08/11/2013

Livros Escolares

Livro

Livros Escolares

2Livro tem contas de matemática com erros

Na polêmica mais recente, um livro de matemática apresenta erros básicos. O material afirma que dez menos sete é igual a quatro. A obra foi impressa e distribuída a alunos de instituições multisseriadas de escolas públicas da zona rural do País. O Ministério da Educação (MEC) e a Controladoria-Geral da União (CGU) abriram uma investigação formal para identificar os responsáveis pelo envio do material didático destinado à educação no campo.

Em comunicado oficial, o MEC reconhece que "erros de diagramação, editoração e revisão" foram constatados em fevereiro de 2011 por especialistas contratados pelo órgão. No entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu no dia 2 de junho. Os livros foram distribuídos para cerca de 40 mil classes, que atendem 1,3 milhão de alunos.

No segundo semestre do ano passado foram encontrados erros graves em 200 mil exemplares da coleção Escola Ativa. No total, foram impressos 7 milhões de livros da coleção. A nota oficial minimiza o erro ao afirmar que "o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de escolas públicas de educação básica em todo o País".

3Obra traz mapa incorreto da América do Sul

Um livro de geografia distribuído pelo governo de São Paulo como material de apoio para os alunos da 6ª série do ensino fundamental da rede pública estadual continha erros no mapa da América do Sul. No material incorreto, Bolívia e Paraguai são um país só e existem dois Paraguais - inclusive um deles aparece embaixo do Rio Grande do Sul, onde deveria constar o Uruguai. Outro erro identificado no material em 2009 diz respeito aos nossos vizinhos uruguaios, cujo país deveria ser banhado pelas águas do oceano Atlântico e não estar representado no local onde existe o Paraguai.

Em nota, a secretaria estadual informou que determinou a troca dos livros à Fundação Vanzolini, responsável pela elaboração da obra didática. Segundo a pasta, todos os gastos, incluindo impressão e distribuição, foram arcados pela fundação, que informou que a incorreção foi gerada involuntariamente no processo de diagramação e aplicação dos nomes de alguns países. Segundo a instituição, os cerca de 500 mil cadernos do aluno impressos com o erro foram recolhidos e reaproveitados.

4Livro de geografia faz a transposição do rio São Francisco

O exemplar Conexões-Estudos de Geografia Geral e do Brasil, distribuído a professores em todo o País como uma das opções de livro didático a ser adotado nos próximos três anos, foi rejeitado em 2011 por professores de escolas públicas do Rio de Janeiro por conter informações erradas. A obra fez a "transposição" do rio São Francisco e mudou o curso de suas águas.

Segundo O Dia, em uma das páginas aparece uma ilustração da vista aérea do rio, em Maceió (AL). O problema é que, segundo o professor de geografia Marcelo Moura de Paiva, que denunciou a falha, a capital do Estado é uma cidade litorânea que não é banhada pelo São Francisco. A obra foi incluída no guia do Programa Nacional de Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC). "É um descaso muito grande com o ensino público. Os livros foram aprovados por uma comissão de notório saber. Como deixaram passar o erro?", questiona Marcelo.

A Editora Moderna informou que sua equipe editorial já havia identificado incorreção em legenda e foto que constam em um de seus livros de divulgação. O MEC disse que a obra será adotada com correção a partir de 2012.

5Livro ensina educação sexual para crianças em PE

Um livro paradidático distribuído pela rede municipal de educação do Recife (PE) em 2010 gerou polêmica ao tratar da educação sexual para crianças. No material, entregue para estudantes com idade entre 6 e 8 anos, há diálogos como: "O pênis do papai fica duro também? Algumas vezes. E o papai acha muito gostoso" ou "Aqui é o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso". O livro integrava o kit escolar das escolas municipais.

As ilustrações que acompanham os textos mostram, por exemplo, meninas e meninos se masturbando. "A verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema", diz o texto. Toda a polêmica está contida no livro Mamãe, como eu nasci?, escrito por Marcos Ribeiro com ilustrações de Bia Salgueiro.

Diante da denúncia de um vereador sobre a obra em 2010, a Secretaria de Educação do Recife determinou o recolhimento dos 20 mil exemplares distribuídos pela rede escolar e orientou professores e diretores das escolas a pedir aos alunos a devolução dos livros.

6Livro para crianças tem gravura de tortura

O livro didático de história da coleção Projeto Pitanguá, da editora Moderna, mostra um ritual de tribos indígenas do século 16 em que povos tupis executavam seus adversários para vingar os antepassados. O material foi recolhido da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro em 2009, por ter uma gravura considerada inapropriada para as crianças.

Em nota, a secretaria disse que os livros didáticos da rede de ensino do Rio são escolhidos a partir de uma lista elaborada, avaliada e determinada pelo Ministério da Educação (MEC). A Editora Moderna informou, também em nota, que todas as ilustrações da edição 2005 do livro Pitanguá História 3 são reproduções de pinturas ou gravuras históricas presentes em museus, bibliotecas e acervos públicos, cuja visita faz parte do currículo extracurricular dos estudantes dessa faixa etária.

7SP distribui livros com palavrões a alunos da rede estadual

Em 2009, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo distribuiu um livro com termos impróprios e conotação sexual para ser usado como material de apoio por estudantes da rede estadual na faixa de 9 anos. O livro Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol conta com 11 histórias em quadrinhos, feitas por diferentes artistas, que abordam temas relacionados ao futebol. Na história mais criticada por professores que tiveram contato com a obra, o cartunista faz uma caricatura de um programa de futebol na TV. Enquanto o comentarista faz perguntas sobre sexo, jogadores e treinadores respondem com clichês de programas esportivos, como "o atleta tem de se adaptar a qualquer posição".

O governo afirmou que "este livro é apenas um dos 818 títulos" comprados e que os 1.216 exemplares da obra representam "0,067% do 1,79 milhão de livros colocados à disposição das crianças". O gerente de marketing da editora Via Lettera (responsável pelo livro), Roberto Gobatto, afirmou que apenas atendeu ao pedido de compra (no valor de cerca de R$ 35 mil) feito pelo governo e que a obra é voltada para adultos e adolescentes. O governo de São Paulo disse que houve falha na escolha e que determinou o recolhimento dos exemplares.

8TJ-SP proíbe livro com conteúdo sexual nas escolas

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu em maio de 2011 manter liminar concedida no ano passado que proibiu novas distribuições do livro Cem melhores contos brasileiros do século a alunos da rede pública de ensino do Estado. Segundo o TJ, há contos que evidenciam "elevado conteúdo sexual, com descrições de atos obscenos, erotismo e referências a incestos". A decisão foi em segunda instância e não cabe recurso

De acordo com a decisão, a exposição de contos com elevado conteúdo sexual a crianças e adolescentes com idades entre 11 e 17 anos poderia causar consequências indesejáveis à sua formação. Com relação aos livros já distribuídos aos alunos, a Justiça entendeu que o eventual desrespeito à dignidade das crianças e adolescentes já teria se consolidado e, portanto, seria ineficaz o recolhimento das obras.

9Exercício sobre 'afinidades' de meninos e meninas causa polêmica

Exercício de uma apostila da editora Positivo para alunos do 5º ano do ensino fundamental está causando polêmica nas redes sociais. O material, que pede que os alunos apontem as atividades que têm mais "afinidade" com meninos ou meninas, foi apontado por internautas como "machista" e "sexista".

Uma cópia da página do exercício foi publicada no Facebook no inicio de outubro. A mensagem traz o relato da tia de uma menina, que teria recebido o exercício em uma escola particular e Natal (RN). "Minha irmã debateu com ela tópico por tópico, mas se horrorizou com o conteúdo e com a aceitação da escola", diz o texto.

O exercício traz uma lista de atividades e pede para os alunos relacionarem as que têm mais "afinidade" com meninos ou com meninas. Depois, ao lado dos tópicos, aparecem duas figuras com as indicações "meninas podem fazer" e "meninos podem fazer". Entre as tarefas que devem ser relacionadas estão: brincar de boneca, jogar futebol, brincar de carrinho, usar biquíni e sutiã, cuspir no chão, usar cabelo comprido, usar gravata, usar brinco, usar saia, lavar louça e ajudar a arrumar a casa. Em nota, a editora Positivo disse que o material que será utilizado pelos alunos em 2014 já foi alternado para promover um “debate mais aprimorado sobre o tema".

http://www.terra.com.br

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