et. al, 2016).

Ao se articular a palavra jogo, cada indivíduo perceberá de um jeito diferente. Existem múltiplos tipos de jogos, cada um com uma intenção distinta. Há jogos que instigam a competência de concentração, outros que destacam regras “o jogo é uma atividade estrutura, parte de um princípio de regras claras, de fácil entendimento” (KISHIMOTO, 2011, p. 15).

O jogo é acentuado quão intensamente à menção que se faz, como: brinquedo dá-se o conceito de peça; brincadeira é jogo, sendo assim composto de princípios.

A prática predominante na infância como a brincadeira, é a configuração pela qual principia a instruir-se secundariamente, é onde apresenta o princípio do desenvolvimento de seus procedimentos de reflexão intensa, onde ela se apropria dos códigos de comportamento que satisfazem a certas pessoas. É considerada atividade social infantil que provê uma temporada educacional extraordinária.

Segundo Negrine (1994, p. 41), o brincar pode ser destacado em diferentes situações de desenvolvimento como, por exemplo:

a) as atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo.

b) as atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente.

c) o brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade.

d) brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação.

e) brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

O brincar ultrapassa crenças, limites geográficos e culturais, ele é uma linguagem universal e está presente na vida de todos desde o nascimento (NETO, 2017). Quando os pais estimulam o desenvolvimento do recém-nascido brincando com o som para que ele siga com o olhar, interaja com os movimentos. Nos primeiros anos escolares, na adolescência, o brincar faz parte da vida.

É fácil identificar o comportamento lúdico. Difícil é defini-lo. (NETO, 2001)

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) garante o processo lúdico como um direito de todos os alunos da Educação Infantil. Segundo o documento, o brincar amplia o acesso a produções culturais e ao conhecimento, proporciona experiências sensoriais, além de estimular a imaginação e a criatividade. Assim, o processo educacional dessa fase é permeado de significados que impulsionam as crianças ao desenvolvimento. De acordo com Freire et al (2017) não é suficiente a criança brincar, a brincadeira tem que ter uma intencionalidade pedagógica.

[...] as atividades lúdicas têm capacidade de desenvolver várias habilidades na criança, proporcionando-lhes divertimento, prazer, convívio profícuo, estímulo intelectivo, desenvolvimento harmonioso, autocontrole e autorrealização. Não só as crianças são beneficiadas pelas atividades lúdicas, mas também os professores (MALUF, 2014, p. 23).

O objetivo da atividade lúdica é de produzir prazer e diversão. Nos jogos e brincadeiras as crianças desenvolvem a coordenação, a atenção, a imitação introduz-se às regras, imaginação e memória. Por isso, a importância de nós professores trabalharmos a ludicidade em todos os âmbitos com as crianças. Quem brinca sabe que a alegria se encontra precisamente no desafio e na dificuldade, com essa intenção, nos professores e educadores temos que favorecer e oportunizar a criança para essa vivência, ela mesma descobrira as diversas possibilidades do seu corpo físico e da sua mente (LAMBLEM; JESUS, 2018).

A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à prática educativa (PIAGET, 1998). E, pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação a leitura, ao cálculo ou à ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações, geralmente tidas como maçante (PIAGET, 1988).

Sendo que a particularidade do bom educador se encontra na capacidade de esquematizar metas que melhorem o crescimento de instrução infantil, interceder seus conhecimentos, assessoria de modo distinto da linguagem, efetivar-se influências e transformar o percurso quando necessário.

Assim sendo a visão dos estudiosos, pode-se compreender a importância que é este espaço, adequando o estímulo ao desafio, à influência mútua com o novo, à revisão dos dados já concentrado, ao modo de potencialidade interior de cada um, à constituição do fazer pedagógico.

Nesse sentido, pode-se assegurar que um elemento imprescindível para conseguir e informar o responsável para a produção dos afazeres na coletividade. Se brinquedo é tanto abordado por psicólogos e pensadores, não seria a ocasião de educadores pensarem a estima da ludicidade para o desenvolver-se da criança em todos os aspectos.

Bem como a criança chega ao jardim de infância e depara com profissionais que compreendem suas precisões de correr, brincar, jogar ao invés de torná-la prisioneira por várias horas, com certeza essa criança será mais feliz e crescerá amando a escola e suas práticas educativas.

Sendo que a exercício lúdico proporciona muito significado no que se inclui a conduta e a convivência igualitária. Posto que, como componente que age no campo particular e grupal, o lúdico ao admitir como componente claro e de inclusão completa por membro daquele que o exercita, constitui vinculações e movimenta composições básicas para a ampliação e aperfeiçoamento de estruturas unidas à afabilidade, sentimento, conhecimento, entre outras.

Em afinidade a esta amplitude com que a agilidade lúdica se produz, e as autoridades que conduzem na existência do sujeito, contornar relacionado ao raciocinar apesar de que não são tão-somente as crianças que se zelam e precisam do entretenimento lúdico e seus resultados para alargar-se e desvendar-se como criatura social.

A autora ainda afirma que o professor deve ter algumas posturas para alcançar seus objetivos lúdicos em suas aulas como, por exemplo:

[...] possibilitar tempo, espaço e materiais para brincarem livremente, escutar o que as crianças têm a dizer, fortalecendo a autoestima, fomentar a autonomia durante os conflitos, para estimular o desenvolvimento emocional e o autoconhecimento das crianças, possibilitar ações físicas que motivem as crianças a ser mentalmente ativas, propor regras, participação, elaboração, questionar valores morais proporcionar a troca de ideias, incentivar a responsabilidade de cada criança quanto ao cumprimento das regras, permitir o julgamento das mesmas, promovendo o desenvolvimento da inteligência (FRIEDMANN, 2012, p. 54-55).

 

A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO ENTRETENIMENTO PARA A INFÂNCIA DE 04 E 05 ANOS

O entretenimento e a atividade lúdica, representada por jogos e brincadeiras, pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala de aula. O lúdico é uma ferramenta de ensino para o desempenho e desenvolvimento integral dos alunos.

De acordo com Lavorski e Júnior (2008), o jogo na escola traz benefícios a todas as crianças, proporcionando momentos únicos de alegria, diversão, comprometimento com o aprender e responsabilidade.

De acordo com Lamblem e Jesus (2018), as crianças que são estimuladas a brincar, tem um desenvolvimento significativo dentro das áreas do conhecimento. Encontra facilidade em desenvolver a linguagem, raciocínio logico, assim com a coordenação motora ampla, fina entre outros benefícios que amplia seu crescimento.

No entanto, é irrefragável que na infância a ação de brincar mostra-se muito mais vivo e indispensável. Uma vez que, em fiel procedimento de desenvolver-se e descobrir em consideração do funcionamento e das propriedades do mundo ao qual compete, a criança encontrar e instruir-se a interação e transformar sua realidade por intermédio da ludicidade permitida pela diversão.

Levando em consideração que toda criança deve ser desafiada nas fases, para aquelas em que habito de jogar e brincar, seu artifício de desenvolvimento ocorre de maneira lenta.

Segundo Santos (2001, p. 53), “[...] a educação, via da ludicidade, propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando, inspirado numa percepção de ensino para além da instrução”.

A brincadeira torna-se membro do mundo da criança. É nesse período que ela conhece, organiza-se, regula-se, constrói regras para si e para o grupo. Desse jeito, o jogar é uma forma de linguagem que a criança usa para entender e interagir consigo mesma e com os outros e o próprio mundo.

O jogo na escola apresenta benefício a toda criança, um desenvolvimento completo do corpo e da mente por inteiro. Por isso, na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade que dela resulta, mas a própria ação, momentos de fantasia que são transformados em realidade, momentos de percepção, de conhecimentos, momentos de vida. Este jogo permite também o surgimento da afetividade cujo território é o dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. Uma relação educativa que pressupõe o conhecimento de sentimentos próprios e alheios que requerem do educador uma atenção mais profunda e um interesse em querer conhecer mais e conviver com o aluno; o envolvimento afetivo, como também o cognitivo de todo o processo de criatividade que envolve o sujeito-ser-criança (ALMEIDA, 2006).

O relatório clínico da American Academy of Pediatrics (2018) intitulado "O poder do jogo: a sua função pediátrica para melhorar o desenvolvimento das crianças pequenas" explica como e por que brincar com ambos os pais e outras crianças é fundamental para formar melhores cérebros, corpos e vínculos sociais que prosperem; todas estas coisas são importantes no mundo atual. A pesquisa mostra que brincar pode melhorar a capacidade das crianças de planejar, organizar, conviver com os outros e regular suas emoções. Além disso, o jogo ajuda com a linguagem, habilidades matemáticas e sociais e até mesmo ajuda as crianças a lidar com o estresse.

De acordo com a American Academy of Pediatrics (2018), os pais devem contribuir com a aprendizagem das crianças pequenas, participando ativamente no desenvolvimento dos filhos, da seguinte maneira:

  1. Proporcionar oportunidades para que seu filho cante e dance.
  2. Conte a seu filho histórias e lhe faça perguntas sobre o que recorda.
  3. Dê ao seu filho tempo e espaço para representar cenas imaginárias, papéis e atividades.
  4. Permita a seu filho trocar entre jogos imaginários e reais, por exemplo, brincar de casinha e ajudar com as tarefas domésticas.
  5. Programe tempo para que seu filho interaja com amigos e assim pratique a socialização e a formação de amizades.
  6. Encoraje o seu filho a tentar uma variedade de movimentos num local seguro, por exemplo, saltar, balouçar, trepar e fazer cambalhotas.
  7. Limite o tempo frente às telas a um nível saudável. Os meios adequados para a idade podem ter benefícios para as crianças mais velhas, especialmente se você olhar para eles e jogar juntos. Mas interações sociais e jogos em tempo real são muito melhores para as crianças do que a mídia digital para aprender.
  8. Incentive a escola de seu filho a oferecer recreios e abordagens de aprendizagem divertido, além de formas mais estruturadas de aprendizagem, como leitura, memorização e folhas de trabalho.

 

Rotina semanal da criança de 3 a 6 anos:

PERIODO

SEGUNDA

TERÇA

QUARTA

QUINTA

SEXTA

07h30 as 11h30

Ir à escola

Ir à escola

Ir à escola

Ir à escola

Ir à escola

13h00 as 15h00

Ludoteca

Inglês

Ludoteca

Inglês

Ludoteca

16h00 as 17h00

Natação

Reforço escolar

Natação

Reforço escolar

Natação

17h30 as 18h30

Ballet

Aula de música

Ballet

Aula de música

Ballet

19h00 as 20h00

Fazer atividades escolares

Fazer atividades escolares

Fazer atividades escolares

Fazer atividades escolares

Fazer atividades escolares

20h00 as 21h30

Tomar banho; Jantar;

Dormir

Tomar banho; Jantar;

Dormir

Tomar banho; Jantar;

Dormir

Tomar banho; Jantar;

Dormir

Tomar banho; Jantar;

Dormir

Fonte: Elaboração própria.

 

O quadro acima espelha a realidade que as crianças convivem diariamente, com horários e excesso de atividades, tornando as rotinas exaustivas e as crianças carentes de atenção e de momento de brincadeiras.

As crianças, com rotinas cronometradas, terão menos tempo para ser criança e receberão menos atenção da família pois estará sempre “ocupada”, ocasionando problemas futuros de comportamento.

Brincar é uma atividade instintiva e imitativa, e prepara capacidades para a vida adulta, portanto, é inerentemente um processo de aprendizagem (Michnick, Hirsh-Pasek & Singer, 2006). Portanto, é uma condição de desenvolvimento, uma vez que, “em suas várias manifestações, favorece o crescimento, a autoafirmação, a confiança no outro, a curiosidade, o desejo incessante de explorar, a criatividade” (Borghi, 2010, p. 144).

A brincadeira promove o comportamento cooperativo e o senso social, bem como a importância da autorregulação e do desenvolvimento de habilidades que permitem à criança administrar seu próprio comportamento e emoções. (Michnick, Hirsh-Pasek & Singer, 2006, p. 24).

As estratégias lúdicas ajudam a desenvolver o potencial dos alunos por meio de diferentes atividades. Tanto no ensino formal quanto no não formal é uma estratégia que auxilia nos processos de aprendizagem em qualquer nível educacional. É uma estratégia complexa que toma o aluno como protagonista e onde o professor teve que previamente desenvolver um planejamento a esse respeito, em termos de tempo, espaço, objetivos, conteúdo e avaliação, além de ter que ser capaz de detectar dificuldades. e os avanços para poder modificar essas atividades recreativas. Metodologicamente, não é uma simples ferramenta de motivação, mas sim o caráter lúdico do jogo para gerar novos conhecimentos ou fortalecer os já existentes. O conhecimento é internalizado de forma significativa graças ao fato de que com o jogo ele é criado, explorado, experimentado, investigado, testado, assim como emoções e ideias próprias entram em jogo. Atividades lúdicas são ações que auxiliam no desenvolvimento de competências e habilidades que o aluno necessita para se apropriar do conhecimento. A sala de aula passa a ser um espaço onde é feita uma oferta lúdica, com atividades didáticas, animação e pedagogia ativa. É mais fácil para as crianças aprenderem o conteúdo quando o ambiente em que ele é apresentado é atraente e divertido (Martinez, 2008).

 

FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A trajetória que uma criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê até começar a se transformar em um ser mais independente e autônomo está relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas proporcionadas pelo espaço familiar e social (escola), com o qual interage. O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear. As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo. Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular (MUNDO DO ABC, 2017).

O estudioso Jean Piaget mais renomado psicólogo desse tempo, já que suas ideias e estudo expostos sobre o desenvolver-se o intelecto na infância.

O pensador destinou sua existência a pesquisar os distintos aprendizados infantil e envolve quão intensamente os modelos de aprendizagem e pensamento se ampliaram ao longo da vida infantil, bem como a ampliação cognitiva. 

O ensinamento de Piaget proporciona um esclarecimento para os diversos estágios de ampliação da infância, dividido em quatro fases. O crescimento da infância acontece em várias etapas pelo qual ocorrem desde o nascer até mesmo aproximadamente os 06 anos.

Encontra-se conexo a ampliação de agilidades particulares que adere a sua autossuficiência.

E nesse processo que é qualificado por padrões, nos quais alguns desempenhos aguardados das crianças em certo período. Que pais não ficam apreensivos para escutar o iniciar da fala do bebê, assim como ficam muito felizes quando aprende a andar. Dessa forma, para Piaget (1999), compreende as fases das crianças, que se divide em quatro importantes períodos:

O sensório-motor até os 02 anos cujo foco encontra-se no descobrimento das percepções e dos movimentos. Nesse momento o arranjo motor é estabelecido, o recém-nascido começa a imitar o que vê o palavreado principia a ser cogitada por pranto e de outros sinais, como a exclamação e até pequenas expressões.

Já no pré-operatório que é de dois a sete anos, conforme a ensinamento de Piaget, aparece o individualismo. Ainda apresentem uma convivência com mais indivíduos, que não são da linhagem genealógica e já consigam alargar uma boa forma de compartilhar, nesse momento elas apesar ainda raciocinar de ajuste com seus experimentos particulares. Deste modo, não se espante com excesso e com os costumes egocêntricos.

A fase operacional concreta que vai entre os 8 e 12 anos, acontece a prática operacional sólida. Neste estágio, são capazes de empregar a coerência para resolver problemas, mas só os palpáveis, como assuntos da matemática ou pertinentes a componentes físicos. O abstrato também é complexo para eles no período operacional formal.

Só depois dos 12 anos, que vem a obtenção do Período Operacional Formal que consiste em idade da pré-adolescência onde torna apropriado para de lidar com assuntos lógicas e abstratas, conseguem inventar circunstâncias improváveis, mesmo a respeito de alguma coisa que nunca aprenderam, e ainda aumentam possibilidades, suposições e autonomia.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Perante a completa ciência dominada neste artigo pode-se concluir que é muito admirável fazer referência as atividades lúdicas na escola, assim, podem ser analisadas os auxílios de carácter prático aos docentes e discente da alfabetização.

Esta investigação teve a finalidade em avaliar a seriedade do lúdico e o crescimento intelectual com o exercício das atividades que abrangem os mesmos. Outro ponto de vista que foi oferecida de maneira acentuada é quanto o procedimento empregado como instrumento pedagógico, a introdução sem direcionamento não é educacional, consisti em promover o desenvolvimento absoluto da criança. 

Através de pesquisa literária realizada compreende-se o que é essencial no desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem: jogar. O emprego dos brinquedos é importante no acréscimo emocional, afetivo, cognitivo e social dos estudantes. Pode-se verificar, o quão grande é o apresso de brincadeira, e nota-se o quanto têm perdido lugar para a alfabetização.

E percebível que, do mesmo modo, os pais e as escolas espera extremamente mais do educador do que dele mesmo no trabalho de alfabetização ainda na infância, deixa de perceber o quão grande isso é maléfico para a alfabetização, são forçadas a estudar mais cedo.

Esse tema é extraordinário para o desenvolvimento enquanto educadores, consequentemente é indispensável compreender que o lúdico é um amplo recurso nos afazeres pedagógicos, porquanto há um bom emprego das atividades com base na ludicidade é imprescindível o máximo empenho para conseguir a atenção dos alunos para alcançar a mais perfeita resposta a respeito de conteúdo com que se espera trabalhar.

Perante isso, o tema necessita ser consecutivamente enraizado na constituição da formação contínua dos alunos e professores, para melhorar a apreensão e propriedade no aprendizado educacional.

No entanto, compreende a existência ainda com um pouco de dificuldade para usar o lúdico no recinto educativo. Uma vez adotado o jogo que está seriamente advertido na sociedade pelos empenhos e sistema de ideias de camadas influentes.

Deste modo, compete a escola e professores, reconquistar a ludicidade infantil das crianças. 

Contudo, acredita no trabalho que sirva de ajuda para que os educadores que almejem renovar suas técnicas, apresentem exercício divertido que permiti alargar as suas capacidades mentais, sociais e físicas, com prazer e participação, organizando o próprio elemento para o crescimento educacional infantil.

 

REFERÊNCIAS

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